As pessoas sabem que há meses a polêmica das pulseiras coloridas, com conotação sexual, balançou a sociedade brasileira. Porém o que muita gente não sabe é que, no fim da Idade Média, o inocente leque já foi carregado de simbologias sensuais. Naquela época surgiram as alcoviteiras, mulheres que eram pagas para arranjar companhias aos homens solitários da corte. Mas, numa sociedade cheia de puritanismo, elas precisavam arranjar um jeito de se comunicarem e de fazerem com que os jovens demonstrassem o desejo de sua volúpia para uns com os outros. Foi assim que elas inventaram a linguagem dos leques, onde cada posição do objeto tinha uma mensagem maliciosa. Veremos isto abaixo:
- Quando uma dama estava interessada num cavaleiro, ela sentava atrás dele e apontava a ponta do leque para o moço.
- Se a moça estava feliz ela abria seu abanico por inteiro.
- Se ela estava triste fechava o leque.
Assim como nos casos das pulseiras, as cores dos leques tinham significados importantes. Pois quando uma dama estava interessada em um cavalheiro ela mandava a alcoviteira entregar o leque colorido para o rapaz e assim ele partia para o ataque. Os significados eram estes:
- Branco: ela só queria amizade.
- Vermelho: a moça estava apaixonada e queria marcar um encontro secreto na alcova.
- Preto com flores: a donzela desejava um encontro picante ás escondidas de noite.
- Amarelo: beijo nos lábios.
- Rosa: abraço.
Esta linguagem sensual dos leques durou séculos. Porém algumas perguntas pairam na minha cabeça:
- Será que os pais dos jovens, daquele tempo não se incomodavam com isto?
- Será que esta linguagem dos leques sumiu por que as famílias descobriram a lascívia que havia por trás?
Bem, pelo menos em alguns estados do Brasil, os políticos estudam em proibir as pulseirinhas coloridas.
