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Cordel-->A tese da ameaça VI -- 08/06/2003 - 02:48 (Elpídio de Toledo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Clic"ali ==>>>> A tese da Perversidade




"Expus, sir, o mais que pude

o que creio ser efeito

de medida calculada,

que destrói o que foi feito:


as instituições boas

que nos fizeram felizes

e geraram tantas loas,

e que são nossas raízes.


Prosperidade tivemos!

Nenhuma outra nação

teve o que nós erguemos,

tanta realização.


Antes, cabeças notáveis

e fortes mãos nos legaram

benefícios infindáveis,

por leis que imaginaram.


Imolá-las no altar

da paixão inconformista,

e permitir nos levar

por ato de arrivista,


será queda merecida,

sem que soframos pressão

de força desconhecida,

feita por outra nação,


ou qualquer calamidade

interna, mas por pletora

de nossa prosperidade

e da riqueza d"agora,


pelas nossas próprias mãos.

Vamos, apressadamente,

ver cair sobre irmãos

o templo mais reluzente,


templo de liberdade,

o templo de nossa glória,

de nossa felicidade,

que se tornará história."


Em nome da liberdade,

crimes foram cometidos,

e, com igual falsidade,

os projetos obstruídos:


A extensão do direito

de voto para operários

seria ato perfeito

dos revolucionários,


formando a maioria

que governo ia ser,

ricos expropriaria,

quanto pudesse obter:


"Vão nos desapropriar,

e taxar-nos à vontade,

e sem nunca respeitar

a lei da propriedade.


Por eu ser um liberal,

perigos maiores vejo...

proprietário genial

nas mãos de um sem lampejo.


Vão ser grandes as pilhagens,

já até me convenci,

as futuras engrenagens

vão entrar num frenesi.


Dou adeus à liberdade,

e a civilização

corre risco de verdade,

depois da violação.


Intervenção militar,

poder ditatorial,

é o que vai evitar

sufrágio universal.


Isso ocorreu na França,

após a revolução,

é quando o voto dança

e surge Napoleão.


Comércio livre, veja,

nossa jóia invejável,

temos tudo de bandeja,

e proteção razoável.


Salto da economia

ficará prejudicado

pela tal democracia

e o voto ampliado.


E as Ciências Exatas,

bem como as Sociais,

com as invenções inatas

e mudanças bem reais,


seriam mui tolhidas

pelo sufrágio geral:

fiandeiras proibidas,

a colheita manual.


Toda nossa riqueza

foi obra de minoria,

apesar de indefesa,

saciou a maioria.


Se o direito de voto

fosse muito ampliado,

naquele tempo remoto

nada seria criado:


reforma religiosa,

mudança da dinastia

tolerância generosa

com a tal democracia,


um calendário preciso,

debulhadora, tear,

fiandeira, decisivo

ato de mecanizar,


nosso motor a vapor,

a vacinação em massa,

salvamo-nos do horror

dessa grande ameaça.


Muitas invenções notáveis

teriam sido vetadas

por massas insaciáveis

no Poder acreditadas.


Ainda bem que foi tudo

feito com antecedência,

com o voto inda mudo

criamos a excelência."



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