Usina de Letras
Usina de Letras
157 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62069 )

Cartas ( 21333)

Contos (13257)

Cordel (10446)

Cronicas (22535)

Discursos (3237)

Ensaios - (10301)

Erótico (13562)

Frases (50476)

Humor (20015)

Infantil (5407)

Infanto Juvenil (4744)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140761)

Redação (3296)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6162)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->37.O DIA -- 02/12/2002 - 06:56 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


I



Nem sempre nossa verve justifica

Que o verso se apresente bem na hora.

Assim, para evitar qualquer demora,

O texto muito antes pronto fica.



A lei do melhor texto inda vigora,

Mas, como a minha veia não é rica,

O máximo que a rima repenica

É dar co os burros n água, como agora.



Estúrdias badaladas deste sino

Regougam pelas mentes, sem pudor,

Anunciando as trevas que o destino



Não pôde recusar-se a nos dispor,

Soturno desespero deste hino,

Soluços provocados pela dor.









II



Quisera ser um pássaro no ar,

“Voando pelo azul da imensidão”,

Disposto a resguardar no coração

As formas mais sutis do verbo “amar”.



Porém, com este casco grosseirão,

Que posso mais fazer do que rimar,

Deixando de colher no meu pomar,

Roubando o melhor fruto de um irmão?!



O extrato de um poema que consola

Se põe num verso único, no fim,

Retrato três por quatro ou meia sola,



Chancela que é melhor quando é ruim,

Se a vaca foi p ro brejo, onde se atola:

A negra escuridão que surte em mim.









III



Não temas, bom amigo, o descompasso

De quem luta um bocado p ra vencer.

Se queres despachar-te do dever,

Reserva para mim algum espaço.



No mínimo, no fim, vai entender

O esforço que, no verso, eu sempre faço,

Que é rígida a conduta, como aço,

Senão o versejar não tem poder.



Trabalho para pôr rima no verso

E tenho bem ainda de assuntar,

Propondo no evangelho vir imerso



O texto que se vai apresentar,

Por meio de um processo mui perverso,

Que o médium descarrega devagar.









IV



Não tenho compromissos co o perfeito,

Por isso, faço versos desconexos,

Trazendo, como temas mais complexos,

Os próprios sacrifícios do meu peito.



Escrevo p ras pessoas dos dois sexos,

No intuito de levar-lhes meu respeito,

Mas, como faço tudo tão sem jeito,

São côncavos meus ângulos convexos.



Atritos são restritos nesta esfera,

Que a liberdade traz maior “responsa”,

Porque toda esperança aqui “já era”,



Quando o nosso papel é ser da onça

Companheiro fiel, já que essa fera

Mora no coração dest alma sonsa.









V



Deixei um bom soneto para agora,

Pois quero dar um basta à brincadeira,

Posto não seja isso qu alma queira,

Porque, se o povo ri, ela é quem chora



Não sei se alguém seguiu na minha esteira,

Que o meu mau coração não comemora,

Quando se farta a gente, nesta hora,

Ao ver que sou capaz de tanta asneira.



Pretendo pôr um fim à triste rima,

Selando um compromisso com o grupo,

Deixando registrada a minha estima



Por quem não dedicou um só apupo,

A este que só perde nesta esgrima,

Que o mais que faço aqui é quando zupo.









VI



Promessas são os versos mais acima

De temas que contenham a verdade,

Um treino que se faz com propriedade,

Para dispor na estrofe a melhor rima.



Surgir, neste horizonte, um vate há-de

Que possa aproveitar-se deste clima,

Para propor à gente doce estima,

Até lograr geral felicidade.



Quem pode carregar a dura cruz,

Compondo este soneto com amor,

Luar a refletir a clara luz,



Que esconde, em sua sombra, a nossa dor?

Alguém que fale em nome de Jesus,

E dê de coração ao Criador.









VII



Anseia o nosso médium por mais um,

Que o tempo que dispõe é suficiente.

Não quer deixar passar este expediente:

Quem pesca tubarão recolhe atum.



É claro ser amor que a gente sente,

Embora ouçamos todos zunzunzum

De que não haja espírito nenhum,

Mas médium a rimar, perversamente.



Há quem diga que há fogo onde há fumaça.

Por isso, o nosso verso titubeia,

Porquanto a inspiração se dá escassa



E a rima que fazemos nos sai feia,

Porém, o sentimento logo passa,

Se com Jesus o povo aí passeia.



Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui