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Artigos-->VENDERAM MINHA CASA E AGORA? (2ª parte) -- 30/12/2010 - 15:20 (Ana Zélia da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
VENDERAM MINHA CASA E AGORA? (2ª Parte)

Ana Zélia

"Atrás de mim virá quem me vingará. O tempo!"



Parece novela, drama que não acaba, quando se lida com vidas as coisas se modificam, quando se lida com DIGNIDADE vai mais longe.



O homem é o resultado da junção de tantas coisas, boas ou más.

Hodiernamente estamos vendo nas telinhas verdadeiros escândalos de onde jamais pensaríamos que viria.

Professores agredindo alunos, sendo agredidos e mortos...



Uma senhoria nunca casou, nem teve filhos, criou um monte de sobrinhos e uma em especial, a sobrinha que se achou dona do direito de tirar o único bem desta hoje velhinha de 93 anos, por enquanto seu leito é numa enfermaria do Pronto Socorro 28 de Agosto em Manaus.



Teve sua história de vida, sempre trabalhando, quebrava castanha, depois passou a classificadora de castanhas, longos anos até se aposentar por tempo de serviço.



Com a morte de sua Mãe Maria Mesquita de Souza, 19.05.1958, infarto fulminante, passou a ser a titular e responsável por tudo e todos.

Com a retirada das casas que ficavam nas margens dos igarapés, ela morava na Rua São JOÃO 105, bairro de Santa Luzia, Educandos, passou a morar na Cidade Nova, Rua Pedro Massa, lá morreram Libânia Mesquita de Souza, Herculano Mesquita de Souza, Urbana Mesquita de Souza, todos irmãos, lá morreu também, este enforcado no banheiro, João Carlos, de apenas 15 anos, filho de uma de suas sobrinhas, o pequeno foi adotado do desde a mesma tenra idade, do Hospital Dr. Fajardo, seu nome lá era Pedrinho.



Nestas alturas Lulú como todos a conhecem, morava sozinha com uma moça qu7e lhe servia de companhia, a sobrinha querida morava no mesmo bairro, mas em outra rua, na mesma rua morava sua irmã mais velha Raimunda Mesquita da Silva, minha mãe que morreu aos 92 anos.

Alegando muito trabalho, a sobrinha querida que lecionava nos três turnos, Matemática, resolveu vender a casa e com o dinheiro fazer um quarto no terreno de sua casa. Alugou primeiro uma casa ao lado, lá LULU tinha visitas e a ajuda de todos, mas já na casa da sobrinha ficou difícil de se entrar, visitar, assim devagar, devagar ela foi matando aquela senhorinha, que se curvava ao tempo, cabelos brancos, olhos esverdeados, bonita, até que cega não pode mais reagir.



A sobrinha querida que se transformou na bruxa malvada, cansou da velhinha, transferiu a procuração para a outra irmã, mãe do garoto que se enforcou e se mandou para o Rio de Janeiro, onde reside com a família, tia LULU não sabe, como nós seu endereço. Sumiu.

LULU está à espera da morte, já passou três dias na UTI, agora está na enfermaria, a doença dela, desidratação, fome, descuido, total abandono.

Crime da sobrinha querida. Abandono de incapaz, ou ainda não vimos a procuração para a venda da casa que pode ter sido de boa fé ou obrigada. Lulu está com 93 anos, isto deve ter uns dez anos ou um pouco mais.



Ela está em lugar sabido, Rio de janeiro, porém endereço desconhecido, a filha mãe de duas menores trabalha na ODEBRECH.



E AGORA? Fazer o quê?

Sobrou para outro sobrinho, que tenta solucionar os problemas pessoais, os de Lulu e da irmã que diabética, com uma criança de uns três anos, ficou como responsável de Lulu.

A vida passa, mas as desgraças continuam talvez a ela se Lulu morresse solucionava o problema, mas ela não morre, é como Ashverus, não tem casa, não tem terra, não tem amigos, não tem ninguém, ainda chora quando falam no nome da sobrinha querida, inaceitável saber que ela goza as maravilhas do Rio enquanto LULU chora a perda de sua casa, de certeza não pode se defender ficou à mercê da maldade da única pessoa em quem ela ACREDITAVA.



Amanhã começa outro ano, 2011, esta família não pode receber as benesses de Deus, a maldade feita a um idoso, indefeso, sem voz, sem visão, sem ninguém é imperdoável, mesmo que talvez seja ela filha de santo, mãe ou enteada de algum Orixá, só se for do Credo em Cruz, porque os Orixás têm respeito e organização. Lulu não merece tanta maldade, nem eles teriam coragem de ofendê-la. São Cosme e Damião, médicos, Santa Terezinha, enfermeira está ao lado de Lulu, naquele leito de hospital, velada por Anjos de asas brancas, médicos, enfermeiros, Assistente Social, toda uma equipe que tenta colocar LULU em pé, mas antes outros quebraram dela o fêmur, não anda, nem se desloca, nem cadeira de rodas. MEU DEUS! Quanta Maldade...

Manaus, 30.12.2010.

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