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Poesias-->62.O DIA -- 27/12/2002 - 08:13 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


I



Por que devemos flutuar o humor,

Se a paz, na eternidade, é tão flagrante?

Vamos tentar conter, daqui por diante,

A inveja, o medo, o orgulho e o vil rancor.



O agir em calma ao coração garante

Que a decisão tomada é superior.

Caso haja fé, sabemos que é o amor

Que vai tornar noss alma mais brilhante.



Às vezes, nos sentimos inseguros

E os pensamentos fazem-nos impuros,

Porque a má vontade prevalece.



Aí é que pedimos a Jesus

Que nos envie Espírito de luz,

Para nos ensinar a melhor prece.









II



Dentre os conselhos, o que faz sucesso

É o que nos pede, humilde, p ra rezar,

Pois tudo o mais precisa ir devagar

Caso contrário, frustra-se o progresso.



Quando saímos para o alto mar,

O sentimento fica no regresso.

Quando alguém diz: — “Eu sempre me arremesso” —,

Vamos pedir que pare p ra pensar.



Tudo na vida tem motivo certo,

Pois a verdade mostra cada causa,

Enquanto virmos toda ação de perto.



Neste improviso até que a rude rima

Pode gerar, p ras almas, boa pausa,

Em oração p ra despertar estima.









III



Contrariando a norma instituída

Para os versinhos tristes desta gente,

Quero trazer os meus, muito contente,

Por ter logrado ser feliz na vida.



Não quer dizer que fui tão diferente.;

É que encontrei no amor boa saída,

Ao ver-me, toda vez, correspondida,

Em área que se sabe se alguém mente.



Não exigi demais nem fui sovina,

Pois aprendi a lutar desde menina,

Sabendo o que compete a cada um.



Se a inveja me acendia a fúria avessa,

Eu punha, desde logo, na cabeça,

Que quem pesca no mar recolhe atum.









IV



Se fui feliz na vida, tenho agora

De demonstrar, no verso, a boa rima

E angariar do povo a sua estima,

Atenuando a dor, se o pobre chora.



Se quiserem mudar este bom clima,

Dizendo qual a lei que aqui vigora,

Protesto, veemente, nesta hora,

Que o bem, pelo que sofre, o amor sublima.



Enviai-me, Senhor, nobre conselho,

Para que o meu leitor não perca a linha,

Ao receber na pele o duro relho,



Se nesse coração o mal se aninha.

Fazei com que meu tema seja o espelho

Do bem com que Jesus nos acarinha.









V



As pálidas palavras chegam bem

E dão aos pobres versos o seu tom,

A sussurrar somente simples som,

Na tentativa tosca que se tem.



Alguém que não conhece diz ser bom

O ritmo do metro, que convém

P ra desestimular qualquer desdém,

Que desconfie falso o nosso dom.



É essa a luta intérmina da gente

Que quer levar ao mundo o que se sente,

Estando desprovida de matéria.



A nossa vibração é deste lado

Mas o soneto acaba desastrado,

Se a alma que nos veja não for séria.









VI



Pretendo prosseguir, mas noutra hora,

Que o tempo deve ser aproveitado,

De forma que jamais fique de lado

Quem se deixa explorar ou quem explora.



Porém, se o verso põe alguém cansado,

A norma da piedade não vigora.

Por isso, deve o médium ir embora,

Sem ficar de leve preocupado.



Mas se a vontade diz p ra terminar,

Vamos pedir a Deus por proteção,

Pois o navio está em alto mar:



— “Senhor, dai luz ao pobre coração,

Fazendo desta trova o vosso altar,

Dizendo sempre ‘sim’ a quem diz ‘não’.”



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