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Poesias-->71.O DIA -- 05/01/2003 - 09:25 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


I



Desesperado pelo tanto que falhei,

Eu perfilhei, lá dos infernos, os caminhos,

Ferindo a alma, já não vendo os vis espinhos:

Cheio de dor e de rancor, ali fui rei.



Depois de anos, sem amor e sem carinhos,

Fui resgatado pela gente desta grei.

Peço perdão pela palavra, pois não sei

Se me embriago ao lhes narrar os desalinhos.



De qualquer modo, tenho jeito para o verso

E vou levando a minha rima até o fim,

Recomendando a cada irmão: — Prossiga imerso



Nessa atitude de evitar o que é ruim,

Que o resultado, quanto a mim, será diverso,

Quando chegar a sua vez de dizer “sim”.









II



Cada atitude em desalinho, nessa vida,

Vai resultar, aqui no etéreo, em desamor.

Assim, irmão, a hora é esta de compor

A melodia a ser cantada na saída.



O coração que se deleita no rancor

Não saberá como fechar a tal ferida

E vai pedir à consciência uma outra lida,

Seja medonha ou pesarosa quanto for.



Estar na Terra será sempre menos triste,

Que o sofrimento tem limites para a alma,

Mesmo que esteja a consciência dedo em riste.



Porém, não queira sobre o mal levar a palma,

Sem alterar o proceder, que a dor existe

Para nos pôr de sobreaviso, em paz e calma.









III



Ao retornar da nova vida para o etéreo,

Será bem triste estar de novo endividado:

A turma toda reunida: ele, de lado,

A escalavrar, sem entender, o tal mistério.



Não há de haver, nessa ocasião, nenhum enfado,

Que a vida ruge, ao despertar no cemitério,

E o pobre roga p ra que tenha um refrigério,

Mas a consciência chora e diz: — “Fique calado!”



Não queira, irmão, vir comprovar o que lhe digo.

Evite, pois, correr, na vida, esse perigo,

Fazendo o bem, com muito amor, a toda a gente.



A caridade mostra o rumo lá do Céu,

Como Kardec enfatizou, sem nenhum véu:

Então, oremos que Jesus seja presente.









IV



O desperdício sempre há de ser cobrado,

Não por Jesus mas pela dor que a alma sente.

Se bem obrarmos, vamos ter, eternamente,

A nossa turma mui feliz ao nosso lado.



Hão de dizer que neste verso a gente mente,

Que a tal doutrina o mais que esconde é vil pecado,

Pois não há prova de que o mote vem moldado

Pelos do etéreo, mas que o autor é o escrevente.



Este soneto é, simplesmente, um bom aviso:

Não é preciso dar-lhe tanta confiança.

O que pedimos é que tenha mais juízo



E que promova, para o bem, uma mudança,

P ra garantir chegar, um dia, ao Paraíso:

É com amor que nessa estrada a gente avança.









V



Se não gostaram do estribilho, mesmo assim,

Não percam tempo imaginando a melhor rima:

Vão integrando-se do bem no doce clima,

Para evitarem que o sabor fique ruim.



Quem sente amor o pobre verso logo estima,

A dar um crédito de luz também a mim,

Que estou chegando, mui contente, a um belo fim:

É com trabalho e com Jesus que a dor sublima.



Vamos rogar que nosso Pai nos abençoe,

Agasalhando em seu regaço a toda a gente,

Mesmo que a voz pela amplidão jamais ressoe.



Neste cantinho, espero dar, humildemente,

Só um exemplo de refrão, para que entoe

Quem tenha amor no coração e siga em frente.



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