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Ensaios-->UMA PESQUISA LINGUÍSTICO LITERÁRIA SOBRE O USO DE "ATRAVÉS" -- 10/10/2000 - 18:42 (João Ferreira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

UMA PESQUISA LINGUÍSTICO-LITERÁRIA SOBRE O USO DE “ATRAVÉS' E 'ATRAVÉS DE”


João Ferreira
Universidade Católica de Brasília




Há um debate explícito e implícito nos meios culturais brasileiros, sobre o emprego do advérbio “através” e da locução prepositiva “através de”.
A Nomenclatura Gramatical Brasileira coloca “através” entre os advérbios de lugar (cf. Celso Cunha/Lindley Cintra. Gramática do Português Contemporâneo, Rio: Nova Fronteira, 1985, p. 53) e “através de” entre as locuções prepositivas (IDEM, Ibidem, p. 543. Vale lembrar que locuções prepositivas são preposições compostas, ou seja, são locuções constituídas por dois ou mais vocábulos, sendo o último uma preposição (IDEM Ib., 542).
O debate tem sido feito em variados níveis. Encontramo-lo nas gramáticas, nas salas de aula das escolas primárias, secundárias e superiores, nas salas dos revisores de editoras e de revistas., nas salas redatoriais e nos manuais de redação e de revisão dos grandes jornais.
Pelo conhecimento que temos desse debate, achamos que nem sempre tem havido uma exata colocação dos termos do problema. É justo, por isso, que tentemos trazer alguma contribuição, lembrando textos dos maiores escritores de língua portuguesa, que são, sem dúvida nenhuma, o mais autorizado testemunho de uso diacrônico e a melhor alavanca em que nos podemos basear para tentar um equilíbrio no fogo do debate. Porque existe um açodamento de opinião em certos meios e porque o debate se tornou nesses meios um autêntico conflito, partamos para algumas considerações necessárias à análise global do problema.

A- Origem da palavra.
O Dicionário Etimológico de Língua Portuguesa
de José Pedro Machado (3ª ed., Lisboa, Livros Horizonte, 1977, vol. I, p. 348, registra: “Através. Adv. De a través. Século XV: “Achou doze galees armadas, e nom as pode tomar, ca as poseram todas atraves, jumto com a çidade”. FERNÃO LOPES, Crónica de Dom Pedro I. Barcelos, 1932, cap. 24, p.76.
Os dicionaristas de Língua Portuguesa , como Aurélio Buarque de Holanda, Antônio de Morais e Silva, Laudelino Freire, Francisco Torrinha e ainda o Dicionário da Academia Brasileira de Letras, da autoria de Antenor Nascentes, explicam unanimemente a origem da palavra pela formação de a+través.
Laudelino Freire (Dicionário de Língua Portuguesa, vol.I, Rio de Janeiro: A Noite S.A Editora, 1940,p 869, explica a origem de “através” a partir do latim: ad+transverse, significando transversalmente, ao través e também de lado a lado. O francês tem a expressão à travers, com a significação de por meio, atravessando (par milieu, en atraversant e Fénelon já a empregou: À travers les arbres, j’ai aperçu un palais”. O italiano tem expressões muito semelhantes ao português: a) em primeiro lugar, o advério “attraverso” ou “ a traverso”, formada de a+traverso, que significa exatamente, transversalmente, obliquamente, de um lado ao outro.etc. Quando o italiano diz “passare attraverso la siepe” (passar através da sebe) está usando uma linguagem fácil de captar; b) a preposição “attraverso”: “entrammo in casa attraverso una finestra rimasta aperta” (“entramos na casa através de uma janela que tinha ficado aberta”); “guardare attraverso le lenti” (olhar através das lentes”;

2.A expressão e os dicionários.
No caminho da pesquisa sobre a questão é importante consultar os dicionários, pelo menos os mais autorizados e famosos. A) O Grande Dicionário de Língua Portuguesa de António de Morais Silva, vol. II, 10ª edição, Lisboa, Editorial Confluência, 1950, pp.211a diz: “Através. Adv. (a+través). Transversalmente; de atravessado. Através de .loc.prep. De lado a lado; de ponta a ponta; ao correr de ; por entre; pelo meio de : “Através de uma parede, pode-se ouvir bem o que se diz do outro lado”; “... estes laços, que se prolongam através das eras, são a pátria”, Herculano, Lendas e Narrativas, II, 195.// Observ. Se a preposição de antes de substantivo, é galicismo grosseiro”; B) O Dicionário da Língua Portuguesa da Academia Brasileira de Letras da autoria de Antenor Nascentes, Rio de Janeiro: Departamento da Imprensa Nacional, 1961, vol. I: “Através. Adv. Transversalmente, de lado a lado: a bala não ladeou o obstáculo: a bala passou através da couraça ( de a - e través, q.v.). C) Aurélio Buarque de Holanda, Novo Dicionário de Língua Portuguesa, Rio de Janeiro:Editora Nova Fronteira, 1986, p. 197. Através.[Das prep. A+través].Adv. de lado a lado; atravessadamente; transversalmente. Através de .1. De um para outro lado: Para atingir sua meta, deveria passar através de rios e montanhas; “E através da vidraça/ espia a arua” (Austro-Costa, Mulheres e rosas, p. 28). 2. Por entre: “Os cabeços das serras negrejam através das nuvens cinzentas” (Camilo Castelo Branco, A Mulher fatal, p. 19); Conserva sempre o bom humor, através de todas as vicissitudes da vida. 3. No decurso de : “E subjugando o olvido através das idades/ violador de sertões, plantador de cidades,/Dentro do coração da pátria viverás”(Olavo Bilac, Poesias, p. 27); foi sempre o mesmo homem honesto, através de anos e anos.D) O Dicionário de Língua Portuguesa de Laudelino Freire, voil. I, Rio de Janeiro: A Noite S.ª Editora, 1940, p. 869a registra: Através ou atravez ad. Lat. Ad + transverse: 1. Transversalmente, ao través: “Achou sua nau roubada e através deitada” (Dic.Academ. Lisboa); 2. De lado a lado. E) O Novo Dicionário de Língua Portuguesa de Francisco Torrinha, Porto: Editorial Domingos Barreira, 1956, p. 146a: Através, adj., de lado a lado; através de. Loc.prep.: por entre, por meio de
E) António Geraldo Cunha- Dicionário Etimológico Nova Fronteira de Língua Portuguesa. 2ª edição, Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1991

3. Termos derivados.
Entre os vários termos entroncados em “através”, encontramos: atravessar(de a+través+ar: por ao través; passar para o outro lado de, através ou por cima), atravessado(part. De atravessar: de través, oblíquo cruzado), atravessador(aquele que atravessa, intermediário), atravessadouro (caminho através de terreno alheio).4. uso de através de em escritores modernos e contemporâneos de Língua Portuguesa.
4. O uso de “através de” em escritores modernos e contemporâneos de Língua Portuguesa.

Continua sendo válido o argumento de autoridade invocado para reforçar o uso autorizado de expressões para confirmação de sintaxe da língua vernácula. No caso de através de, o uso é secular. Vejamos em particular alguns usos textuais recortados, por ordem cronológica, dos melhores escritores lusitanos, brasileiros e africanos de língua portuguesa:
4.1. Alexandre Herculano(1810-1877), em seu conhecido romance Eurico o Presbítero: “os toques belos e puros do seu gesto transpareciam-lhe a custo através do véu de muda tristeza que lhe entenebrecia a fronte (5.ª ed.,, 1994, 37Lisboa: Eurpa-América, 1994, p. 37.
4.2. Camilo Castelo Branco(1825-1890). Em Novelas do Minho, Camilo encontramos o uso de através de numa passagem da narrativa “A Viúva do Enforcado”: “Via-os através das gradinhas de pau, e assim mesmo o pudor purpurejava-lhe as faces, e uma espécie de medo dos homens a obrigava a recuar o esteirão da soleira da janela”(ed. Lello & Irmão Editores, Porto, 1980, vol. II, p. 147)
4.3. Joaquim Manuel de Macedo (1820-1882). Em “A Moreninha”. São Paulo: Editora Ática, 1997, p. 52.
“Seja dado ao homem agonizante lançar seus últimos pensamentos do leito da morte, além dos anos, que já não serão para ele, e, penetrar com seus olhares através do véu futuro”.
4.4. José Duarte Ramalho Ortigão( 1836-1915), no cap. V da sua conhecida obra Carta da Holanda, , escrito em Wiesbaden, na subida do Reno a caminho da Holanda, escreve: “Toda uma legião épica de grandes fantasmas se ergue, evocada pela memória, através destes lugares”(p.68)
4.5. Eça de Queiroz(1845-1900). No conto “Civilização”: “Através das janelas desvidraçadas, por onde se avistavam copas de arvoredos[...]” Contos escolhidos. Biblioteca Ulisseia de ªP., Lisboa: 1990, p. 111. Em “A cidade e as serras”: “na fila vagarosa que subia[...] e a barba talmúdica e todas aquelas figuras, de uma imobilidade de cera, superconhecidas do meu camarada, recruzadas cada tarde através de revividos anos, sempre com os mesmos sorrisos, sob o mesmo pó-de-arroz[...]”. Obras completas. A cidade e as serras. São Paulo: Brasiliense, 1962, p 42. No seu romance famoso Os Maias, lê-se:”Aos pés dela “Niniche” dormitava, espreitando-os a espaços, através das repas do focinho, com o seu belo olho grave e negro” (Eça de Queirós, Os Maias, Lisboa: Edição “Livros do Brasil”, s.d., p 367)
4.6. Machado de Assis(1839-1908) em Helena,publicado em 1876, 20ª edição, São Paulo: Editora Ática, s.d., p. 28: “Agora mesmo, se o leitor lhe descobrir [a Helena] o perfil em camarote de teatro, ou se a vir entrar em alguma sala de baile, compreenderá - através de um quarto de século - que os contemporâneos de sua mocidade lhe tivessem louvado, sem contraste, as graças que então alvoreciam como o frescor e a pureza das primeiras horas”.
4.7. José Valentim Fialho de Almeida (1857-1911). No conto “A Velha” encontramos: “Aí vai ela, aí vai, trôpega, corcovada, através da fantástica noite de neve, lutando contra o frio, lutando contra as marafalhas de gelo que se lhe derretem na cara[...]”. No conto Tragédia na árvore, capítulo de O País das Uvas, Escreve: “Vão um pouco através dessas ruas de parreiras, alfazemas, dálias e rosais, té lá baixo ao tanque. Hem?” (O Pais das Uvas. Lisboa: Ulisseia, 1987, p144).
4.8. Euclides da Cunha(1866-1909)- Os Sertões, 27@ ed., Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1963, p. 300: “Tornou-se necessário, além dos trabalhos de sapa, abrir mais de uma légua de picada contínua através de uma caatinga feroz que naquele trecho justifica bem o significado da denominaçõa indígena do lugar” [Ju-etê= espinho grande” p.300.
4.9. Sampaio Bruno (+ 1915): “Assim, ninguém como ele, poderá permitir mais que, através da diáfana confissão da sua obra, nos perscrutem, nos espiem e nos conheceçam, na nossa amplitude particular e na nossa especial relatividade”. A Geração Nova. Porto: Lello e Irmão Editores, 1984, p.54.
4.10. Bernardo Guimarães(1825-1884) em “O Seminarista”, São Paulo: FTD, 1994 (col.Grandes Leituras), p. 124: “Ânimo pois... - a coragem te dará força! - estas palavras de um grande santo, que muito mais do que eu sofreu e combateu por amor de Cristo, sejam o meu talismã através dos perigos e tentações do século”.
4.11.Alfredo d’Escragnolle Taunay, Visconde de Taunay (1843-1899), em seu livro Inocência (1872), 2ª edição, São Paulo: FTD, 1994 (coleção Grandes Leituras), p. 25: “Através da atmosfera nublada mal pode então coar a luz do sol.”
4.12.Antero de Quental( +1890). No poema “panteísmo” que abre as Odes Modernas: “Através de mil formas, mil visões/ O universal espírito palpita/ Subindo na espiral das criações” (Odes Modernas. Lisboa: Veja, 1994, pp.20).
4.13. José Joaquim Cesário Verde (1855-1886). O Livro de Cesário Verde. Ed. Cabral do Nascimento.10 ª edição, Lisboa: Minerva, s.d.
4.14. Fernando Pessoa (1888.1935), No texto “O Sensacionismo perante os movimentos literários anteriores”: “O artista interpreta através do seu temperamento, não no que esse temperamento tem de particular, mas no que ele tem de universal ou universalizável.” (Obras de Fernando Pessoa. Ed. Lello, III, p.197)
4.15. Graciliano Ramos (1892-1953). Em Angústia (23ª edição. Rio de Janeiro: Editora Record, 1981), p.12:
“ Quando o carro pára, essas sombras antigas desaparecem de supetão - e vejo coisas que não me excitam nenhum interesse: os focos da iluminação pública[...] um palácio[...] escuridões[...] e, de longe em longe, através de ramagens, pedaços de mangue, cinzentos”.
4.16. Antonio de Alcantara Machado(1901-1935) em “Novelas Paulistanas”, 3ª edição, Rio de Janeiro: José Olympio, 1973, p. 188: “Nicolau sentia sobre ele e através dele sobre o tesouro o olhar ávido dos dois irmãos Tarantelli, do tenente Messias Jesus Conrado[...]”.
4.17. Teixeira de Pascoaes (1877-1952). Em Maranus. Lisboa: Assírio e Alvim, p. 117, canta:
“Ah Deus não é fantasma ou sombra morta
Mas espírito vivo, dirigindo
As almas que através da escuridão
Na etérea luz divina vão subindo...”
Em Regresso ao Paraíso há também o emprego da expressão através de:
“[...] e ao vir a noite/ que estejam todos prontos para a longa/ marcha através do mundo”( 2@ edição. Lisboa: Assírio e Alvim, 1986, p.63); e: “mas ai, em todas elas bem se via,/ Através de seus cantos de vitória// A mais profunda e trágica tristeza” (ib. 76-77)
Em A Arte de ser Português. 2@ ed.,Lisboa: Assírio e Alvim, 1993, p.112 escreve Pascoaes: “a idéia da Renascença, cantada por indivíduos de raças diferentes, desde os séculos, como sendo a mais íntima aspiração do homem que, através da sua condição guerreira e terrestre, visiona a paz do Céu - a idéia da Renascença encontrou no génio do nosso povo, a sua forma animada e comovida”. p.112.
4. 18. Raul Brandão(1867-1930): “De que é feita a tibórnia, o líquido viscoso, cor de sabão, com filamentos verdes, que o Gabiru com oplhos de sapo revê no vidro através da luz [...]” . Húmus. Porto: Porto Edditora[1991], p. 30;
4.19.Fernando Pessoa (1888-1935). Como poeta ortônimo em O Cancioneiro: “ O esplendor do altar-mor é o eu não poder quase ver os montes/ através da chuva que é ouro tão solene na toalha do altar” (Obra Poética, Aguilar, 48); no poema Passagem das horas da autoria do heterônimo Álvaro de Campos diz: “Trago dentro do meu coração/ como num cofre[...] todos os lugares onde estive[...] todas as paisagens que vi através das janelas ou vigias” ( Obra Poética, Aguilar, 275).
4. 20.. José Régio(1901-1969), fundador da revista Presença, do segundo Modernismo Português, em seu livro Ensaios de Interpretação crítica. Porto: Brasília Editora, 1980, p. 200:
“Este se apaixona pela filha [...] e através duma rapariga extraordinariamente parecida com a morta, comete, indiretamente, o crime que dá nome à novela”]O Incesto].
4.21. Guimarães Rosa(1908-1967). Em Primeiras estórias: “Ele, por detrás de si mesmo, pondo-se de parte em ambíguos âmbitos e momentos, como se a vida fosse ocultável; não o conheceriam através das figuras.” Primeiras Estórias, 6ª ed., Rio de Janeiro: José Olympio/MEC, 1972, p.82
4. 22. Vergílio Ferreira (1916- 1994): “Conduziu-me através de uma baralhada de salas até uma espécie de marquise[...] p. 35 [...] “E era como se desejasse que a vida se revelasse espontânea através de nós, dos nossos sonhos, das nossas virtudes e misérias”. Aparição, 26ª edição, /Venda Nova/Lisboa: Bertrand, 1996, p. 20.
4.23. José Cardoso Pires (1925- ): “Pré-libertinos, os goliardos interessaram-se pela evolução social da mulher e rejeitaram os dogmas do pecado original, paralelamente aos espíritos fortes do século XVIII que através da defesa dos direitos feministas tocaram com precisão hábil os vétices mais delicados do Estado constituído”. Cartilha do Marialva. 5ª ed., Lisboa: Moraes Editores, 1973, p.46.
4.24. Agustina Bessa-Luís(1922-. A Sibila. 6ª edição, Lisboa: Guimarães e Cia Editores, s.d., p.149: [...] e mesmo revivendo a cena, o rapaz sentado no fundo limoso da presa, forcejando por se recompor daquele embate e a olhar para ela através das franjas do cabelo que pingava ininterruptas gotas[...] 149.


5. Gramáticos, escritores, jornalistas e usuários em geral

Importante é registrar, também, a generalização de uso do advérbio e da expressão adverbial no jornalismo e ponderar também o que pensam os escritores independenets ou paragramáticos- assunto que daria uma outra pesquisa.

6. CONCLUSÕES

Depois de apresentarmos os dados de uso dos mestres credenciados da Língua, que são os escritores clássicos e consagrados, estilistas renomados de nossa língua, podemos resumir alguns dos pontos indiscutíveis que podem servir de orientação.
6.1.Utilizar através sem a preposição de antes de substantivo é galicismo grosseiro, diz o autorizado dicionarista António de Morais Silva(1755-1824). Laudelino Freire, por sua vez, afirma que constitui erro sintático o emprego de através como preposição em lugar de através de.
6.2. Através exige depois de si a preposição de; constitui horripilante galicismo a omissão da preposição. Deve-se dizer “através do rádio”, jamais “através o rádio” ( Napoleão Mendes de Almeida. Dicionário de Questões Vernáculas. São Paulo, Editora Ática, 1996,p.57.


João Ferreira
Brasília: 1994-2000
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