Usina de Letras
Usina de Letras
118 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62164 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22530)

Discursos (3238)

Ensaios - (10349)

Erótico (13567)

Frases (50574)

Humor (20027)

Infantil (5423)

Infanto Juvenil (4753)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140791)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6182)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->As nossas impunidades -- 24/04/2011 - 14:02 (João Rios Mendes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Penso que não tardará os brasileiros levantarem-se contra alguns fatos que contra a nossa vontade se apresentam no nosso cotidiano. A impunidade da violência no trânsito, os assaltos e assassinatos por pixotes audaciosos e a indiferença da Justiça com a tão desejada Lei do Ficha Limpa.



Levante a mão quem não estiver irritado com essas questões.



O que faz-me acreditar nessa reação popular é ver quase em tempo real as atrocidades gravadas pelas câmeras nos postes e celulares nas mãos deste país. As imagens de covardia e as notícias de impunidades já fazem parte da nossa rotina. Felizmente ainda não nos conformamos com esse espetáculo de horror.



Assistir aos noticiários televisivos é quase estar num grande anfiteatro aguardando os personagens encenarem suas crueldades. Rotineiramente os jornais noticiam assassinatos perversos provocados por motoristas bêbados ou pelo fogo das armas disparadas pelos bandidos que sabem da fragilidade da lei.



Este texto não pretende discutir a origem dessa violência. Mas ela passa pela baixa qualidade da educação pública, conivência da Justiça e maus exemplos praticados pelos nossos governantes. Outras formas de violência são a falta de investimentos em hospitais, ferrovias e hidrovias, desmatamento e emissão de gases poluentes na atmosfera.



Defendo minha certeza lembrando as últimas manifestações populares que derrubaram déspotas árabes no Egito, Líbia, Tunísia e Barein. Aqueles governantes estavam no poder há mais de trinta anos prendendo, torturando e matando quem ousasse contestá-los. Sob a mira das armas, silenciosamente a população os aturou por décadas. Hoje ela acordou e tirou o sono e o poder daqueles ditadores.



Por tempo demais suportamos as covardias dos bandidos do Morro do Alemão, no Rio de Janeiro. Aplaudimos quando a polícia e as Forças Armadas reagiram àqueles desmandos e devolveram a cidade ao país. Noutro dia discutiremos se aquela ação foi ou não para mostrar à FIFA que o Rio será uma cidade segura na copa de 2014 e nas olimpíadas em 2016.



Embora em escala embrionária, começamos a reagir às impunidades dos motoristas bêbados, aos desmandos dos piralhos assassinos, e com a Justiça que insiste em não ouvir a sociedade que deseja ardentemente tirar o sono e o emprego dos políticos corruptos. Por todo o país diariamente vemos manifestações isoladas contra essas barbaridades.



Outra razão para eu acreditar nesse movimento é a emotividade indisfarçada dos jornalistas quando noticiam uma covardia. Seus rostos tremem, a voz titubeia, os olhos marejam. Há apelo mais forte do que ver a Fátima Bernardes, o William Bonner e o Boris Casol engasgados quando anunciam uma covardia?



Os últimos levantes nos países arábes foram organizados pela internet e celulares porque lá as manifestações populares eram proibidas. Se unirmos no Brasil a liberdade de reunião e locomoção virtual daremos jeito num montão de desmandos e descasos que nos sufocam.



Não tenho a pretensão de iniciar esse levante. Este texto é mais um desabafo pela minha decisão de diminuir meu tempo em frente à televisão e colocar-me como mais um na próxima passeata contra as nossas impunidades.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui