Leminsky
maria da graça almeida
Temo que me lanhe ou fira,
que o vício me contagie,
que a tinta me embriague.
Mesmo assim, silente, venho,
ainda assim, incerta, volto
a seguir-lhe a voz,
a perseguir-lhe os passos,
no limite dos pontos,
na fronteira dos traços.
E por falar em Leminski...
in verso con verso;
in visto, re conto,
em controvérsia, meu contraponto;
no contracanto, meu desaponto.
Paulo, qual o segredo?
Você se foi, inda era cedo...
|