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Cordel-->O centurião do tempo -- 08/08/2003 - 12:42 (Elpídio de Toledo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Clic’ali>> Como jogar o tênis melhor que o Guga











Se há preocupações,
se os "e se " predominam,
há identificações
com a mente, que germinam.

Há projeções num futuro
imaginário, sombrio,
criação de medo puro,
como de morrer num rio.

São falsas situações;
simplesmente, não existem.
Elas são assombrações
que só na mente persistem.

Você pode enfrentar
esse processo maluco,
que pode até matar
ou deixar alguém caduco,

aceitando simplesmente
a graça deste momento,
sua vida no presente,
o seu melhor alimento.

Perceba os seus pulmões,
sinta o ar penetrando
e suas expirações,
a energia gerando...

Tudo com o que você
sempre teve de lidar,
do qual ficou a mercê,
e teve de enfrentar

em situação real,
é o momento presente,
contra essa anormal
projeção da sua mente.

Veja qual é a questão,
neste exato momento,
não noutra ocasião,
ou num próximo evento.

O que é que está falho,
algo em você, errado,
veja qual é o chanfalho
que lhe faz mal entonado

com o momento presente;
não daqui a um minuto,
agora exatamente,
algo que lhe deixa puto.

Você pode enfrentar
o Agora, o que passa,
mas não pode encarar,
o futuro, o sem massa.

Quando você precisar,
não antes e nem após,
sua resposta virá,
e com força, a mil nós.

"Algum dia faço isso."
Seu objetivo atrai
e lhe deixa tão submisso
que o presente que cai

é, totalmente, um meio
para atingir um fim?
Por acaso, ele veio
para servir só assim?

Seu objetivo consome
sua alegria viva?
Você faz, e logo some
do teatro sua diva?

Você está "esperando"
pra começar a viver?
Guimarães Rosa, falando,
diz que isso é morrer.

Esse tipo de padrão,
esse modo de pensar,
pode dar um dinheirão,
seja lá o que ganhar,

mas nunca será bastante;
o futuro mandará,
será sempre torturante,
nunca lhe satisfará.

Afinal, há "esperança"
em tudo que há na vida,
quem "espera" só alcança,
continua sem saída.

Numa fila de correio,
você "espera" a vez;
avião, em tempo feio,
faz "esperar" o freguês.

Você "espera" as férias,
um emprego bem melhor,
crianças ficarem sérias,
e saber tudo de cor.

"Espera" ter um sucesso,
ficar rico, importante,
dialogar, ter acesso
a alguém apaixonante.

Não é raro ocorrer
que as pessoas "esperem",
até antes de morrer,
por tudo que elas querem.

"Esperar", assim, faz mal,
sem contemplar o presente;
é um estado mental,
próprio do inconsciente,

que deseja o futuro
e desdenha o presente,
o que consegue no duro
nunca é suficiente.

O que ainda não veio
obnubila o presente,
há um conflito no meio,
você quer ficar ausente,

não quer estar no aqui,
e no Agora ardente,
mas quer estar no ali,
no futuro incipiente.

Essa tal situação
diminui a qualidade
da sua vida, então,
fora da realidade.

Não há nada de errado
em batalhar por melhora,
permanecer empenhado
em sair do que piora.

Uma tal situação
pode ser modificada,
mas é grande ilusão
querer a vida mudada.

Sendo básica a vida,
ela a tudo permeia,
o Ser profundo que lida
com um todo, e sem peia.

Estabelecer a meta,
empenhar-se na conquista,
seja lá como atleta,
ou um bom economista,

é mais do que aceitável,
desde que isso não tente
substituir o notável
sentimento do presente,

o sentimento da vida,
o Ser, ao qual tem acesso
quem está na avenida
do Agora, em progresso.

Numa boa construção
é forte a estrutura,
quando a base no chão
é boa e a atura.

Espera-se prosperidade
e ela pode não vir.
Mas temos a faculdade
e podemos discernir.

Aceitamos o presente,
sabemos onde estamos,
de maneira consciente,
o que já realizamos,

quem somos e onde vamos;
que estamos muito gratos
pelo que já conquistamos,
como lidamos com fatos,

pelo que já é, o Ser,
o hoje em plenitude.
E nosso agradecer
por tudo, não nos ilude,

não é nunca ao futuro,
fala sempre do presente,
do mais próspero e puro
momento do consciente.

Então, a prosperidade
manifesta-se pra nós
numa oportunidade
que vem bem logo após.

Se não há satisfação
com o que já possuímos,
se sentimos frustração
pelo que ora pedimos,

isso pode nos levar
a querer ficarmos ricos,
e isso pode se dar,
ganhar muitos tico-ticos,

mas sempre há de faltar
alguma coisa a mais.
Podemos nos esbaldar,
ter um iate no cais,

experiências notáveis,
mesmo sendo passageiras,
deixando-nos vulneráveis,
perdendo as estribeiras,

querendo gozar a vida,
de corpo e alma famintos
— forma descomprometida
de nos guiar por instintos.

Assim, tão inconformados
com um simplesmente Ser,
somos então afastados
do verdadeiro viver,

da plenitude da vida,
do Agora, do presente,
que deixa esclarecida
a prosperidade rente.

Desista dessa "espera",
desse estado mental,
veja se você "manera",
saia desse cipoal.

Venha para o presente,
sendo e apreciando
ser, alguém bem consciente,
sem nada mais esperando.

Quando alguém lhe disser:
"Desculpe minha demora,"
diga sempre que puder:
"Nada..., estou no Agora!"

Muitas são as artimanhas
da mente para negar,
promover suas barganhas,
o presente despistar.

Entranhadas já estão
na comum inconsciência,
como naquele fundão
o zumbido faz dormência.

Pratique o perceber
dentro de si o estado
que lhe faz se submeter
ao futuro, ao passado.

E, com o ego, cuidado!
Ele se sente morrendo,
por estar envenenado
pelo presente, coitado!

Como um centurião
vai tentar nos algemar,
nos levar para prisão,
ao tempo acorrentar.


Clic"ali, oh===>>>Sucesso efêmero














































































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