Nunca devemos julgar as pessoas que amamos.
O amor que não é cego, não é amor."
Honoré de Balzac
Talvez o amor seja mesmo cego, mas ele te faz cego para umas coisas e alerta para outras, te faz enxergar virtudes em uma pessoa que nem mesmo ela é capaz de enxergar em si mesma, o amor te faz cego e talvez seja a melhor forma de realmente amar alguém, não enxergar outro alguém.
Nós homens temos máximas para falar da beleza das mulheres muito rudes: “Não existe mulher feia, é você que não bebeu demais”,”Quem gosta de beleza interior é decorador”, "Eu sempre me importei com a beleza interior da mulher. Uma vez dentro... beleza!", "Mulher pequena é o ideal: dos males o menor!" e por ai vai, o mundo masculino é muito ligado ao visual, a demonstração, afinal um homem com uma bela mulher ao seu lado se sente o melhor dos homens.
Diz um provérbio que, ”O amor de mãe é cego” e não há amor mais cego que o amor de mãe, mãe que mesmo sabendo dos defeitos do filho sempre vai amá-lo.
O amor é cego, mas vê muito ao longe, ele pode ver que amar é tão necessário quanto respirar, todos nós amamos alguém ou algo, mesmo sem saber, mesmo sem querer, O amor é cego, mas vê, o brilho de um olhar, enxerga a razão onde não existe razão, o amor é como a lua, se não cresce mingua.
Mas o amor pode também ser uma par de óculos que nos faça enxergar coisas que antes não enxergávamos ver a vida com mais sensibilidade, perceber nuances que antes não percebíamos, nossa vida passa a ser dividida entre o antes e o depois do amor, quando se vai o amor, se fica míope , você perde o foco.
O amor é cego quando, só enxerga a si mesmo, quando não se importa com outros sentimentos que também são importantes, daí o amor cego tem seu lado negro, o lado do egoísmo que acaba por se sufocar, por matar a si mesmo, o amor morre no egoísmo, quando a desconfiança nasce, o amor acaba para alguns, quando as coisas não saem como elas gostariam que saíssem e felizmente não é bem assim que a banda da vida toca.
O amor e o menino começam brincando e acabam chorando...
André Luis
15/02/2002
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