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Ensaios-->1. PRIMEIRO DIA -- 28/05/2002 - 05:38 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Oi, Amigo!

Aqui estamos para fornecer pista a respeito do que iremos fazer nos próximos dias. Se achar que não estamos senão aproveitando-nos da oportunidade, não faremos questão de voltar amanhã.

Pois bem, continuemos, então.

Eis que de nós se espera trabalho de fôlego, tanto que nossa disposição é bem grande. Sentimo-nos, todavia, um tanto estranhos, por ser esta a primeira vez que contatamos o plano da realidade densa. Não se trata, evidentemente, de surpresa total, mas o pouco que sabíamos a respeito desta possibilidade não nos favorecia transmissão de ditado com tamanha precisão.

A par desta parte admirativa, temos para deixar-nos estupefatos a distribuição vocabular, em frases absolutamente organizadas e claramente formuladas, com inteira concatenação sintática, apesar da vibração ser carente de estímulos particulares.

Diante de tão seguro apanhado do pensamento, sentimo-nos envergonhado por vir tentar o amigo. Queira desculpar-nos o atrevimento.

Vamos deixar algum pensamento superior, para nossa pequena dimensão, e iremos embora:

'Amem-se uns aos outros e não façam jamais aquilo que gostariam que não lhes fosse feito.'

Estamos conduzindo o braço do irmão, de forma que possa suspeitar tratar-se de movimento anímico, pois a contextura moral de que somos dotados não o autoriza a considerar-nos aptos a caminhar com as próprias pernas. Se bem que seja possível estimular-lhe os centros da percepção, na verdade, somos nós que estamos realizando a tarefa, estando presentes alguns amigos da espiritualidade, que nos estão como que obrigando-nos a permanecer com a pena na mão. Mas é tão suave tal jugo que não nos sentimos mal. Ao contrário, a sensação é de que algo agradável ocorre conosco, como de há muito tempo não tínhamos a mesma impressão.

Graças a Deus, a tentativa teve tão interessante desfecho, pois a intenção primeira era a de aproveitar a disposição do amigo, para peloticar-lhe um gracejo, que só iria fazê-lo desandar, e nada mais.

Do jeito que fomos apanhados, eis-nos a estender-nos pela segunda lauda, sem possibilidade de afastar-nos, para as correrias a que estamos habituados.

Querem saber o que achamos da experiência e se não gostaríamos de tentar freqüentar a “Escolinha” que representam, na qualidade de aluno de primeiras letras, especialmente no que se refere à aprendizagem das virtudes evangélicas.

Devemos dizer que a oferta é tentadora, mas que nos sabemos profundamente vingativo, para que não nos venha logo à idéia faltar-lhes com o respeito, no sentido de pregar-lhes alguma peça, por revide desse esforço que nos estão impingindo.

Quando escrevíamos o parágrafo anterior, verificamos que não estávamos mais sendo forçados ao ditado, o que o médium bem percebeu, devido à notação do titubeio, já que a frase não adquiria a mesma fluidez que vinha conseguindo. Como agora mesmo, quando desejamos alterar o rumo dos pensamentos, para imprimir ao texto certa elegância terminológica, o que alcançamos com propriedade.

Estamos deslumbrando-nos com a facilidade com que o amigo encontra o vocabulário e a seqüência que dá às idéias, de modo que o que pretendíamos
que se estabelecesse como mero animismo da parte dele, quer parecer-nos, se transformou em automatismo da nossa parte, tanto é capaz o escrevente de “sugar” de nosso intelecto e de nossa sensibilidade, o que vai registrando, com tanta presteza.

O que parecia exercício lúdico, agradável e benfazejo, vai transformando-se em martírio emocional, pois não vemos como encerrar este trágico momento, que nos faz envergonhado e pronto para o pedido de perdão, o que ensaiáramos antes, sem convicção.

Não sabíamos como expressar estes últimos pensamentos mas o amigo conduziu-nos facilmente, de sorte que tudo agora nos parece estar ganhando nova dimensão de seriedade e de obrigação; seriedade, no sentido de nos vermos compromissados com os companheiros e com os leitores, uma vez que tudo ganha envergadura de fôlego, o que não nos parecia possível; obrigação, no que concerne ao fato de termos adquirido débito moral difícil de deixar de ressarcir, dada a veemência do amor que percebemos estar a nos envolver, pelos fluidos bondosos com que nos mantêm lúcido para a escrita.

Eis que a vida se nos abre como possibilidade de progresso, nós que estagiávamos há bastante tempo, desde que nos frustramos no derradeiro encarne.

Graças a Deus, bons amigos, estamos recebendo o seu influxo socorrista, de tal forma poderoso que nos revitalizou e nos anunciou que vale a pena prosseguir ao seu lado, pois a ventura desta restauração nos alertou para as maravilhas do perdão e do amor.

Neste sentido, tememos que o escrevente terá pouco que extrair deste pobre sofredor. Embora as palavras todas se contenham no fundo da consciência, os sentimentos correspondentes não se acham; ao contrário, o que existe é muito temor em que nos vejamos desnudados pelo fato de termos baixado a guarda, por força de tanta consideração.

No fundo, no fundo, até que gostaríamos de ver definitivamente resolvidos os problemas, mas tememos que a hora não nos seja oportuna, nem nossos fluidos estão dispostos, no sentido de nos possibilitar acesso fácil a todos os dramas que nos sobrecarregam a mente.

Acenam-nos com a possibilidade de tratamento junto a instituição especializada. Não vamos perder tal oportunidade.

Agradecemos ao escrevente todo o tempo dedicado a este amigo das trevas e propomo-nos a auxiliá-lo na busca da compreensão de algumas idéias que lhe vinham à cabeça, por influência que lhe dirigíamos, na ânsia de concretizar alguma obsessão, pois nos julgávamos aptos a isso. Pura inveja, bom irmão, que nos fazia atormentá-lo às vezes, posto que as suas defesas estavam atentas para resguardá-lo dos perigos.

Pedimos-lhe humildes desculpas e aceite-nos, daqui para frente, na qualidade de amigo.

Fique com Deus e saiba ver nestas páginas a sua própria desenvoltura e a inteligência bondosa dos amigos que nos surpreenderam.

Renato, nome sugestivo que adotamos agora, para não revelar a identidade.



Explicação

Bom amigo, eis a tarefa que se abre à nossa frente. Iremos trabalhar com os irmãos em estágio na erraticidade. Esteja atento para receber o influxo de vibrações que poderão até vir a ser desagradáveis. Contudo, saiba que a equipe que irá participar desta mesa está preparada para impor sua força magnética a quantos estiverem aptos a manifestações às quais se possa imprimir certa organização, como a de hoje.

Fique na paz do lar e ore com afinco, para que todos os que trouxermos possam compenetrar-se de que é o amor que nos estimula, de molde a afeiçoarem-se ao grupo e a propiciarem dignas oportunidades de entrosamento moral, no intuito do encaminhamento evangélico.

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