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Poesias-->14. UM SER NOSTÁLGICO -- 20/01/2003 - 08:06 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Agora, vou dizer-lhes o que penso,

Ao ver ao longe triste e brando lenço,

Separação na vida e pela morte.

É que a saudade está por toda a parte,

A ponto de impedir-me até a arte,

Impondo ao verso fundo e rude corte.



Ao se acenar o lenço, existe o pranto,

Que há de molhar o linho, em triste canto,

Enquanto n’alma fica a dor e o luto.

Mas quem confia em Deus há de saber

Que tem o amor a força e o poder

De não tornar o liame dissoluto.









O que se unir por Deus será eterno,

Que a eternidade tem por fim o bem.

Por isso, quem separa fica sem,

Sofrendo as dores todas desse inferno.



Um dia, o reencontro que se tem

Nos há de parecer gentil e terno,

Que o sofrimento é rude como o inverno

Sem agasalho e sem amor também.



Felicidade é bem que se conquista,

Conquanto, hoje, a gente é tão malquista

Que o ódio nos parece natural.



Aos poucos, a entender nos persuade

O sentimento nobre da saudade,

Que nos põe de costas para o mal.









Antigamente, eu não punha tento

E deixava as pessoas se afastarem,

Pensando que, no etéreo, a vagarem,

Iriam encontrar um novo alento.



Mas precisei saber que, ao brigarem,

Os seres não têm bom discernimento,

Pois deixam de cumprir o mandamento

Que determina a todos de se amarem.



Eu tive de ir atrás dos desafetos,

Para torná-los bons e, mais, seletos,

Constituindo elos de amizade,



Porque não subiria até o Céu,

Se não rompesse, de uma vez, o véu

Desse egoísmo que minh’alma invade.









O ser nostálgico não tem medida

E traz a dor, durante toda a vida,

Pensando apenas na separação.

Se confiasse mais em Jesus Cristo

E se tivesse o Criador benquisto,

Houvera de esperar paz e união.



Às vezes, me pergunto se é possível

Chegar a compreender qual seja o nível

Em que o amor se faz universal.

Pois tudo o que eu encontro cá na Terra

Me leva a refletir que existe a guerra

Só porque o homem tende para o mal.



Eu tento desfazer tal impressão,

Ao aplicar a lei do amor-perdão,

Como pediu Jesus, lá no madeiro.;

Mas, em minh’alma, sinto o prejuízo

De só clamar ao Pai quanto eu preciso,

Sem ver que sofre o povo quase inteiro.



Se todos só pensarem como eu,

Não haverá um crente, só ateu,

Pois deixo a lei de Deus abandonada.;

E, quando volto a meditar nos crimes,

Esqueço-me dos atos mais sublimes

E, no futuro, vejo apenas nada...



O pessimismo rui porque se cansa.

Em seu lugar, ressurge alta esperança,

No coração que crê no amor perene.;

E não existe ódio que sustente

A alma em tristeza permanente,

Porque da dor não há de estar indene.



Eu peço a Deus que me desperte o siso

E que não diga mais que eu só preciso,

Mas me entusiasme a alma no trabalho.;

Que este meu verso tenha um certo brilho,

Se não no todo, ao menos no estribilho,

Para mostrar do Reino o doce atalho.



Não quero ter saudade do futuro,

Pois, ao pensar no bem, fico seguro

De que, um dia destes, eu lá chego.

Vou trabalhar em prol do meu irmão,

Por ter certeza de que dão a mão

Os que no Alto têm seu aconchego.



Ninguém há de romper essa cadeia,

Sem entender que algum irmão pranteia

Triste separação, por tempo incerto.

Assim, que este meu verso-compromisso

Possa prestar à gente bom serviço,

Mostrando que Jesus está bem perto.



Não erga o lenço mas trabalhe firme.;

E não lamente, por ser hora de ir-me,

Mas prometendo estar sempre presente,

Pois eu deixei a marca, nesta rima,

De que o irmão não perde minha estima,

Por estar longe, temporariamente.



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