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Poesias-->O RIO -- 22/01/2003 - 03:52 (PAULO FONTENELLE DE ARAUJO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Entrei em trabalho de parto,

meu filho carcomeu-me,

tornou-me barranco com seu poder erosivo,

escalavrou-me, rio espesso que se formava.

Eu era a cheia.

Os fórceps desceram em mim,

ferros sem embarcação,

pinças à deriva em meu corpo,

que me machucaram,

abriram cavernas onde eu mantinha alvéolos,

relicários para peixes sagrados.

Mas quanta coesão senti,

pois gerar um filho é possuir nesse ato,

o começo e o extremo,

estar no leito de novo curso d`água,

perceber sobre o cascalho e o álveo trans-vaginal,

a corredeira da vida.



Meu filho nasceu.

Beijei as suas mãos úmidas

como algo que arrefece

e aliviou-me

Seu corpo hoje leva-me à dispersão,

mistura dentro de mim a sua foz imensa,

futuro.

(18)



Do livro "BORBOLETAS NOTURNAS NÃO EXISTEM"



E-mail do autor: phcfontenelle@gmail.com







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