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Ensaios-->14. DESREGRAMENTO -- 05/06/2003 - 06:46 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

O ergástulo da propinqüidade subalterna do Alentejo, emasculado pelo peçonhento inimigo das desditosas armadas reais d antanho, juntamente com o arcabouço da monotonia peripatética dos conhecimentos supra-sumos, enalteceram a ciência panda do meritíssimo juiz de direito. Inadvertidamente, deixamo-nos levar por vozerio de inaudita conjuntura de argamassa moral, de modo que os quebrantos e os requebros incessantemente se imiscuíram em atentados aterradores das ressequidas mariposas voláteis e volúveis. Intencionalmente despreparado para as infindáveis e retrógradas, pejadas de maldade, oleaginosas criaturas, indiscutivelmente soubemos arrefecer a nossa desditosa arremetida extra-oficial, de sorte a forcejar alegoria maquiavelicamente maniqueísta.

Não mais iremos, portanto, insuflar na mente do indigitado escrevente cartas de amor platônico, ao seu mais supimpa e apimentado rebocador dos incontáveis enganos e situações de perjúrio e de engodo, no trilar escorchado de manifestações sutis, em disparatado e invertido sistema cosmogônico. Indubitavelmente, solstício de imaculadas rugas é sempre preferível ao desabrochar saudoso da dor infanda de poder criar monstruosidades e quiméricas figuras, espantalhos inconsúteis da fantasia ardilosa que prepara armadilhas por sobre as quais cruzam milhões de seres despojados de virtudes, até que um, inadvertido, se deixa envolver pelos liames das quiméricas figuras geográficas e geométricas.

Não vamos resistir, pois, aos desassossegos e vamos antever promessas de diapasões universalizantes, que nos projetam intempestivamente para fora do círculo das correlações pictóricas e visuais. Em cima da hora, ainda podemos vislumbrar apetites de sonegações de impostos sentimentais, os quais se antepõem ao dealbar de nova era.



Exercícios

Em suma e para não mais perturbar o cansado leitor-escrevente: eis texto mirífico, excepcionalmente fluente mas extraordinariamente hermético. Será que alguém enxergaria através dele a real personalidade do executor? Que problemas lhe agitariam a consciência? Que teria enfrentado em vida para ter tamanha perturbação espiritual? Qual é seu efetivo relacionamento com o mundo exterior? Como lhe chegariam ao intelecto palavras como “amor”, “tranqüilidade”, “justiça”, “pureza de sentimentos”, “virtude”? Que males enfrentaria ainda sem se aperceber de seu verdadeiro estado mental?

Eis algumas questões de difícil resposta. Ajudaria se levantássemos a ponta do mistério, afirmando que o irmãozinho faleceu no ápice de aventura amorosa, em que não faltavam aspectos rocambolescos, uma vez que enveredava por contactos espúrios, problemáticos, cuja solução não teria outra forma senão a da violência e do confronto?

Sabemos, por experiência própria, que textos muito “fechados sobre si mesmos” apontam unicamente para uma saída: insanidade. Que tal determinarmos com nitidez a que tipo de manifestação desequilibrada tende o amiguinho? Será que seria capaz de oferecer perigo para alguma equipe socorrista que tentasse convencê-lo a internar-se em alguma instituição adequada para tratamento de defecções psicopatológicas? Teria condições sequer de compreender a que se refeririam os elementos de tal equipe? Seria possível adiantar algum ponto de contacto passível de ser atingido por algum tipo de argumentação lógica?

Baseado nos escritos evangélicos, imagine como teria agido Jesus Cristo diante de tal criatura. Que tipo de ajuda externa teria sido solicitada para bem caracterizar as dificuldades do espírito? Quem obteria melhor êxito no tratamento de tais defecções: os encarnados ou as entidades que perambulam pelos círculos de luz mais próximos da crosta? Se espíritos guardiães do indivíduo enfermo se manifestassem, diriam algo que poderia auxiliar no tratamento? A própria criatura estaria apta a perceber os meios adequados para superação do estado atual? Através de que recursos poderíamos nós, enquanto grupo de estudos, encontrar a solução para o mistério e as respostas para todas as questões?

Não vamos encerrar o presente estudo sem explicação conveniente, uma vez que todo o conjunto pode parecer extremamente “fantasmagórico” ou simplesmente ridículo. Trata-se de pesquisa de caráter psicológico de caso da teratologia clínica comum. A complexidade aparente remete-nos para pesquisas de caráter psiquiátrico, no entanto, se aplicarmos o nosso bom senso, no sentido de vislumbrar as ligações morais e espirituais que se originam dos termos do texto, e se soubermos agrupar esses termos segundo seu conteúdo semântico, poderemos chegar rapidamente a conclusões simples e tremendamente verdadeiras.

Este exercício, evidentemente, não é para noviços, para neófitos, para principiantes. É preciso estar muito acostumado a escarafunchar nos escaninhos da mente, vasculhando os guardados da memória, segundo as revelações conscienciais secundárias, para se poder definir com exatidão a doença e realizar a prescrição do tratamento adequado.

Vamos, por isso, recomendar que, diante da perplexidade inicial do trabalho, não se arrefeçam os ânimos e que se façam tentativas sérias de deslindar os problemas. Para isso, é preciso proceder com rigor científico, buscando, nas raízes do próprio procedimento de cada um, as bases do mecanismo mental que resultou em tal desequilíbrio. Aos poucos, a luz irá fazendo-se, de sorte que, no transcorrer da pesquisa, irão revelando-se os distúrbios pessoais dos investigadores, conhecimento último e necessário para todos aqueles que desejam progredir.

Advertimos, finalmente, que este trabalho não seja aleatoriamente oferecido para que mentes mais curtas, mais ignorantes, não tendam a rejeitá-lo pelo seu grau de complexidade.

Graças a Deus! Ao irmãozinho que está a apanhar o ditado deixamos o nosso abraço mais afetuoso e o desejo de que, ele mesmo, possa decifrar o mistério desta lição.



Comentário

As lições do companheiro Otávio não devem espantar o caro leitor. Evidentemente, trata-se de textos em que a aplicação dos conhecimentos leva, por via de conseqüência, à análise da personalidade do investigador. Esse é o mérito de tais trabalhos de reflexão e pesquisa. Por exemplo: quando ofereceu questão em que nomeou Jesus Cristo, é evidente que o objetivo mais imediato é a procura nos Evangelhos de passagens em que Jesus curou as anomalias espirituais que resultavam em desequilíbrios mentais. O segundo passo é o conhecimento do fenômeno psicológico em si. O terceiro e mais importante é a reflexão a respeito do próprio arcabouço mental (intelectual, emotivo, psicomotor etc.) e consciencial do estudante que está a deslindar os mistérios, como ele mesmo diz.

Por isso, não deve causar espécie (perdoe-nos o galicismo) a problemática levantada pelo irmãozinho, nem os caminhos a serem percorridos parecer tortuosos demais. Sem dúvida nenhuma, o caro leitor-aluno irá “quebrar a cabeça” um pouquinho, o que é da natureza do estudo quando se visa a real aprendizagem; mas isto é do conhecimento comum e não precisaríamos ficar enfadonhamente repetindo, se não fora intenção nossa nortear o pensamento dos que inequivocamente demonstram o desejo de progredir.

Esperemos para mais adiante novas lições em que se inserem conhecimentos de vários temas correlacionados com o dia-a-dia dos amigos. Diz-nos ele que está preocupado em preparar algumas unidades para conhecimento das verdades espirituais, através do despertar da consciência. Bom.

Esperando ter deixado os leitores mais sossegados, despedimo-nos crentes de que o trabalho será frutuoso e as aquisições duradouras.

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