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Ensaios-->17. ENFRENTANDO OS SOFRIMENTOS -- 08/06/2003 - 07:23 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Resgatar os débitos contraídos em outras encarnações é preciso urgentemente, se se quiser adquirir direitos à progressão no mundo dos desencarnados. Inevitavelmente, esse mister é de todos, pois ninguém, estando no campo terrestre, pode supor-se ser de elevados méritos. Só o trabalho moral regenerador dará a permissão necessária ao avanço nas sendas do Senhor. É preciso, contudo, enaltecer o fato de que muito longe estamos de atingir sequer o limiar da caminhada em nível ascendente, muito embora nos distemos, após demorada peregrinação, dos pontos mais baixos da escala evolutiva. Sem dúvida alguma, teremos de trilhar caminhos tortuosos, vielas obscuras, arriscando-nos a adentrar por becos sem saída e a revolutear-nos sem destino certo, por paragens inóspitas. Entretanto, se tudo fizermos por amor de Deus e do próximo, iremos aplainar as arestas pontiagudas, as farpas peçonhentas que se anteporão ao nosso livre caminhar, afastando também os espinheiros que soem aborrecer a trajetória. Se quisermos ainda mais adentrar por caminhos amplos, deveremos lembrar-nos da lição de Jesus, que nos aconselhou o caminho estreito da provação e da dor. Por isso, essa perspectiva não deve arredar-nos de nossa intenção de progredir.

Saber que a dificuldade existirá sempre, não é nenhum lenitivo para a ansiedade, mas certamente será desafogo quando conseguirmos superar cada um dos obstáculos. Vendo por este prisma, parece suavizar-se o caminho e diminuírem-se as dificuldades. Portanto, irmãos, sejamos otimistas, não do otimismo fácil das provas diminuídas ou retiradas, mas daquele que nos arremessa irresistivelmente de encontro ao problema, com o coração confiante e a mente aberta para receber o influxo da divina benemerência que, a cada etapa vencida, nos alcança. Essa a alegria maior dos desencarnados: a consciência exata do dever cumprido e a recepção de novas incumbências e de novos desafios. É bem verdade que muitos de nós falhamos justamente nas etapas mais solicitadas, porque o ilusório da carne propicia desajustes espirituais. Entretanto, o conhecimento da necessidade do progresso e das virtudes precisas para consegui-lo faz-nos tomar consciência de nosso trilhar em Deus e na forma mais consentânea para superação das dificuldades.

Arrojemo-nos, pois, caríssimos irmãos. Forjemos a alma nos embates contra os vícios e as maldades inseridas no momento deste século tenebroso. Quanto piores forem as condições, mais se solidificará a vitória em forma de créditos transformáveis em ganhos espirituais elevados. Se soubermos, além do mais, dar a mão em apoio dos irmãos, aí acrescentaremos méritos ao mérito e mais rapidamente perlustraremos esta etapa de dor com que se reveste a travessia neste orbe, verdadeiro vale de lágrimas. É preciso, portanto, tomar consciência dos deveres para resgatarmos as dívidas, contraídas, muitas vezes, em encarnes dos quais nenhuma lembrança temos, embora sejamos capazes de compreender a situação do ponto de vista espirítico. Sendo assim, voltamos a insistir para que todos se mantenham atentos para cada mínimo ato, para cada pensamento incrustado na mente, para cada pequena reação a qualquer ação provocativa, mesmo que simplesmente forcejada por involuntário movimento, uma vez que devidamente reflexionado, mecanizado.

Estes os nossos avisos, a nossa mensagem de muito amor e de muita paz



Exercícios

Tomamos a liberdade de transcrever as anotações de um dos discípulos da “Escolinha de Evangelização”, para transformá-las no texto diretivo da aula. Evidentemente, o caro aluninho está aprendendo, com muito denodo e espírito de solidariedade, a matéria que lhe vem sendo ministrada, na forma de palestras e de aulas práticas através da observação do comportamento humano, principalmente de algumas pessoas enfronhadas no conhecimento espirítico, mas que, contumazes, insistem em manter-se alheias aos ensinamentos, sempre que lhes toca agir em consonância com as orientações evangélicas. Para tais pessoas, parece que o mero fato de estudar as lições e de decorar textos e fórmulas morais é suficiente para perfazer as necessidades mínimas da regeneração moral condizente com as suas deficiências.

Sendo assim, após detido exame das palavras da mensagem-texto, proponha três transformações no discurso, de modo a adequá-lo para pessoas que não tenham tido ainda a oportunidade de conhecer os princípios teóricos do espiritismo kardecista, considerando básico, nesse sentido, que a pessoa não admita a hipótese da reencarnação.

Em seguida, submeta o texto a um dos amigos, sem indicar as alterações feitas e peça-lhe para refazer o texto original, naturalmente indicando-lhe que a mensagem deverá ser endereçada a pessoas que aceitam e professam o espiritismo. Esse novo texto será apresentado para uma terceira pessoa, com as orientações da primeira e assim por diante, até que seis pessoas do grupo tenham refeito os textos que receberam sem terem conhecimento do trabalho original.

Nesse ponto, reúne-se o grupo e procede-se à descoberta das alterações, em ordem inversa, até que o modelo original esteja restabelecido. A partir daí, inicia-se discussão baseada no seguinte tópico: “Quem apresentou o texto mais influente psicologicamente, no sentido de proceder a uma mudança de comportamento no leitor, em busca de se restabelecerem os vínculos com as verdadeiras provas de regeneração espiritual? Por quê? Teve você vontade de cortar dos hábitos algo que não lhe pareça condizente com seu carma? O quê? Por quê? Qual a opinião de cada um dos companheiros a respeito de suas respostas?”

A seguir, proceda todo o grupo a resumo da mensagem inicial, que, reconhecemos, está prolixa e repetitiva, utilizando de apenas quatro parágrafos. Ao resumo, acrescente-se um quinto parágrafo, no qual se apresente incentivo à prece como forma de se atenuarem as agruras de provas muito penosas.

Finalmente, encontre-se pessoa alheia a todo o trabalho e que esteja disposta a colaborar com o grupo. A essa pessoa deve ser apresentado o texto resumido para comentário, segundo o seguinte roteiro:

1. Você entendeu realmente a mensagem do texto?

2. O que o mensageiro espera do leitor?

3. Você estaria propenso a aceitar os conselhos ali contidos? Por quê?

4. Se você tivesse possibilidade de acrescentar algo ao texto, o que seria? Por quê?

5. Faça extrato da mensagem em um único parágrafo (não mais que cinco linhas).

Essa personagem deverá integrar-se, em seguida, ao grupo e, após atenta leitura de suas observações, deverá ser sabatinada pelo grupo a fim de que se percebam nela as reações contrárias à mudança de comportamento. Esta fase do trabalho deve constituir-se em espécie de “teatrinho”, para que não sejam feridas susceptibilidades, podendo, portanto, a sétima pessoa “interpretar” um papel. Evidentemente, caso não se sinta mal, poderá demonstrar sua personalidade autêntica, transformando o exercício em momento de transcendental importância para compreensão mais íntima do ser que cada um é em sua verdade consciencial. Esse “debulhar” deverá prever íntimo relacionamento entre as pessoas, de sorte que tudo poderá surtir efeito de depuração e de configuração das reais tendências cármicas de cada membro do grupo.

Não nos cabe colocar paradeiro nessa pesquisa da intimidade de cada ser envolvido no trabalho, mas advertimos que cada qual deverá sustar o aprofundamento dos problemas quando perceber que irá perder o domínio que todos devemos exercer sobre as reações emotivas, ou seja, o intelecto deve sobrepor-se ao emocional, para que o grupo não se veja na contingência de suspender os trabalhos de aprendizagem, para proceder a algum socorro, para o qual pode não estar preparado. O objetivo é esclarecer, não perturbar; por isso, estas palavras de advertência e de alerta.

Quanto ao mais, proceda-se em nome de Jesus, invocando-se os espíritos guardiães, que impedirão que o ambiente possa vir a ser perturbado por entidades não interessadas em progredir, uma vez que os cuidados terão de ser os mesmos de sessão de desobsessão ou de cura. Se no grupo houver algum psicógrafo, esteja ele atento para informações suplementares, mas que aguarde momento oportuno, para não interromper os estudos.



Comentário

O nosso amigo Otávio pode parecer excessivamente exigente nos trabalhos que passa. Entretanto, se as pessoas tiverem boa vontade e manifestarem-se de acordo com se submeterem ao curso de Evangelização e de autoconhecimento, através da reflexão externa que a forma de dinâmica de grupo oferece, poderão obter desenvolvimento na doutrina muito rápido, ao mesmo tempo que a dedicação à meditação as levará fatalmente a perquirir, em profundidade, as causas de seu procedimento. Essa tentativa será ainda mais valiosa, se ocorrer em ambiente sério de trabalho, sob os auspícios de entidades desencarnadas a quem esteja afeto guiar e orientar as pessoas.

Para que o sucesso se coroe, recomendamos que o grupo se feche sobre si mesmo, ou seja, que permaneça unido, trabalhando durante todas as unidades, até que sejam capazes os seus componentes de elaborar trabalhos de pesquisas, segundo as fórmulas apresentadas, para temas de interesse coletivo. Se o grupo atingir esse nível de perfeição, estará apto a partir para a segunda fase: a orientação de novos grupos de estudos, para o que, necessariamente, deverá o grupo inicial ser desfeito. Nunca, entretanto, os elementos devem trabalhar isoladamente nesta fase: além de formarem conjuntos de dois orientadores para cada nova equipe, os membros devem reunir-se periodicamente para discutir a respeito das dificuldades que estejam apresentando os novos alunos.

É uma verdadeira formação de “professores”, de instrutores, que se almeja. Por isso, o que se pede é que as reuniões sejam semanais e que se interrompam de tempos em tempos para descanso e para pesquisas e leituras individuais. O estudo é muito importante, mas não é o principal: é preciso dar-se a cada elemento a oportunidade de aplicação dos conhecimentos e de superação das dificuldades isoladas, vivenciadas no íntimo de cada personalidade.

Insistimos em que este curso não deve ser levado na conta de mais um “cursinho” de final de semana. Trata-se de estudo sério e, se como tal for levado, dará ao estudante satisfações que avançarão para além dos limites de sua esfera atual.

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