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Ensaios-->28. DESESPERO E PAZ -- 19/06/2003 - 08:04 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

O desespero de cada hora pode ser o preço a ser pago por todo aquele que quiser usufruir em paz a encarnação. Façamos por nos entender: “desespero” e “paz” podem parecer incongruentes com a verdade, pois se contraditam entre si, no entanto, a “paz” é posterior ao “desespero”, desde que este seja superado por força de vontade fundamentada na fé, na esperança e na caridade. Assim, os desesperados podem lograr sucesso em vida cheia de entrechoques, se souberem dosar com sabedoria os momentos de reflexão, forcejando por antepor à angústia das situações dolorosas firme determinação de compreensão e de superação.

Seres existem sobre a face da Terra que tudo fazem para virem a ser perfeitamente felizes, entretanto, o máximo que conseguem é colocar obstáculo sobre obstáculo, impedindo o êxito da peregrinação. Se souberem, contudo, acatar a dor, estancando-a com o lenitivo da prece, na convicção de que Deus é misericórdia e de que o sofrimento lhe advém como provação, poderão ensejar-se momentos de alegria, ao compreenderem que sua atitude está conduzindo-os à vitória final sobre si mesmos. Esse desapego ao fato em si é compensado por entendimento mais profundo da vida.

Deblaterar contra o “destino” é a pior posição do pensamento humano. É preciso manter a calma diante da tragédia pois “não há bem que sempre dure, nem mal que nunca se acabe”; BEM e MAL, evidentemente, entendidos no estrito campo da matéria.

Esta advertência se faz necessária para que os encarnados não percam as oportunidades de regeneração espiritual, desperdiçando vidas inteiras pela incompreensão dos benefícios de procedimento pautado pelas virtudes evangélicas. Veja se você está nessa situação. Analise as suas reações diante dos fatos mais comezinhos: jarra que se quebra, leite que derrama, água que escorre, telefone que não chega (pedimos escusas pela exemplificação retirada do acervo de expectativas do escrevente). Corra ao repositório de obras espíritas e busque, nas informações ali contidas, aquelas que possam amenizar a inconformidade e que tenham o condão de facilitar a serenidade do ânimo. Sobretudo, anteponha ao desespero as orações que aprendeu desde criança, mas diga-as com fé em que o socorro advirá, cheio de luz, para refazer o estágio de paz que deve ser o apanágio dos que conhecem a lei e o seu Apóstolo.

Graças a Deus, temos tido o benefício do entendimento e da capacidade intelectual, com os quais poderemos estancar as fortes tendências emotivas que os pródromos da vida humana na Terra entreteceram em forma de instintos e alicerçaram fortemente na psique dos encarnados. Essa tendência atávica ao despertar das emoções súbitas diante das frustrações é que deve ser submergida no mar do amor e da esperança de mundo melhor. Quando soubermos controlar os instintos, submetendo-os ao jugo da razão, estaremos aptos a receber missões de amparo aos semelhantes, no sentido de fazer com que todos possam vir a adquirir a mesma capacidade. Essa escravização ao homem primitivo, que ainda hoje vemos nos encarnados, é que tem retardado o avanço da humanidade rumo à sua mais gloriosa destinação: a eterna vida ao lado do Senhor.

Pelejemos, pois, para nos apetrechar dos meios mais eficazes para debelar os impulsos de insanidade e o façamos em nome de Deus, para honra e glória do Filho, o qual nos trouxe de si mesmo os recursos para nossa salvação. Sejamos, nós mesmos, apóstolos do bem, instando por sedimentar no fundo das consciências as virtudes evangélicas, que teremos como prêmio maior a redenção da humanidade. “Bem-aventurados os humildes, pois que serão exaltados.”



Exercícios

Este texto pode servir de pretexto para inúmeros exercícios. Assim, responder às questões inseridas no entrecho já é suficiente para perquirir em profundidade as tendências atuais de cada um, através do conhecimento dos problemas que estão a afligi-los. Basta isso para iniciar longa discussão em torno de alguns tópicos relativos à vida atual do homem encarnado. Foi por isso que a exemplificação buscou o próprio mundo do escrevente.

Outras questões podem acrescentar-se, sobretudo as relativas às emoções “irreprimíveis” que conduzem a humanidade a atos de desespero: “injustiça” no estádio, insuflando brigas; descontentamento com o patrão, gerando greves; desilusão com o governo, promovendo protestos; dinheiro retido nas instituições financeiras, originando profundas mágoas; etc. Todas essas atitudes têm, em contrapartida, virtudes a serem conquistadas para a superação do mal. A caracterização de cada uma e a sua identificação no rol dos benefícios trazidos e propugnados pelo Cristo podem constituir-se em excelente exercício para os aprendizes do espiritismo.

Todo este trabalho nos foi sugerido pelo irmão Otávio, para que trouxéssemos, também nós, modelo de trabalho a ser feito nas escolas de evangelização dos centros espíritas. Evidentemente, muito se tem realizado nesse sentido. O que nos moveu foi o fato de que as aulas tecidas pela equipe do querido Otávio se destinam especialmente para pessoas altamente capacitadas dentro do conhecimento espirítico. Se nós não realizarmos atividades menos complexas, destinadas a público mais mediano, poderemos até ser acusados de elitistas, quando a nossa preocupação é de atingir a todos, esclarecendo a cada um precisamente nas dúvidas e necessidades.

Queremos enfatizar que todos os textos que se constituem em mensagens de amor e respeito à integridade dos irmãos encarnados podem erigir-se em leituras sobre as quais os trabalhos dos estudantes podem lançar suas bases, de modo que, através de roteiros de apoio, podem ser formulados exercícios de investigação do mundo interior em todos os aspectos psicossomáticos (até mesmo biofísicos). Tais exercícios deverão ter por objetivo o desbravamento da mente humana, a compreensão o mais exata possível das necessidades individuais e o descobrimento das fórmulas evangélicas de ajustamento e reajustamento psicológico, de sorte a favorecer, através de muito amor e benemerência, a superação dos defeitos e aleijões, no intuito de se conseguir avançar rumo à perfeição necessária ao progresso na senda da redenção.

Façamos por merecer, em cada ato da vida, a benemerência de que formos alvos da parte do Pai e, para tanto, não deixemos de envidar o máximo dos esforços em prol da concretização do maior ideal crístico: a salvação da humanidade.

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