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Artigos-->Neblina e Bomtempo -- 09/11/2011 - 14:41 (João Rios Mendes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Hoje quero homenagear alguns amigos de nomes “diferentes”.





Ontem, chegando ao meu trabalho, encontrei a Neblina com mais dois colegas. Ela falava de um artigo homenageando seu nome, escrito pela jornalista Conceição Freitas e publicado no jornal Correio Braziliense. Sempre bem humorada, Neblina contou que ouve muitos gracejos com seu nome, tais como: “Neblina, foi você quem causou aquele engarrafamento na estrada?” ou “Neblina, deixa o sol entrar” etc.





Saindo dali encontrei uma amiga das antigas, cujo nome não conheço ninguém mais. Trabalhávamos nas repartições do Governo do Distrito Federal e há mais de vinte anos não a encontrava. Mesmo depois tantos de anos não esqueci o nome dela: Ormezinda. Como estávamos no meio dos afazeres, falamos rapidamente e lembramos de alguns colegas daquela época. Despedimo-nos desejando boa sorte. Gostei do reencontro.








Meu pai era porteiro do bloco G da SQS 115, em Brasília. Ali morava o Coronel Emílio, a quem muito honramos. Graças ao Coronel, papai - após anos esperando na fila, conseguiu uma casa da SHIS na Ceilândia. Naquela época eu tinha 15 anos e era o caseiro do apartamento 606, onde moravam a D. Léa e o Capitão Raul. Eu cuidava da Mascal. Cadela carinhosa e dengosa. Naquele prédio fiz amizade com os Boamorte. Eu e os dois filhos adolescentes daquela família descobrimos, de bicicleta Monareta, as primeiras curvas dos viadutos no final do eixão sul. Nunca esqueço da bronca carinhosa que levamos da mamãe deles por termos ido a lugar tão perigoso com máquinas revirando montanhas de terra vermelha. A diferença econômica e cultural em nada influenciou a amizade dos Boamorte comigo... A inocência não distingue.





Outro nome que não me sai da cabeça é a Serena. Vi-a somente uma vez, a trabalho. Ela é do Corpo Diplomático de um país caribenho. Negra linda, longilínea, educada e muito inteligente.





Na Universidade de Brasília conheci o Feliz. Ele dizia que gostava de guardar a imagem da pessoa em vida, conversando, sorrindo. Por isso não olhava defunto no caixão. Gostei tanto dessa idéia que desde então velo meus mortos a distância. Não olhei nem meu pai.





Hoje o sol não apareceu. O tempo está chuvoso e frio. Essa neblina fez-me lembrar das irmãs Bomtempo, outro nome muito querido no Centro de Ensino 02 de Samambaia, onde lecionávamos. Com essa lembrança veio uma saudade danada. Vou já telefonar para elas e matar a danada.











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