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Ensaios-->40. RECOMPONDO AS LIGAÇÕES -- 01/07/2003 - 07:33 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Às vezes, o médium sofre “curto circuito” durante a fase de imantação, quase sempre devido à própria invigilância, de modo que fica à mercê de influenciações más, prejudiciais para o corpo perispiritual. Esse “choque” magnético se dá quando o pólo positivo da fé manifestada se encontra subitamente com algum “fio descascado” de alguma viciação pela qual se deixa envolver o encarnado.

Embora possua corrente elétrica negativa, deve o médium preservá-la devidamente desconectada, não só no momento da transmissão mediúnica, como em qualquer outra circunstância da vida, forcejando por desligá-la definitivamente. É claro que muitos conduzem essa corrente negativa desde outras encarnações, sendo, portanto, difícil de romper a ligação com o centro gerador. Outros a adquirem por injunções mais recentes, quando, ao influxo de permeações vulneráveis ao crédito fácil junto aos eletrodos dispostos de modo favorável, se deixam contaminar por atitudes cheias de promessas de avanços rápidos, até mesmo no campo moral e espiritual. Pura ilusão! Nada existe de fácil na conquista dos bens sempiternos da benemerência e da benevolência divinas. É ainda menos fácil quando, à necessidade de ganho das virtudes, se tem a obrigação de abandonar as viciações e defeitos de caráter.

Voltando ao tema, quando o intermediário entre os planos, no momento mesmo da concentração que antecede ao ato mediúnico, se deixa inadvertidamente levar por pensamentos, sensações ou emoções que envolvem aspectos menos rigorosos quanto à elevação moral que se deve preservar, aí o pouco de atenção que vinha conseguindo através das orações mecânicas que os lábios pronunciam não é suficiente para estabelecer o devido contacto com as forças espirituais simpáticas e favoráveis ao bom desempenho durante os trabalhos.

Quando tal distanciamento ocorre em ambientes carregados das vibrações emanadas pelos espíritos guardiães responsáveis, é fácil verificar-se poderosa influenciação, no sentido de imprimir à mente do encarnado sugestões de recomposição. No entanto, quando o ambiente estiver integrado por sofredores interessados em perturbar o intermediário, torna-se-lhe a mente acessível aos torpes desejos, ocorrendo aí a falcatrua, a mensagem eivada de falhas e de descomprometimento com a verdade e com o amor, atingindo-se até o incrível entorpecimento conceitual provocado por mensagens inteiramente deletérias, quer no sentido da mistificação dos poderes espirituais, quer para oferecer previsões favoráveis, como os números a serem sorteados nas loterias, quer para relato de acontecimentos ou fatos futuros que possam causar deslumbramentos, de sorte a engrandecer a vaidade do mediador.

É preciso, pois, cuidar para que as transmissões se desenvolvam em clima santificado pela boa vontade e pela firme decisão de somente se permitirem idéias, sentimentos e emoções fundamentados nas excelsas virtudes evangélicas. Ter-se medo de presenciar as manifestações espiríticas é até compreensível de início. Tal sentimento, entretanto, não deve dominar o indivíduo a ponto de lhe causar mal-estar. Este exemplo nos ocorreu tão-só para lembrar o digno leitor de que nem tudo precisa ser depurado no cadinho do amor mais fraternal. O homem não oferece ainda condições de pureza para que nos faculte transmissões superiores. Se assim fosse, seriam os encarnados que teriam a primazia nas sessões e não como comumente acontece agora, quando há necessidade de se manifestarem os espíritos para solicitação de comedimento e arrefecimento dos impulsos malévolos dos encarnados. Por outro lado, se todos os envolvidos no fenômeno mediúnico estivessem em condições de vida espiritual superior, não haveria por que realizar as sessões.

Neste aspecto, é importante salientar que, por mais que insistamos, sempre existem aqueles que se deixam abater pela influenciação maligna das forças que habitam ainda as profundezas do Umbral. Sabendo que tais vibrações sucedem diuturnamente, é útil estar prevenido, como no caso de nosso escrevente (permita-nos ele fazer referência à sua pessoa), que, sempre que se põe à disposição para a psicografia, sente forte tendência para rejeição dos trabalhos, através de argumentações as mais variadas e tentadoras. No entanto, prossegue firme atendendo ao chamamento, procurando vir ao nosso encontro com o coração aliviado e a mente limpa, através de leituras prévias de textos edificantes. Aliás, este é o principal meio de vedar a circulação livre da má eletricidade nos fios que a conduzem. Outro elemento importante é a oração dita com o coração partilhando emotivamente de cada palavra e de cada frase, buscando-se o devido recolhimento e compenetração. Quando se invoca o Senhor, por exemplo, só este simples ato deve merecer do médium o respeito mais profundo, pois, verdadeiramente, a presença de Deus poderá ser percebida. Deus é pai misericordioso: ele comparece sempre que o invocamos e, se nós não somos capazes de sentir-lhe a presença, é porque temos obtusa a mente e toldados os sentidos.

Façamos, pois, por envidar os melhores esforços para impedir que as reuniões sejam frustradas por atitudes infelizes de nossa parte. Se obtivermos sucesso, iremos acostumando-nos com o reconforto do magnetismo socorrista, de sorte que não faltará nunca para nós trabalho e esclarecimento.



Muito obrigado, queridos, por aceitarem pacificamente a minha fraca participação. Aqui estivemos a convite do amigo Otávio, que nos solicitou o texto de abertura para uma das unidades de ensino. Esperando tê-lo atendido a contento, elevamos o pensamento a Deus, rogando-lhe luzes para que o trabalho possa vir a ser útil para os aluninhos das escolas de evangelização.



Exercícios

O trabalho começará por agradecer a Manuel Fernandes da Matta através de comovida oração. Devemos-lhe verdadeiro sacrifício, pois não está habituado ao trabalho mediúnico, tendo encontrado algumas dificuldades. Por certo, o tema que escolheu se deve ao fato de ter-se aproximado várias vezes de mediadores mal magnetizados, vendo frustradas as esperanças de manter contacto com os encarnados. Confirma-nos ele a nossa impressão.


Responda às questões do modo costumeiro: individualmente e em grupo. Se você tiver alguma dificuldade, compulse “O Livro dos Médiuns” ou outra obra séria sobre mediunidade.


1. Qual o melhor meio de se iniciar a programação de sessão mediúnica? Você já esteve nessa situação ou sempre participou de grupos formados? Como se sentiria se recebesse convite para fundar casa de socorrismo espiritual? Por quê?

2. Não “fugindo da raia”, como principiaria os trabalhos da reunião em si? Que textos escolheria para serem lidos? Por quê? Deixaria os espíritos guardiães influenciarem na escolha dos textos? Como poderiam fazê-lo?

3. Você reuniria para os trabalhos mediúnicos todas as pessoas interessadas ou iria estabelecer critérios para sua seleção? Se aceitasse todas as pessoas, como iria organizar a sessão? Daria o mesmo papel para cada uma? Que atributos seriam necessários para que as pessoas selecionadas pudessem participar da “mesa”, caso você optasse pela segunda parte do “caput” da questão? Por quê?

4. Centro espírita que se preze precisa efetuar sessões de desobsessão? Por quê? Com que objetivos? Que outras atividades você programaria? Com que objetivos?

5. Permitiria a manifestação de espíritos sofredores em sessões de estudo e de “passes”? Por quê? Se for surpreendido em tal situação, como irá agir? E se o fato se repetir outras vezes, através do mesmo médium?

6. Se, nas sessões de psicografia, algum médium experiente deixar de escrever, você tiraria do fato alguma conclusão? Qual? Por quê?

7. Quem, a seu ver, é mais privilegiado: o médium vidente ou o psicofônico? Por quê? Quais são as diferenças entre eles? Pode um médium desenvolver ambos os tipos de recepção mediúnica? Seria necessário para isso que ele se tornasse “santo” ou bastaria que desenvolvesse apenas uma técnica? Explique bem as respostas.

8. Examinando o texto-base, você alguma vez conectou os pólos positivo e negativo durante alguma sessão? Conte-nos o caso e extraia alguma conclusão moral a respeito.

9. O texto inicial lhe forneceu algum dado novo, alguma lição, alguma advertência? Qual? Analise a mensagem do amigo Manuel e acrescente dois ou três tópicos que, a seu juízo, ficaram faltando. Faça-o, mesmo que não concorde em que o texto seja falho: é apenas exercício.



Reúna as respostas escritas dos companheiros e guarde-as. Futuramente poderão ser úteis para novos grupos de trabalho, podendo ser apresentadas, após o término da unidade, para cotejo das dúvidas, das indecisões e dos méritos. Aliás, este procedimento poderá estender-se para a maior parte das atividades da escolinha, tomando-se a precaução de se manterem tais trabalhos devidamente trancados até o momento de sua apreciação, para que se evitem tentativas de fraude, as quais serão certamente sugeridas pela maldosa alegria que sentiriam os espíritos jocosos e irresponsáveis interessados em perturbar os trabalhos. Para se evitarem tais tentativas, proceda-se segundo a orientação do texto inicial. Finalmente, após o estudo de outros temas, procure voltar a discutir as respostas guardadas, para que não se amorteçam as lembranças de pontos tão essenciais aos trabalhos, como os que foram levantados nesta unidade.

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