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Ensaios-->3. COMANDO E OBEDIÊNCIA -- 11/07/2003 - 08:09 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Se o comando falha, é possível reclamar-se da soldadesca? Esta é questão de difícil resposta. Dentro da campo da disciplina e das responsabilidades estritamente militares, é claro que caberá aos comandantes receber as invectivas contra a desídia e inoperância. Os soldados nada sofrerão como penalidade, pois cumpriram ordens emanadas dos superiores hierárquicos. No campo civil, contudo, existem válvulas de escape que proporcionam aos títeres a faculdade de investirem contra comandos dúbios ou claramente desonestos. Neste caso, se a “soldadesca” não se manifestar contrariamente às ordens, poderá vir a ser, conjuntamente com os chefes, responsabilizada pelo insucesso do empreendimento. No campo espiritual, tal não se cogita, pois, se alguma ordenação partir dos espíritos superiores e se houver fracasso na empresa, evidentemente, tão-só a “soldadesca” sofrerá as conseqüências por não se terem atingido os objetivos colimados.

Três circunstâncias, três resultados diferentes. Por isso é que insistentemente temos retornado ao tema da reflexão. Se ao militar não é dado objetar contra os comandantes, é porque a circunstância de seu relacionamento foi decalcada em absurdas orientações da mente humana encarnada, orientações advindas da necessidade de combater, sem que se possam estabelecer quais os padrões morais que determinaram as ações bélicas. Se fosse livre o soldado como é livre o cidadão comum diante de seu arbítrio, certamente a organização militar seria totalmente esfacelada. Na vida civil, certamente, existem milhões de situações análogas, onde a decisão dos superiores não pode ser contestada nem, ao menos, avaliada. Contudo, resta a opção ao executor das ordens de partir para o sacrifício de sua posição, quer no sentido de correr o risco de não ser entendido, quer no de vir a ser sumariamente dispensado das funções.

Quanto ao mundo espiritual, é totalmente diferente a situação. Como de espíritos superiores não podem emanar resoluções erradas e como os que devem cumprir se acham exatamente na condição de seres a quem o encargo nunca é demasiado, qualquer falha de orientação se torna totalmente impossível, a menos que advenham circunstâncias alheias à vontade de uns e de outros, interferentes no rumo que deveriam ter tomado as providências planejadas. Neste caso, não há recriminações mas tão-só reajustamentos e novos programas de ação são determinados de molde a enfrentar a novel conjuntura.

Caríssimo leitor, em que circunstâncias de vida você se encontra? Cabe-lhe ordenar ou obedecer? Você ultrapassou os limites de qualquer atividade profissional, sendo livre, portanto, para deliberar a respeito das próprias atividades? Conta com o concurso de irmãos em iguais condições de vida com quem possa debater os momentos de solidão e de sofrimento e a quem consultar a respeito das possíveis soluções? Realiza tarefas penosas cujos encargos lhe sobrecarregam o organismo físico e o alijam de atividades espiritualmente elevadas? Enfim, qual é o seu posicionamento diante da vida?

Quaisquer que possam ter sido as respostas, tem você a possibilidade de opção entre diferentes atitudes, sendo-lhe possível eleger a mais apropriada do ponto de vista evangélico? Conceitualmente, sua decisão é sempre ponderada, medida, meditada, reflexionada, ajustada às orientações superiores do Pai, a quem, como sabemos, nenhuma falha pode ser imputada? Ou você, diante da tomada de decisões, costuma postergar a atitude que o levaria a colher o fruto mais sadio, contentando-se com colheita menos proveitosa mas atribuível à responsabilidade de outrem?

Estas questões que se põem diante do querido leitor têm ponderável razão de ser: é da cogitação a respeito dos próprios atos e das intenções sobre que se baseiam que nasce o mais profundo apanágio dos seres perfeitos: o conhecimento de si mesmo. Tal conhecimento gera ascendência moral da consciência sobre todos os outros elementos componentes das estruturas mental e física dos indivíduos, de sorte que haverá a possibilidade de bom comando e o conseqüente cumprimento adequado das ordens. Assim, diante de si mesmo, deve o indivíduo agir como se fora duas entidades distintas: uma que prevê e outra que provê. Quando a mente humana conseguir fundir, em um único movimento coordenado, ordens moralmente superiores e obediência cega, terá atingido o grau mais elevado da possibilidade de evolução no campo da matéria, estando apto o indivíduo a ingressar em círculos espirituais mais elevados. Esse inteiro domínio de si mesmo, no entanto, é de difícil conquista. O mais das vezes, o que se observa é que os encarnados agem mecanicamente, sob o impulso de estruturas psicossociais arraigadas profundamente no intelecto, olvidando por inteiro a recomendação da reflexão, da meditação diuturna. Como se vê, aquilo que faz o ser humano distinto das demais espécies animais que perambulam pelo globo terrestre é justamente o que mais o deixa próximo delas, por falta de uso conveniente, adaptado às realidades evangélicas propugnadas por Jesus.

Vamos orar em conjunto para que sejamos dotados de luz, para compreender-nos a nós mesmos. Vamos rogar ao Senhor as bênçãos de amor, para despertar em nós os atributos da bondade, da fraternidade, da solidariedade, que nos exaltarão diante de nosso destino. Vamos elevar em preces o pensamento, para agradecer as faculdades intelectuais de que estamos aparelhados, solicitando força e coragem para aplicá-las na consecução de objetivos elevados em prol do semelhante. Vamos, finalmente, pedir para que sejamos capazes de orientar a vida no sentido da perfeição possível diante das limitações de nossa natureza.



Exercícios

Inúmeros exercícios podem ser realizados sob inspiração do texto-mensagem. Não vamos, entretanto, propor especificamente qualquer questionário. É óbvio que cada aluninho irá refletir a respeito do que nele se contém e irá expor aos colegas as suas intuições, as suas dúvidas, os seus argumentos em favor deste ou daquele ponto de vista doutrinal que lhe for suscitado pela leitura. E mais não pedimos. Basta que haja profunda reflexão no sentido de se situarem as diferentes pessoas diante da vida, em função do cumprimento do que lhes pede o Senhor, por intermédio de seu filho Jesus.

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