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Ensaios-->4. DIFICULDADES NOS CONTACTOS MEDIÚNICOS -- 12/07/2003 - 07:23 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

É sempre necessário fazer recomendações bem específicas para todos os colaboradores da intermediação entre os planos, pois é muito provável que, se se perder o contacto pessoal, o encarnado busque compreender todos os fenômenos do ponto de vista estritamente dele, tendendo a desvirtuar, pouco a pouco, os reais objetivos da mediunidade, uma vez que o fim último colimado está nas intenções dos espíritos. Estes contactos individualizados, contudo, tendem a ser mistificados, quando o encarnado é demasiadamente benevolente para com os agrados que lhe afagam o coração. Ser rude, por outro lado, causa, muitas vezes, desconforto moral a quem está prestando serviço de benemerência, de sorte que, embora esforçando-se por bem compreender as causas das represálias, pode o médium desestimular-se para o trabalho.

Todos esses tópicos servem para demonstrar as dificuldades dos contactos, sempre onerados pelos encarnados. Há, entretanto, infalível método para se trabalhar sem apego através do amor-próprio: é quando o nível das mensagens se situa em plano elevado de luz, à medida que os espíritos superiores promovem algum contacto de muita relevância, importante para o encaminhamento das mentes humanas para o entendimento de seu destino, revelando-se, portanto, as razões profundas do ato de viver na carne e de existir no universo. Aí não haverá necessidade de muita explicação, dado que o princípio que rege o ditado será facilmente reconhecido, quanto à nobreza da origem, pela estrutura fraseológica e qualidades morais embutidas no contexto. Mesmo se o intermediário não tem as luzes necessárias para bem discernir o valor dos textos que recebe, sempre existe o recurso da apreciação dos “experts” no espiritismo, que têm como obrigação encaminhar os que se iniciam para o conhecimento doutrinário da codificação kardecista. Quanto a este tipo de mensagem, parece-nos, pouco haverá para comentar junto ao escrevente.

O que mais preocupa os orientadores e guias(1) é a mediunidade meramente esclarecedora de minúcias, de pequenos pontos doutrinários, de elucidação de dúvidas, de advertências específicas quanto a determinados prismas do encarar dos diversos tópicos da doutrina e do conhecimento espiritual e de exortações gerais ao trabalho evangélico e ao abandono dos maus costumes, dos vícios e das mazelas sociais. Quando se trata destes temas, quase sempre o médium se desanima do trabalho por argumentar (nem sempre com muita certeza das razões) com o fato de que já se manifestaram os espíritos a respeito de semelhantes questões por intermédio dos luminares do mediunismo, cujas mensagens são objeto de muitas publicações através de livros, periódicos e folhas avulsas. Este é o caso de inúmeros mensageiros do Amor Divino, que, sem terem a excelsa luminosidade daqueles espíritos a quem está afeta a direção do planeta, adquiriram salvo-conduto para ingressarem no mundo dos encarnados com a finalidade do socorrismo fraterno.

É importante, pois, criar exata consciência de que cumprem os amigos da espiritualidade rigorosos programas de assistência aos encarnados e nunca duvidar de que seja muito valiosa para a consecução do serviço daqueles a mais entranhada colaboração no campo da recepção mediúnica, atenta sempre, mas nunca negada ou rejeitada, ainda que por atitude meramente de especulação quanto à dignidade do transmissor. Se houver interferência dos planos inferiores — o que ocorre amiudadas vezes —, não haverá dificuldade alguma em reconhecer-se a leviandade desses espíritos através dos propósitos de envolvimento pessoal do escrevente, tramando para seu descrédito junto aos amigos, à sociedade e para a perda da confiança em si mesmo.

Em todos os casos, sempre que assaltada for a mente por vislumbre de dúvidas ou por tentações de sucumbir à insuflação do “ego” por meio de idéias de superioridade(2), deve-se imediatamente refugiar-se na oração e na meditação, buscando tornar humilde a aspiração ao serviço do Senhor.

Se você, caro amigo, foi envolvido por problemas dessa natureza e se, por motivos vários, tiver abandonado as lides da mediunidade, busque compreender as causas que o levaram à rejeição do trabalho e, após período mais ou menos longo de preparação e de estudo, proponha-se novamente a intermediar os planos, de sorte a retornar à atividade nobilitante que, talvez, seja uma das mais sublimes missões nesta encarnação. Não fique triste, entretanto, se nada de “espetacular” ou “grandioso” ocorrer através de sua pessoa. Limite-se a, pacientemente, atender aos reclamos dos orientadores e aos pedidos dos guias. Se forem necessárias algumas lágrimas de arrependimento, pode ficar certo de que, mais tarde, se transformarão em enternecidas lágrimas de agradecimento e de alegria pela satisfação maior do trabalho realizado. Tem sido assim junto aos humanos através dos tempos, pois é próprio de sua natureza cair e soerguer-se cada vez mais aptos a enfrentar lides mais ásperas no rugoso caminho da redenção.


(1) “Orientadores” são os espíritos a quem cabe influenciar os médiuns e os espíritos comunicantes, de modo a congraçarem-nos no ato mediúnico; “guias” são os espíritos encarregados de judiciar a respeito das provas a que se submeterão os encarnados sob sua direta proteção, de modo a aliviar-lhes a carga acima de sua capacidade de suportar e de refazer as suas energias perispirituais, após cada embate regenerativo — são verdadeiros anjos da guarda, sem, todavia, confundirem-se com o “anjo guardião” do indivíduo, espírito de luz situado em círculos mais elevados e cuja atuação se faz sentir junto a todos os espíritos envolvidos no trabalho de apoio à pessoa, a cuja responsabilidade está o encaminhamento do carma individual.

(2) Um dos principais indícios dessa manobra é a falsa consciência que o intermediário vai adquirindo de que o trabalho a que se dedica pode ser facilmente executado por outros médiuns, de sorte a reservar-se para a captação apenas de mensagens de teor evangélico superior.



Exercícios

Vamos estabelecer o roteiro de trabalho. Nesta altura do curso, é possível para os alunos preverem o teor das questões que serão propostas. Sendo assim, suspenda a leitura e elabore questionário de oito perguntas a respeito dos temas tratados na mensagem, aplicáveis ao grupo. Troque as perguntas com os companheiros, suprima as repetidas e as que não se enquadrarem com o solicitado, fixando roteiro básico a que todos deverão responder. Após as discussões de praxe, as respostas deverão ser escritas e guardadas para futuramente poderem servir de apoio para outras atividades do grupo.

A seguir, coteje os diferentes roteiros e estabeleça concurso para saber quem mais se aproximou do nosso questionário. O prêmio ao vencedor será a oportunidade de se fazer ouvir a respeito do assunto básico da mensagem-texto: as dificuldades enfrentadas pelos espíritos para convencer os instrumentos a servirem com proficiência no campo da mediunidade.


O grupo está preparado para o cotejo? Então vamos ao roteiro:


1. Teve você alguma vez dificuldade em aceitar a mediunidade como serviço prestado ao Senhor? Se teve, conte o caso, detendo-se, especialmente, nas tratativas que teve de estabelecer com o plano espiritual para superar os problemas.

2. Alguma vez você confundiu espírito sofredor com espírito protetor? Se confundiu, conte o caso, buscando enfatizar as causas a confusão e as soluções encontradas para debelar as dificuldades definitivamente. Debelou-as?

3. Encontre três mensagens psicografadas que tenham, iniludivelmente, o padrão dos espíritos superiores, três com as marcas de espíritos protetores e três com os indícios de sofredores. Caracterize os padrões, as marcas e os indícios.

4. Leve as dúvidas ao grupo e apresente-as sob forma dramática, ou seja, através de historietas em que as personagens se vejam às voltas com problemas de mediunidade dos tipos descritos na mensagem-texto. Busque bem caracterizar as dúvidas nas falas e nos diálogos.

5. Reconhecendo-se como médium de baixo poder de percepção das diretrizes dos guias, estabeleça roteiro de atividades suficientemente pródigo para oferecer possibilidades várias de crescimento nesse campo do socorrismo fraterno. É quase a manufatura de um programa de mediunidade.

6. Descontados os percalços iniciais de todo neófito em qualquer campo de atividades, qual o maior problema que enfrentou após ter-se tornado médium vigoroso no recebimento de qualquer tipo de comunicação do plano superior? Empenhe-se por descrever as causas, os efeitos e os procedimentos que conduziram para a resolução do problema.

7. Em nota de rodapé, explicamos rapidamente o papel dos “orientadores”, dos “guias” e do “anjo guardião”. Não se contente com nossas observações. Busque, nas fontes consagradas do kardecismo, as verdadeiras definições dos diversos níveis e conformações da espiritualidade, acrescentando mais três tipos à nossa lista.

8. Salientando três aspectos que considera positivos no texto inicial, comente algum aspecto particular que lhe tenha mais chamado a atenção. Se não for capaz de destacar qualquer trecho que lhe seja mais significativo, explique esmiuçadamente as razões dessa impossibilidade, mesmo que seja para criticar a mensagem do ponto de vista doutrinal.



Outras questões poderíamos aduzir ao roteiro. Claro está que, se alguma não constar dos diferentes questionários preparados pelo grupo, deverá ser devidamente respondida, para que a tarefa adquira maior abrangência.

Gratos ficamos a todos e rezamos para que o curso possa obter o sucesso de conseguir aperfeiçoar o trabalho destes denodados guerreiros da intermediação.

Ao escrevente, comovido agradecimento e o estímulo para que prossiga na luta, que, sabemos, sempre se apresenta com novas facetas e novas perspectivas. Ao vencedor, Deus, certamente, estará reservando surpresas muito agradáveis, quando do retorno aos círculos de amizade na esfera espiritual.

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