Usina de Letras
Usina de Letras
249 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62165 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22531)

Discursos (3238)

Ensaios - (10349)

Erótico (13567)

Frases (50574)

Humor (20028)

Infantil (5423)

Infanto Juvenil (4753)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140790)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6182)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Ensaios-->8. AUTOCONTROLE -- 16/07/2003 - 07:14 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Quiséramos poder diferenciar entre o procedimento bom e aquele apenas pautado pelo arcabouço moral da sociedade hodierna. Eis que nos assaltam temores de que o bom para a sociedade esteja bem distanciado daquele preconizado como melhor por Jesus em seu evangelho de amor. Procurar satisfazer as necessidades meramente sociais pode induzir os indivíduos até a crimes, pois os usos e costumes se mesclam aos vícios mais arraigados no pensamento humano dos encarnados. É sempre bom, pois, ficar atento para não incidir em erro do ponto de vista espiritual, embora se estejam pautando os atos pelas leis dos homens. Para isso é que muito insistimos em que as pessoas, além de realizarem constantes leituras das obras mais populares do kardecismo, devem adquirir o hábito da meditação profunda, procurando desestimular as decisões tomadas à vista da premência, muitas vezes artificial, das necessidades pessoais ou familiares.

Mesmo quando ocorrem desfeitas no campo do orgulho, através, por exemplo, de acusações falsas que desandariam qualquer procedimento mais comedido, ainda assim se devem levar em conta fatores alheios ao fato em si, mas que remotamente possam explicar a atitude do desafeto. Nesse caso, deve-se usar de paliativos para postergar as decisões que poderiam vir a prejudicar a religação futura entre os contendores. Essa medida de segurança psicológica é muito difícil de ser tomada diante de fatos subitâneos, inusitados ou estimuladores de reações violentas. Entretanto, com boa vontade, poder-se-á contornar os problemas, exigindo-se de si mesmo contenção de ânimo, que, aos poucos, se constituirá em apanágio da personalidade. Pessoas muito controladas emocionalmente tendem a ser altamente consideradas no âmbito social, de sorte que adquirem uma espécie de ascendência moral sobre o grupo, podendo vir a ser líderes nesse aspecto, de modo a congregar em torno de si largo contingente de pessoas sob sua influenciação.

Analise o seu procedimento nas questões mais difíceis que tem enfrentado nos últimos tempos. Atribua notas às suas atitudes, segundo a tradicional escala de zero a dez. Se obtiver somente escores inferiores à média, por julgamento próprio e do grupo, deverá observar com maior rigor a necessidade de controlar-se, para não descair moralmente diante de si mesmo e diante dos amigos e parentes. Vá com calma e busque ir adquirindo o hábito do sofreamento das atitudes intempestivas. Segure o mais que possa o ardor costumeiro, forcejando por submeter a sua voluntariedade ao domínio da reflexão. Este treinamento servirá para que os impulsos de violência vão moderando até ficarem inteiramente sob controle.

Às vezes, por motivos muito pungentes, as pessoas extrapolam todo senso de morigeração e agem equivocadamente, provocando distúrbios sérios. Quando o fato está consumado, é preciso partir para o soerguimento moral de todos os envolvidos. Inicialmente, é importante restabelecer a calma, para poder criar-se espírito de fraternidade ou de confraternização. O levantamento das causas do sucedido passa a ter importância secundária. É preciso concentrar os esforços para percepção dos próprios erros, dos princípios que provocaram aquele tipo de reação, os quais, quase sempre, estão situados no equilíbrio instável das forças mentais e não no objeto que desencadeou a situação de violência. Uma vez descoberta a real razão da explosão emotiva, deve-se passar ao estudo dos meios mais adequados para extirpar tais princípios de vez do aparato psicológico.

Quanto ao procedimento em relação aos opositores, evidentemente, formal pedido de desculpa é o mínimo que se exige para que reatemos os laços da amizade estremecida. Claro está que, por haver aí estrada de duas vias, se o seu contendor não tiver o mesmo tipo de compreensão e for incapaz de perdoar e, muito menos, de reconhecer as faltas, então não se deve insistir junto a ele, aguardando com muita paciência que chegue a hora do reencontro em nome de Jesus, para o que recomendamos insistentemente que se elevem orações, no sentido de se obter dos espíritos guardiães o necessário socorro espiritual para superação do mal-estar.

Se você for capaz de oferecer “a outra face” ou de “caminhar outra milha”, parabéns! Você possui um dos bens mais valiosos para obtenção de lugarzinho junto à mesa do Senhor.



Exercícios

Vamos encerrar a aula solicitando a todos que narrem casos em que foi preciso pedir desculpa a alguém. Procurem expor os sentimentos envolvidos em cada fase do acontecimento. Tentem caracterizar o seu humor em cada situação, esforçando-se por demonstrar esmiuçadamente cada faceta de suas reações psicológicas e físicas. Se o grupo puder obter o concurso de pessoas especializadas, como psicoterapeutas, médicos, biólogos “et alii”, que se esforcem todos por considerar os aspectos técnicos dessas reações, qual o papel da química, da fisiologia, da psicopatologia etc.

Como se trata de tema de muita importância psicológica, deve todo o grupo cuidar para que se evitem estéreis discussões a respeito dos aspectos materiais, instando para que os debates se proponham a elucidar os pontos morais e espirituais envolvidos nos diversos episódios. Embora os gracejos e o espírito leve do humor fraternal possam estar presentes, que se evitem, ainda, as brincadeiras que desvirtuariam todo o procedimento da busca da superação das dificuldades nesse campo da mente humana. Deve o ambiente estar revestido da seriedade moral mais elevada, para que não se ensejem possíveis intromissões de espíritos não preparados para auxiliar ou aprender com este tipo de investigação psicossocial. Ainda resta importante observação: todo o trabalho deve merecer a assistência dos guias espirituais, os quais devem ser ouvidos a respeito de tudo o que tiver sido discutido, através de invocações segundo os preceitos da mediunidade kardecista.



Neste ponto dos trabalhos, só nos resta felicitar os amigos pelas conquistas no campo da auto-análise e da exposição franca dos problemas ao grupo. Se, decorridos muitos meses, anos até, não se fizerem capazes de melhor compreender-se a si mesmos e aos semelhantes, saibam que deverão continuar persistindo e persistindo, indefinidamente, pois só através do inteiro domínio de si mesmo é que o homem estará apto a enfrentar em profundidade os percalços que se lhes serão antepostos, fatalmente, no decorrer desta ou das próximas encarnações.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui