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Ensaios-->9. A MEDIUNIDADE SOB TRÊS ASPECTOS -- 17/07/2003 - 06:18 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

I

É muito útil ocupar-se o médium de variadas tarefas no campo da benemerência e do auxílio aos semelhantes necessitados, seja no aspecto material, seja no espiritual. Entretanto, casos existem em que as tarefas da mediunidade são tão absorventes, tão dominadoras, que qualquer outra atividade será praticamente impossível. Evidentemente, seres existem glorificados pelas divinas bênçãos que se “desmaterializam”, por assim dizer, e se dispõem a todo tipo de serviço, em prol da realização maior de vida totalmente dedicada à sublime missão de atender ao próximo. O que mais comumente ocorre, porém, é ter compromissos vários a pessoa dotada de mediunidade, de sorte que não pode dar exclusividade à vida evangélica, no estrito sentido do apostolado.

Como sabemos, Jesus optou por selecionar poucos discípulos, a quem solicitou integral dedicação. Sabia que as pessoas têm de desempenhar diferenciados papéis na sociedade mundana, exigindo, nesse aspecto, que seus ensinamentos se aplicassem ao quotidiano. Sendo assim, cada pessoa bafejada pelos dotes superiores do mediunismo ativo deve precaver-se contra os impulsos de isolamento familiar, de forma que se deve, antes de mais nada, conciliar as tarefas domésticas, profissionais e sociais, às que contêm a marca do chamamento crístico.

Estamos tratando de semelhante tema, pois não são poucos os indivíduos que, à vista dos misteres superiores do espiritualismo concretizados em forma de mediunidade, se sentem compelidos a considerar tudo o mais à conta da “inferioridade” carnal, esquecidos de que, se estão mergulhados na densidade deste mundo, é porque sua natureza exige desenvolvimentos que só a encarnação pode propiciar. Se, mais tarde, por injunções dos acontecimentos acumulados durante a peregrinação no orbe, o indivíduo tiver a possibilidade de, sem deixar de cumprir os compromissos cármicos, se dedicar com maior empenho ou mesmo com exclusividade à benemerência espirítica, aí será chamado e, talvez, consiga o “status” de eleito, por merecimento proveniente da somatória de todas as suas obras.

Caso o caríssimo leitor esteja perpassando por algum momento de “crise apostólica” nos termos a que nos referimos, fique tranqüilo, pois, quando for chegado o momento da grande prova, se evidenciarão, pelos mais diversos meios, as manifestações espirituais indicativas do caminho a seguir. Não será, certamente, através de angustiosas decisões, fruto das incertezas e das dúvidas, das indecisões e das apreensões, que se pronunciarão a respeito de tema tão sério os espíritos guardiães, os quais só procedem, em tão grave situação, por orientação superior, serena, tranqüila, reconfortante e segura.

Enquanto não chegam tais advertências ou exortações, cada qual deve prosseguir em seu caminhar de estudos e de trabalho, na justa medida das forças e das disponibilidades oferecidas pela conjuntura das diferentes estruturas ambientais e morais em que se insere atualmente.



II

No que respeita ao trabalho mediúnico em si, cada qual deve prestar atenção às suas tendências, buscando desenvolver o seu aparato no sentido em que mais facilidades apresente. Se for a psicografia, que se elejam textos técnicos específicos como subsídio para embasamento teórico, além, é claro, das obras gerais que dissertam a respeito da mediunidade e do espiritismo.

Nunca ater-se a só oferecer-se para o trabalho de escrita, simplesmente. É preciso adquirir conhecimentos na área da especialidade, para, inclusive, fazer perdurar a realização desse tipo de tarefa, já que existem sistemas diversos de imantação, de magnetização e variadíssima gama de vibrações a que se devem afeiçoar e acostumar-se.

Claro está que o exemplo da psicografia serve para as demais formas de se entrar em contacto com as esferas espirituais, no sentido de se manterem abertos os canais de comunicação necessários para que os objetivos superiores dos espíritos de luz sejam concretizados.

Atenda, caro amigo, ao princípio do estudo, que o trabalho se erguerá em diversas direções, ensejando-lhe motivos de profunda alegria e de verdadeiro alento de viver.



III

Queremos fazer referência a tipo muito comum de desejo entre os encarnados: o contacto direto com os espíritos de pessoas conhecidas, parentes e amigos, para conhecer o estado de evolução ou a situação em que se encontram. Reconhecemos que tal desiderato será justificável diante das incertezas que cercam a vida do homem na face da Terra. Mas nem sempre tal curiosidade reflete pureza de intenções; melhor dizendo, quase sempre a vontade de saber advém de deletérios desejos de vingança ou de simples conformação com juízos preconcebidos, de sorte a se configurar certa superioridade do ser que ficou com relação ao que partiu. É sentimento de frustração muito complexo para o entendimento individual dos casos e que, no entanto, se nota como se à flor da pele se manifestasse, tal é a fragilidade da intenção do aperfeiçoamento interior.

Melhor fariam os que consultam o éter em busca do conhecimento da felicidade alheia, se se abstivessem de enveredar por esse tortuoso caminho e se compenetrassem de que dia virá em que não mais haverá segredos no universo, dia glorioso, em que para cada ser haverá o convite de se assentar à mesa do Senhor, para o divino e eternal repasto do amor.

Deve o homem confiar-se à mão de Deus e não se orgulhar por ter conseguido contatar os amigos de outrora, o que, de resto, acontece com muito menos freqüência do que se julga, pois muitas dessas comunicações são forjadas, quer no santo intuito de se manterem em nível elevado as vibrações de ajuda, quer na maligna intenção de se iludir e de se perverter.

Entretanto, caso haja necessidade desse conhecimento, evidentemente, as forças espirituais superiores propiciarão a possibilidade do contacto mediúnico, sem que seja para isso preciso qualquer invocação especial da parte dos encarnados.

Serenidade, pois, irmãos, é o que solicitamos, diante do mistério do desenlace da vida. Buscar o apoio da oração é sempre válido, no sentido de debelar os anseios que nos desperta o desejo de rever os entes queridos. Aguardar com serena expectativa a manifestação de vontade dos espíritos guardiães é atitude de superior procedimento, pois enaltece o aspecto da esperança e da fé no poder divino e em sua santa misericórdia, e conformar-se com a ausência, que é da natureza da vida sobre a Terra, no sentido de reconhecer a sabedoria de Deus refletida na perfeição da criação, é pensamento decalcado na beatitude dos santos.



Exercícios

Vamos propor exercícios bem diferentes dos anteriores. Temos diante de nós três textos que servirão de apoio para as meditações e perquirições pessoais. Eleja um dos três como o mais condizente com as verdades evangélicas e aponte, nos outros dois, aspectos que lhe parecem não totalmente coerentes com a doutrina espírita. Não se detenha em considerações de caráter geral, mas busque concentrar-se em algum ponto bem específico, de sorte a revelar a incorreção do ponto de vista da sistematização dos conhecimentos divulgados pela obra de Kardec.

Compare, em seguida, as três dissertações e estabeleça os princípios válidos sobre que se apóiam e que guardem os mesmos aspectos. Por exemplo, se, de seu ponto de vista, a fé é o princípio evangélico sobre que se inspiraram os três textos, argumente nesse sentido. Pode, ainda, ser o amor, a verdade, a justiça, o caráter pragmático das manifestações, o desejo de exortar ao trabalho etc. Saiba que existe linha comum de pensamento e que a questão não se constitui em armadilha.

Após as devidas discussões com o grupo, refaça todo o trabalho individual, em busca de configurar novamente os princípios norteadores da linha de pensamento dos três textos. Pode parecer enfadonha essa repetição, mas, com boa vontade, iremos ensejar-nos a oportunidade de compreender, com a devida cautela, o real objetivo dos textos psicografados. Se, da meditação, nos brotarem sentimentos contrários ou diferentes dos que obtivéramos antes ou dos manifestados pelos colegas de grupo, aí estará na hora de nova discussão. Esse ir e vir ao texto e ao grupo só cessará quando todas as questões estiverem totalmente elucidadas.

Tal maneira de enfrentar os textos e as lições pode ser aproveitada pelos alunos, de modo a se tornarem professores de si mesmos. Basta que tenham a paciência de encontrar textos do mesmo autor ou de autores diversos, mas que tratem de temas parecidos, procedendo como acima indicado.



Explicação

Esta aula foi preparada por um dos alunos, mas tomamos a liberdade de reproduzi-la, tendo em vista a possibilidade de utilização da parte dos encarnados. Se, da análise dos textos e do princípio da aula, em seus aspectos de trabalho e de conhecimento, surgirem dúvidas, que se relevem as facetas do noviciado impregnadas em suas páginas. Gratos.

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