Usina de Letras
Usina de Letras
269 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62165 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22531)

Discursos (3238)

Ensaios - (10349)

Erótico (13567)

Frases (50574)

Humor (20028)

Infantil (5423)

Infanto Juvenil (4754)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140790)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6182)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Ensaios-->20. DÚVIDAS -- 29/07/2003 - 11:03 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
I

Quando você for capaz de sentir suave sonolência, tendo estado desperto por largo tempo, saberá reconhecer que é chegado o momento do repouso. O corpo, em sua sabedoria inconsciente mas integral, é capaz de emitir para o cérebro as notações mais seguras das próprias necessidades. Há, no entanto, que se considerar que nem sempre a mente está suficientemente preparada para descodificar todas as mensagens, uma vez que o aparato intelectual não tem recursos ainda para tornar consciente tudo o que ocorre na complexidade orgânica que constitui o corpo denso da carne.

Do mesmo modo, diante das informações maiores dos irmãos de luz, não pode o homem decifrar todas as suas tendências e, por isso, jaz na ignorância, sem que possa ser apontado como culpado de falta de discernimento. Muitos irmãos mais velhos tomam extremas precauções para fornecer aos encarnados tão-só elementos passíveis de ser compreendidos, após análise percuciente. Outros há, todavia, que insistem em furar o bloqueio da manifesta má vontade de alguns leitores, produzindo mensagens de muito amor, mas também de total preocupação com o destino desses maus leitores. Evidentemente, os conceitos emitidos, neste último caso, são de fácil entendimento para espiritistas dados ao estudo das obras kardecistas, por exemplo, ou para aqueles que se dedicam sem preconceitos à meditação pura da palavra de Jesus transcrita nos Evangelhos. Sabemos que, para estes, muitos dos dizeres das Escrituras podem parecer misteriosos, tendo em vista a extraordinária facilidade com que Jesus realiza feitos miraculosos, na base dos quais parecem estar derrogações explícitas das leis naturais estatuídas por Deus. No entanto, se de tudo o que lá se registra se possam inferir os preceitos morais mais importantes, então a pessoa poderá esperar explicações mais minuciosas das coisas que lhe ficaram de forma duvidosa impressas na mente.

Claro está que existem várias obras interpretativas dos Evangelhos das mais diversas tendências. Há as que negam os milagres, há as que os explicam através de vários efeitos medianímicos, há as que, fora da abrangência da teoria espirítica, aceitam passivamente todos os fenômenos como passíveis de explicação, embora reconheçam que não estejam habilitadas a demonstrá-los à luz de qualquer tese física ou orgânica, necessitando unicamente da crença para que se possa resignar-se a aceitá-los.

Que não se perca, pois, o querido leitor na busca da compreensão, segundo sua fraca razão, de tudo o que ocorre no Universo. Somente espíritos muito evoluídos têm a possibilidade de tudo compreenderem, no que diz respeito ao estrito domínio da matéria afeta à essencialidade humana encarnada. É preciso, nesse campo, muita humildade, muita paciência e muita tenacidade, para perlustrar os caminhos das ciências do tangível e do esotérico.



Exercícios

Este aviso é muito simples. Não há pessoa de mediana inteligência que não se tenha valido do recurso da dificuldade para postergar soluções para problemas que, ex-abrupto, se apresentam, sem que tenha arquivado no repertório da memória qualquer tipo de resposta para eles. Vamos, pois, aproveitar o ensejo dos estudos em grupo, para perquirir dos irmãos componentes as dúvidas mais fustigantes que se assenhorearam de sua mente, durante os instantes de meditação. Não há necessidade de se obterem respostas possíveis nos vários livros a que se habituaram. O que nos interessa sobremodo é a naturalidade com que os pensamentos sobrevenham, de sorte que os amiguinhos possam ir adquirindo confiança nos resultados da aplicação aos estudos.



II

No campo da dúvida, existem algumas que são temidas por terem a possibilidade, segundo a fragilidade maior ou menor da convicção do encarnado, de suscitarem respostas altamente desencorajadoras. Por exemplo: se a pessoa estiver duvidando de que determinada manifestação mediúnica seja realmente produto do contacto com o plano espiritual, no desejo de não ferir a susceptibilidade do amigo, poderá sustar a enunciação dela. Evidentemente, em casos que tais se tem de correr o risco de produzir reações desfavoráveis a fim de que se possam obter os esclarecimentos necessários para que se deslindem os problemas. No entanto, se houver espírito de solidariedade e se tudo for feito com muito amor e respeito pela integridade moral do parceiro de trabalho, indubitavelmente, qualquer colocação, por mais pessoal que possa ser, terá como retorno certo um bem maior que usufruirão todos os participantes do trabalho.

Não é só no campo pessoal que existem precauções. Há inúmeros companheiros que hesitam muito antes de criar coragem para exporem as dúvidas no âmbito da doutrina. Assim, existe ainda muito titubeio no que se refere ao reencarne e são muitos os que descrêem da divina justiça, no caso de pequenos delitos, como se a palavra de Jesus, ao determinar o perdão das culpas da parte dos encarnados, tenha derrogado a lei, no que tange ao Senhor. Tais excessos de melindres podem deixar subjacente, na mente das pessoas, idéias falsas, meios pensamentos, intuições falaciosas, sobre os quais atuarão, segundo a maior ou menor permeabilidade mediúnica do indivíduo, as forças inferiores, sempre atentas no processo de desencaminhar os obreiros do Senhor.

À vista desse rol de dificuldades e das conseqüências desastrosas que a imprevidência pode causar, recomendamos insistentemente que todos os cuidados devam ser tomados, no sentido de que sejam preservados tanto o ambiente de trabalho como as entidades espirituais nele envolvidas. Esses cuidados, basicamente, se resumem às preces rogatórias da presença dos espíritos guardiães e do extremo respeito à seriedade da sessão. Se reuniões há em que as pessoas trabalham descontraídas e de fisionomia risonha, dado os temas apresentarem caráter genérico e serem do domínio público, este tipo que estamos preconizando, com estimular a perquirição de assuntos alheios ao dia-a-dia mental dos membros dos grupos, assumem importância transcendente, principalmente se nos projetarmos inteiramente (de corpo e alma — como se diz) na investigação.



Orientação

Apenas como roteiro de trabalho, sugerimos que as questões a serem propostas pelos irmãos o sejam por escrito, de modo que a dúvida fique bem caracterizada. Se alguma solução tiver sido dada e acordada pelo grupo, então que se insira ela na mesma folha, para posterior pesquisa e confirmação. Se a inquirição não produzir qualquer resposta plausível, segundo o ver da equipe, que cada qual a leve como “tarefa de casa”, para pesquisa e resolução. Neste tipo de trabalho, os alunos não devem limitar seu campo de ação a só procurarem as respostas em livros; devem também levar os problemas para os amigos, os superiores na hierarquia da instituição, chegando até a se compreenderem consultas a outras entidades espiríticas ou a pessoas de douto e reconhecido saber. Se, por algum fator estranho, não se conseguir obter qualquer resposta, então que o trabalho individual se fundamente nas intuições de cada qual. Se, durante a sessão de debates, não for possível chegar-se a nenhuma resposta satisfatória, que se veja a possibilidade de se invocarem espíritos capazes de solucionar a questão, desde que se demonstre interesse real e não mera curiosidade. Se, ainda assim, não se conseguir deslindar a dúvida, que a questão permaneça na ordem do dia do grupo, até que venha a receber resposta.


Sabemos que as tarefas têm o condão de despertar o indivíduo para si mesmo. Elas, porém, não têm qualquer possibilidade de fazê-lo sozinhas, pois dependem de dois fatores essenciais para o sucesso das aulas: a boa vontade e o desiderato de cada um em conquistar os conhecimentos que o ajudarão a galgar os degraus do conhecimento espirítico e o entrosamento do grupo, que deve se deixar coordenar pelo desejo honesto e inarredável de se obterem méritos para o progresso moral, que só a conquista das virtudes evangélicas pode oferecer. Por outro lado, nunca se podem omitir as obras junto aos irmãos necessitados, quer do ponto de vista material, quer espiritual.


Esta mensagem deve destinar-se à meditação mui profunda de quantos médiuns recebem mensagens a respeito de entorpecimentos da vontade evangélica, mas que presumem que não se trata de sua pessoa, pensando — na vã tentativa de disfarçar — que os guias não cometeriam qualquer indiscrição relativamente a eles próprios. Ninguém revelaria as verdades mais íntimas, se não fora para que viessem a ser corrigidos os defeitos e as viciações e nenhum espírito guardião o faria, sem que fosse com o mais acendrado amor e desejo de ver o seu pupilo trilhar o caminho do bem e da virtude. Queiram, pois, amigos da escolinha de socorristas, aceitar as palavras dos guias como fruto da esperança de ver coroada de êxito sua missão na face da Terra

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui