Quando erguemos os olhos para o céu e constatamos que está toldado de brancas nuvens, quase sempre inferimos da observação algum prenúncio atmosférico ou climático. Sabemos, olhando para as nuvens, com maior ou menor precisão, qual será o tempo nas próximas horas.
Quais são as nuvens morais que nos podem fornecer o barômetro da condição espiritual?
As principais são as obras, mas podem ser os pensamentos, as intenções, o aviso em relação ao próximo, a ânsia de realizações, o descortino da verdade. Há ainda quem veja nuvens nas páginas psicografadas à guisa de informes seguros das transformações a serem operadas, para que, sabiamente, consigamos adentrar na segurança das verdades evangélicas.
Saibamos, pois, estimar o estado interior, o nível de evolução conseguido, através desses vários indícios, para que possamos prosseguir na caminhada ascensional. Se embotarmos a razão com desejos de vitórias tão-só no campo material, certamente teremos do que nos lamentar no momento do acerto de contas, para a fixação dos próximos eventos e a programação de restaurações ou de acrescentamentos morais. Indubitavelmente, a segurança será cada vez maior se formos capazes de nos situar com precisão diante de nós mesmos. Façamos, desse modo, constantemente, profundas análises existenciais e forcejemos por nos melhorar em todos os aspectos.
Que nunca haja nuvens negras a manchar ameaçadoramente o horizonte vital! Que Deus sopre carinhosamente a brisa suave de seu sublime amor para desfazer o aglomerado enegrecido, de sorte que o céu permaneça límpido a prenunciar a bonança das manhãs de sol! E se nuvens provocarem chuvas, que estas sejam benéficas e propícias para a plantação! Que saibamos, pois, tirar proveito dos momentos de angústia, de solidão, de infortúnio, buscando compreender finalmente que do trabalho consciente nasceremos para a eterna felicidade.
Otávio (pela equipe).
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