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Ensaios-->14. O DISPARATE -- 22/08/2003 - 08:20 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Antoninho não pretendia ofender ninguém. Sabia que as pessoas se sentem muito infelizes quando são destratadas ou não são levadas em consideração. Por isso, falava o menos possível, apenas quando necessitava de algo ou quando se visse na obrigação de agradecer favores e obséquios. Nesse momento, rasgava os maiores elogios a quem o tivesse favorecido em qualquer circunstância, por mais insignificante que fosse.

Um dia, andando pela via pública, constatou uma aglomeração. Sua curiosidade o conduziu até lá. Mas, estando quase chegando junto ao grupo, deu-se debandada geral, pois o que ocorria era altercação entre pessoas. Diante da ameaça de se sacar alguma arma escondida, o populacho, “pernas pra que vos quero”, “deu às de vila-diogo” e se dispersou em correria. Surpreendido, Antoninho não reagiu à altura e se viu colhido por várias pessoas, sendo arremessado ao chão. Aparvalhado, não percebeu que caíra por sobre rotunda senhora, que não tivera a mesma ligeireza dos demais.

Que desagradável situação! Sem saber o que fazer, mas temeroso de ter ofendido a tal senhora, procurou levantá-la do solo, erguendo-a junto ao peito, na intenção de carregá-la para longe do tumulto. Não teve forças, porém, e caiu redondamente, trazendo aquele enorme peso consigo. E estatelado ficou debaixo do imenso volume inerme, dado que, pelo imprevisto do solavanco, a senhora perdera os sentidos. Foi a situação mais esquisita por que já alguém passou naquela comunidade. Os contendores esqueceram-se até da querela, principalmente porque perceberam que o gesto de buscar a arma não tinha sido bem interpretado, já que o tumulto tinha sido adrede preparado para facilitar a atuação de diversos batedores de carteira.

Diante do riso geral, Antoninho sentiu-se profundamente diminuído em sua humana consideração. Viu-se alvo dos motejos que nunca tivera coragem sequer de assacar contra quem quer que seja, mesmo em pensamento. De pronto, solidificou-se-lhe na mente que tudo o que antes pensara a respeito dos semelhantes estava errado, que a vida oferece inúmeras oportunidades de crescimento, mesmo quando aparentemente as atitudes possam parecer extremamente agressivas. De tudo se pode extrair alguma lição e Antoninho soube perdoar os irmãos que o ridicularizavam e admoestavam, por ter percebido finalmente que era merecedor de todas aquelas chacotas.



Eis como devem os encarnados encarar as recomendações dos que se atrevem a encaminhar-lhes do etéreo as mensagens, através das quais revelam as imperfeições e a necessidade de se porem a braços com o trabalho de regeneração.

Se cada um acender a susceptibilidade diante do próximo, quem poderá oferecer arrimo seguro em que se apoiarem as críticas construtivas? Ao contrário, é preciso que os encarnados se assegurem do valor das palavras de advertência dos espíritos que se sintam preocupados com seu desenvolvimento de vida sobre a face da Terra. Que todos se vejam na obrigação de se examinarem à luz da razão, segundo o prisma da verdade evangélica. Que não se sintam titubeantes, pois poderão, qual o Antoninho da história, ver-se às voltas com os problemas que mais desejariam afastados de si. É preciso aprender a ter a coragem de se desvendar, para que se possam adquirir definitivamente as virtudes que faltam.

Se, por acaso, a compreensão se vir embotada por reações desencadeadas pelo amor-próprio e nos sentirmos até envergonhados por estarmos diante de nossas debilidades, que usemos de toda a franqueza perante Deus e ergamos os pensamentos, em preces de muita humildade e respeito. Que saibamos reconhecer no Pai aquele sublime orientador que nos revelará definitivamente o caminho para a salvação.

Otávio (pela equipe).



Comentário

Outro grupo de aluninhos participou da transmissão. Produziram o texto, partilharam dos trabalhos de psicografia e produziram até esta observação. No entanto, foi Otávio quem providenciou a imantação, dando todas as instruções necessárias para que o trabalho chegasse a bom termo. Deste tipo de tarefa é que nascem os conhecimentos práticos que levarão os estagiários a dominar a técnica. Por isso, é preciso ter bastante paciência para aceitar as fraquezas dos textos e das imagens. Não se esperem obras literárias, por favor. Fiquemos somente nas tarefas da aprendizagem. Gratos.

Homero (pela equipe).

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