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Ensaios-->17. O CRIME PERFEITO -- 25/08/2003 - 07:39 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Quem poderá, em sã consciência, julgar-se capaz de praticar o crime perfeito?

Digamos, só para argumentar, que o indivíduo consiga iludir as forças policiais encarregadas da investigação. Digamos, ainda, que ninguém do relacionamento da vítima (em caso de crime contra pessoas) ou da organização furtada (em se tratando de crime contra o patrimônio) nem conhecido algum do criminoso consigam sequer desconfiar de que ele tenha tido qualquer participação. Digamos mais: vamos esquecer-nos até de que registros existem no plano espiritual e aceitemos a tese de que o assassinado fique sem conhecer a identidade do desafeto, conquanto seja de admirar que se possa ocultar tão inteiramente qualquer ato delituoso. Mas consideremos que assim seja, de sorte que só o criminoso conheça o seu envolvimento na ação. Digamos mais ainda: que, durante toda a vida, o crime fique insolúvel e que o delinqüente consiga chegar ao plano da espiritualidade e não deixe transparecer indício algum do cometimento, fechando a consciência para a perscrutação de qualquer espírito superior, por mais elevado se situe na escala da angelitude.

Teria sido esse o crime perfeito?

Seria o espírito capaz de progredir sem prestar contas desse ato? A quem prestaria contas? Com quem estivesse em débito? Não seria possível, sufocando a consciência culpada, agir no sentido de efetuar inúmeras atividades de resgate, sem revelar a razão do procedimento para quem quer que seja? Ou haverá necessidade de, uma hora ou outra, se haver com a pessoa prejudicada a fim de obter dela o perdão conciliador? Suponhamos que nada disso seja realmente preciso e que a pessoa possa crescer em méritos, sem revelar a ninguém aquilo que conseguiu limitar ao âmbito da consciência.

Um dia, ao analisar-se a aura, irá perceber que, por mais que tente progredir, sua energia fluídica apresenta falhas na coloração e na transparência, que seriam irrelevantes diante da confraria espiritual, se claramente estivesse o irmão totalmente infenso de recriminações por trabalhar denodadamente em prol do socorrismo, favorecendo incondicionalmente todos os semelhantes, mas confesso de crimes conhecidos. Da análise, resultará o seguinte raciocínio: “Como poderei ocultar às entidades superiores aquilo que eu mesmo vejo tão distintamente? Será que encontrarei algum benfeitor que possa esclarecer-me a respeito do fato?”

Nesse momento, por mais que se tenha empenhado em conquistar todas as virtudes, por mais que tenha batalhado em favor dos irmãos necessitados, por mais que tenha favorecido o desafeto, tendo até mesmo conseguido dele a mais profunda amizade, nesse momento começará a passar, mesmo muito levemente, as informações que, inevitavelmente, redundarão na elucidação final daquele que parecia ter sido o crime perfeito. E o seu crescimento só se tornará possível se tiverem sido tomadas por ele todas as providências, no sentido de reparar o mal maior que perpetrou contra a integridade da consciência. Nenhuma atividade no campo do socorrismo poderá servir-lhe como desculpa e terá de refazer todo o caminho de volta, até que a regeneração tenha sido completa.

Qual foi o fundamento psíquico que o levou a tentar perpetrar o crime perfeito? O orgulho, evidentemente, pois não admitia seu amor-próprio ferir-se diante dos semelhantes, aparecendo-lhes como ser inferior, capaz de ter um dia incidido em tal deslize. Desse egoísmo intrínseco, brotou também o orgulho de ter conseguido ilaquear a opinião pública, subtraindo-se do castigo diante do código dos encarnados e de ter passado despercebido diante dos espíritos a quem cabe administrar o plano espiritual.

Doce ilusão! Amargas conseqüências! Tudo que achava ter conseguido cairá por terra e sua personalidade quedará exposta, do mesmo modo que seria se o crime tivesse sido descoberto de imediato. Mais ainda, porque acrescentou débitos morais de grande intensidade, embora tudo o que tenha atingido nesse campo, durante o tempo da reconstrução da personalidade e da assistência fraterna, lhe venha em socorro no momento angustiante da revelação.

Cair do alto é mais oneroso. Por isso é que recomendamos aos amiguinhos que, não tendo tido a lucidez ou a capacidade de sofrear os instintos, no momento da irreflexão que os levou a praticar o ato violador da lei, de pronto iniciem os trabalhos de resgate, começando por reconhecer a própria debilidade, compreendendo a extensão do erro e o quanto de prejuízo causaram em torno de si, e recompondo a harmonia perdida no ambiente que sofreu a lesão. Jamais sequer imaginar que se possa fugir à lei da perenal justiça de Deus. Ao contrário, tomar consciência de que se realizará, independente da vontade de quem quer que seja, por sua natureza. Foi por isso que iniciamos o texto desafiando que se pudesse afirmar ser possível a prática do crime perfeito, EM SÃ CONSCIÊNCIA.

Otávio (pela equipe).

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