Quando a pessoa está a ponto de desfalecer em virtude de desgaste físico ou moral, sempre existe causa orgânica subjacente que provoque tal estado corpóreo, seja porque a adrenalina não foi bombeada pelos condutos na proporcionalidade adequada ao equilíbrio do organismo, seja porque o oxigênio carreado para a fluidificação sangüínea não tenha sido injetado proficientemente. Daí a queda repentina da pressão e o desfalecimento.
No entanto, quase sempre a recuperação se dá, quer pela inalação de oxigênio puro, quer pela vigorosa fricção da pele e conseqüente irrigação sangüínea, quer pela posição em que se deixa o desacordado, favorecendo a recondução ao cérebro dos elementos momentaneamente em falta.
Não importa: dos descaimentos físicos é possível retornar sem qualquer lesão séria, a não ser que acidentes outros venham a perturbar o andamento da cura, como sejam batidas do crânio em objetos duros ou pontiagudos, ou desajustamentos internos na corrente sangüínea a provocarem síncopes de mais larga extensão.
O aparelhamento científico à disposição dos encarnados é suficiente para restabelecer plenamente até casos graves de paradas cardíacas ou de hemorragias internas. Mesmo que o socorro chegue bem atrasado, ainda assim é possível que se dêem restabelecimentos parciais, a improvisar continuidade de vida.
Em todas essas situações, o homem pode contar com acompanhamento espiritual, através da energização dos centros vitais atingidos. Basta que tenha tido a precaução de agir em consonância com os ensinamentos de Jesus e tenha propiciado ao organismo os cuidados necessários fundamentais para que a saúde se mantivesse dentro dos padrões aceitáveis de normalidade. Até pessoas totalmente afastadas da beatitude cristã mais elementar, se estiverem sob a guarda de espíritos amigos e benfazejos, poderão obter o socorro espiritual necessário para a revitalização do organismo, seja do ponto de vista ectoplásmico, seja do perispírito como vestimenta inconsútil do espírito, seja até na ajuda corroborativa da assistência terrena prodigalizada por médicos e enfermeiros.
Como se nota, o auxílio energético propiciado pelo campo da espiritualidade é completo, mas não o é sempre. Se a pessoa não estabeleceu compromissos de amor com quem quer que seja e se tenha deixado envolver pelo ódio dos espíritos infelizes que obsessoramente a perseguem, que não espere deles qualquer amparo nas dificuldades corpóreas. Antes, se for do interesse dos vampiros, poderão até sugar a energia em disponibilidade no momento da fraqueza, provocando lesões sérias no organismo perispiritual, que se refletirão incontinênti nos tecidos do corpo denso, aumentando o desconforto e o sofrimento.
A lição que estamos passando aos caros leitores é extremamente simples e deve já ter sido percebida: trate-se de se cuidar da saúde mental, para que se possa obter proteção até mesmo para o organismo físico. Que as atitudes dos amiguinhos visem a obedecer aos princípios registrados nos livros sagrados que relatam a aventura de Jesus no orbe, de sorte que cada qual seja capaz de tudo fazer em favor de seu crescimento moral, evidenciando profundo interesse em ver realizados os projetos de vida na presente encarnação. Desse apego à verdade evangélica deve nascer entranhado amor a Deus e ao próximo, que seja fruto do cuidado integral que se deve ter com todos os procedimentos, mesmo aqueles categorizados como meros reflexos condicionados pela estrutura social vigente.
É preciso não descurar da proteção direta ao físico, através de exercícios comedidos e freqüentes, por meio de alimentação saudável, sem exagerar nos acepipes condimentados, no consumo de bebidas alcoólicas ou no uso do tabaco. É de bom alvitre resguardar-se dos ambientes deletérios produzidos pela moderna indústria, que empesteia os ares, as águas e as terras com ingredientes nocivos à saúde, que às toneladas injetam no meio ambiente. Em suma, é preciso vigiar também no âmbito do corpo, pois de todos serão cobradas contas pesadas na balança da virtude e da viciação. Se é sagrado abster-se de prejudicar a mente com pensamentos e intenções desastrosas para o bom ritmo da convivência entre as pessoas, é também de muito mérito saber resguardar o veículo físico que nos foi confiado dos danos da imprevidência.
“Mens sana, in corpore sano”, irmãos, eis o lema sábio que lhes propugnamos com muito amor e benquerença, no intuito de alertá-los para possíveis deslizes que estejam praticando. Meditem bem a respeito destas palavras, analisem o seu procedimento e evitem cair nas armadilhas do desleixo e da tolerância mais perniciosa. Cuidar, acima de tudo, para que o corpo se mantenha bem saudável até o momento do desenlace, revigorando-lhe as forças através da prece e da rogativa aos irmãos em espírito, sempre que se constatar qualquer declínio de sua higidez. Saberão eles revitalizar o organismo, energizando-o com as forças vitais extraídas da natureza, através do reequilíbrio cósmico dos “chacras” e através da aplicação cármica dos ingredientes sutis de sua esfera, tendo em vista todo um aparato científico à sua disposição totalmente vedado ao conhecimento dos encarnados.
Esse o nosso dever para com aqueles que se entregaram de corpo e alma ao serviço do bem, em nome de Jesus.
