Usina de Letras
Usina de Letras
149 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62072 )

Cartas ( 21333)

Contos (13257)

Cordel (10446)

Cronicas (22535)

Discursos (3237)

Ensaios - (10301)

Erótico (13562)

Frases (50478)

Humor (20016)

Infantil (5407)

Infanto Juvenil (4744)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140761)

Redação (3296)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6163)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Ensaios-->28. O APARATO BÉLICO -- 05/09/2003 - 06:42 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

A humanidade se prepara para a guerra com a desculpa de que assim conseguirá a paz. Certamente, nada existe de mais artificiosa, atualmente, do que essa assertiva, que procura justificar nos instintos guerreiros o lucro fácil da venda de armamentos. As guerras de conquista estão aí, por toda parte, transvestidas pelos mandatos de ociosidade das forças armadas, a impor silêncio aos povos oprimidos. Não são poucos os países que se encontram sob domínio das forças bélicas, debaixo do tacão dos dominadores. Se formos analisar serenamente, até mesmo os países mais democráticos possuem forças armadas vigorosas, capazes de destruição total da própria população. Se levantes existem aqui e ali, evidentemente estão amparados por forças militares altamente armadas e inteiramente interessadas nos bens produzidos pelo poder da dominação.

Estamos fazendo referência a povos inteiros, a nações e até a organizações internacionais pactuadas para manter o “status quo” da beligerância, mas não nos iludamos com as pessoas nos pequenos domínios domésticos. Por toda parte a humanidade age sob o impacto do aparato bélico ostensivo, a testemunhar o poderio militar e paramilitar, de sorte que até as pessoas, no recesso dos lares, passam a agir da mesma forma e, se nem sempre se apresentam diante dos demais armados de revólveres ou punhais, trazem consigo a ameaça da força, a coerção do poder de sufocação das intenções de rebeldia. Pais e mães desafogam nos filhos as terríveis pressões sociais de que são vítimas na sociedade, por força do poderio de patrões desequilibrados moralmente, da coerção exercida pelo poder público, no caso dos funcionários, e por toda parte onde o homem possa exercer o domínio sobre qualquer setor da atividade humana. Assim, um trabalhador que honestamente ganhe o ordenado se vê às mãos dos que lhe oferecem no comércio os bens de que necessita para sobreviver. E tal oferta de produtos desleal está amparada pelas forças policiais locais, de sorte que ou a pessoa se submete à vontade dos gananciosos que desejam explorar o trabalho alheio ou se verá em sérios apuros, quer por protestar contra aqueles que o oprimem, quer por não aceitar adquirir os bens por preços escorchantes, fazendo com que a família se veja carente dos necessários nutrientes para manter o corpo saudável. E assim se faz o relacionamento humano: de pressão em pressão, o pobre e infeliz desprotegido se vê, também ele, na condição de opressor de seres totalmente incapazes de reagir.

Como terminar com todo esse cataclismo social? Aqui entra o conhecimento espírita superior. Se de todo não formos capazes de debelar os males que afligem a humanidade, pelo menos estejamos preparados para profligar o aparato bélico que se instala em toda iniciativa que vise a conter o espírito de justiça próprio das consciências encarnadas.

Desarmemo-nos a nós primeiro, aceitando pactuar com Jesus em seus ensinamentos de amor e de perdão. Analisemos os atos e extraiamos todo aparato bélico que contenham, o qual se traduz por agressividades físicas ou através de pressões morais da mais larga extensão no contexto social em que vivemos. Há palavras extremamente agressivas e desmoralizadoras: saibamos reconhecê-las para eliminá-las de vez do vocabulário. São palavras como banditismo, selvageria, criminalidade, consciência culpada. São palavras, à primeira vista, inocentes, capazes de caracterizar com propriedade o procedimento de determinadas pessoas no seio da sociedade. Mas são palavras que categorizam os seres e suas ações como se estivessem pejadas de verdades eternas. Nenhuma pessoa é potencialmente perigosa “ad infinitum”. Todo ser encarnado tem sentimentos e, se muitos agem sob o impacto de maus instintos, é porque foram feridos invariavelmente pela sociedade em que vivem. É preciso, pois, comedir a terminologia, uma vez que, no fundo, verdadeiramente, todos estão espiritualmente doentes e assim devem ser considerados. Não que estejamos querendo que não haja punições para os culpados dos mais variados crimes. Não é bem isso que estamos propugnando. O que queremos é que haja o despertar individual para a verdadeira opressão que a sociedade exerce sobre cada cidadão, de sorte a atribuir a essa pressão a real causa dos males que afetam os indivíduos.

Após se ter inteirado da exata postura moral diante de cada ser, que as pessoas passem a agir em consonância com esses princípios evangélicos, de forma que possam prodigalizar primeiro aos familiares e depois aos amigos as atitudes certas de aceitação e de correção, enaltecendo-lhes as tentativas de superação dos males e discutindo com eles, sob a luz do evangelho, tudo o que vierem a patrocinar de errado. Dessa discussão individualizada, brotará, por certo, atitude sadia de rebeldia contra as opressões morais que a sociedade está a exercer sobre todos e de tal modo se modificará a sociedade que, aos poucos, iremos tendo procedimentos cada vez mais adequados a suplantar os males que ora nos afligem.

Todos estes itens de recomendação podem parecer extremamente ingênuos diante da “sagacidade” do pensamento humano. O leitor talvez esteja a imaginar o quão difícil seria obter sucesso através destas recomendações aparentemente tão pueris. Pois bem, tal raciocínio está demonstrando que o amigo apenas está a exibir o seu aparato bélico. Tem as armas da incredulidade, da superioridade intelectual, do descortino histórico a apontar para as nossas simples anotações. Não faça isso! Pense, antes, em que o homem, criado à imagem e semelhança de Deus, merece ser considerado filho dileto do Senhor, qualquer tenha sido o berço em que nasceu.

Se toda a humanidade conseguir aceitar o próximo verdadeiramente como semelhante, então, até mesmo as grandes nações se desmilitarizarão, pois não haverá contra quem combater. É da história da humanidade o fato de que sempre existiu a força a comandar os ajustes comerciais, isto é, entre as nações, o poderio delas é que manteve o equilíbrio a facilitar-lhes as transações. Daqui o “se queres a paz, prepara-te para a guerra”. Mas nós dizemos: “Se desejas a paz, prepara-te para ela”, pois a era da militarização passará quando os espíritos humanos estiverem desarmados.

Seríamos ingênuos se esperássemos para breve conseguir dos homens, atendendo a nossa recomendação, a paz universal. Mas se argutamente observarmos o mundo, poderemos prenunciar para mais perto do que se possa imaginar o dia em que as armas serão depostas.

Sabemos que teses existem que envolvem os espíritos superiores no desígnio de retirar da face da Terra aqueles que persistem nos caminhos extraviados dos crimes e das opressões. Sabemos de outras teorias que sonham para breve cataclismos tais que deixariam a Terra inabitável. Sabemos, ainda, que pessoas existem temerosas de que os bons sejam transportados para outras paragens, para darem curso ao seu aperfeiçoamento espiritual. No entanto, é preciso considerar o momento atual e esse é extremamente dramático para o prosseguimento das civilizações segundo os princípios que vigem. É por isso que, intimoratamente, inúmeros chefes de governo estão facilitando a interpenetração das idéias de confraternização universal, as quais se instalam nos corações de populações inteiras desejosas de progredir materialmente. Esse primeiro estágio é necessário para que se estabeleçam vínculos de amizade e de serviços entre os povos. No entanto, é preciso iniciar em conjunto a integração espiritual que só o despertar para as virtudes evangélicas poderá proporcionar.

Este o cerne da mensagem. Vamos cada um de nós ocupar-nos por algum tempo todo dia com a investigação dos pensamentos e das atitudes, prontos para dissipar idéia ou ato que possam demonstrar que estamos sob o domínio de qualquer aparato bélico. Assim, sem que sejamos incautos ou ingênuos, mas honestos e leais, poderemos oferecer aos semelhantes coração puro, isento de malícia, mas pronto para reconhecer todo esforço em prol da elevação moral da humanidade.

Oremos muito para conseguir dos guias a luz do conhecimento mais perfeito, para que possamos arrostar as dificuldades até o limite da competência, a fim de debelar de vez as más tendências, cultivadas por milhares e milhares de anos de beligerância.

Saiamos desta fase da vida com méritos para justificar a frase enternecida que recebeu Jesus: “Glória a Deus nas alturas e paz na Terra aos homens de boa vontade!”

Otávio (pela equipe).



Comentário

O texto elaborado pela equipe dos alunos revela tendência muito comum entre os encarnados. É preciso, pois, meditar profundamente a respeito das verdades nele contidas. Como o texto anterior, também este está a requerer atenção redobrada quanto ao princípio envolvido na base dos raciocínios: será que é realmente preciso considerar a humanidade como um todo para se obter o progresso individual? Não seria mais lógico que cada qual cuidasse somente de si? Não haveria no fundo destas questões algum “aparato bélico” a justificar o distanciamento com os demais seres do universo?!

É preciso, pois, velar para que os corações não se deixem envolver por princípios egoístas e realmente considerar os bilhões de seres encarnados e outros tantos no etéreo como verdadeiramente irmãos nossos. Que saibamos reconhecer nos desafetos, nos inimigos, aqueles mesmos filhos do Senhor que vemos nos parentes e amigos. Desarmemo-nos, pois, queridos, para podermos seguir juntos para a redenção!

Otávio (pela equipe).

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui