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Ensaios-->23. ENTREVEROS -- 06/10/2003 - 07:30 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Os homens costumam agredir-se mutuamente em circunstâncias o mais das vezes funestas. O noticiário a respeito das desavenças entre os encarnados costuma dar destaque às querelas humanas, quer entre malfeitores, quer entre policiais e malfeitores, seja entre pessoas do mesmo povo, seja entre nações.

É grave o conflito sempre que envolva interesses de conquistar o que é de direito dos semelhantes. Mas também não é inocente a propaganda do fato que inocula no leitor sentimentos ruins, ao favorecer a tomada de partido. Lutas existem que se apresentam justas diante do humano saber, quando, por exemplo, por força da incompreensão de alguns, muitos são prejudicados. Diante do espírito imortal, no entanto, os desagravos de situações passageiras, momentâneas diante da eternidade, parecem tão-só significar o atual estágio dos indivíduos em seus aspectos morais. Por isso é que não nos afetam, a nós que presenciamos as desavenças, os aspectos de justiça ou injustiça que possam representar. O que nos importa, e muito, é o acréscimo de culpas cujo resgate será onerosíssimo oportunamente. Se os homens fossem capazes de prever os embates futuros diante de si mesmos para recuperarem-se dos malefícios que se proporcionaram uns aos outros, não entrariam, com toda a certeza, em qualquer entrevero, por mais justificável lhes possa parecer.

Estamos a discorrer a respeito deste tema, tendo em vista os vários conflitos armados que estão a ocorrer no mundo e o prenúncio de confrontos ainda mais perigosos para a harmonia que deveria haver entre as nações. Quando a pregação cristã estabelece que deve haver glória a Deus e paz na Terra, acrescenta que haja também boa vontade para com os homens. Se os homens não tiverem boa vontade uns para com os outros, não haverá paz na Terra e muito menos poderão glorificar Deus nas alturas. Se individualmente as batalhas são a desgraça das realizações que levariam o progresso aos espíritos, que não será a guerra entre os povos?! Por menos que as pessoas participem dos combates — qualquer seja a contribuição —, mesmo estando alheias inteiramente ao cenário da guerra, ainda assim todas sofrem através das inúmeras vibrações provocadas pelo ódio e por toda caterva de maus instintos e sentimentos. A recuperação das almas, após esses momentos de carnificina, é dolorosíssima, dado o duplo aspecto que assumem os desencarnes, ao mesmo tempo considerados assassinatos e suicídios, uma vez que os indivíduos conhecem perfeitamente o que deles se espera em tais circunstâncias.

Que os avisos e temores transmitidos pelas vias de comunicação de massa não se concretizem é nosso mais profundo e íntimo desejo. Que saibam os litigantes sofrear a ganância e sufocar o orgulho e o amor-próprio, para não darem ensejo a mais uma guerra, cujo desfecho atualmente é muito difícil de definir.

Se, no entanto, for esse o caminho escolhido pela humanidade para provocar situações cármicas de extremo sofrimento, então, que se faça sua vontade e oremos para que, através desse litígio, possam os espíritos ser sacudidos em sua inconsciência e que possam despertar para a realidade maior da existência. É sabido que os cataclismos têm o condão de favorecer a percepção das verdades, quando a mente não está ofuscada pelo excesso de sentimentos perniciosos, como o ódio, o instinto de vingança, o desejo de desforra. Aliás, este tem sido o esforço dos socorristas em casos de desagravos: revelar aos contendores que nada lucraram em provocar as agressões. No entanto, se o mesmo resultado puder ser conseguido através de advertências e esclarecimentos, por que chegar às vias de fato?!

Eis o objetivo revelado. Se o caro leitor considerar as ponderações judiciosas, que tranqüilize o coração e vibre em favor dos irmãos conturbados pelo desespero que representa a ânsia de preponderar sobre os semelhantes. Não queremos nunca ver sofrimentos inúteis, por isso estimulamos a compreensão dos fatos, para que dos males se possam forjar situações em que o bem se erga soberano.

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