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Ensaios-->34. O DESALENTO E SUA CURA -- 17/10/2003 - 07:00 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Existem muitas pessoas que, diante dos insucessos, dos fracassos, costumam desanimar e não insistem no caminho anteriormente fixado, por temer serem demasiado grandes os percalços a enfrentar. Daí estacionam, retrogradam, buscam organizar incursões em outras áreas que acreditam mais facilmente poder vencer. Puro engano! Se a determinação era a aquisição de bens morais, o erro estava em não se ter percebido previamente que as dificuldades estão intimamente relacionadas com a dimensão do existir em viciação, em “pecado”. É preciso saber considerar as próprias defasagens com relação ao bem a conquistar para julgar-se dos sacrifícios que serão impostos, principalmente no que se refere a prerrogativas adquiridas através do exercício do mal a ser debelado.

Conflagrada a luta, é pelejar seriamente em busca do ideal espiritual colimado. A desistência não demonstra, verdadeiramente, insucesso ou fracasso na tentativa, mas indica tão-só que a pessoa não se determinara firmemente a conseguir o progresso que aparentemente estava desejando, às vezes até com sofreguidão. É necessário bem avaliar o tamanho da perda correspondente ao apanágio do bem a adquirir.

Esse sentimento de propriedade que todos temos, dado o domínio que exercemos sobre a realidade atual, é, muitas vezes, prejudicial para a caminhada em direção às transformações necessárias para a conquista do bem-querer cósmico, aquele mesmo que se encontra nas palavras de Jesus, quando nos prometeu estarmos juntos ao Pai no momento do juízo final.

Antes de prosseguir, devemos esclarecer o que significa para nós a expressão “juízo final”. Quanto a “juízo”, claramente se pode entender como “julgamento”, o qual a todo momento estamos exercendo sobre nós mesmos, às vezes com falsidade, outras com proficiência. O importante é bem compreender a palavra “final”, que pode sugerir algo como “definitivo, total, irremediável”. Não nos parece que Deus, infinito em seu poder de amar, iria concluir a existência de qualquer das criaturas lançando-as definitivamente às garras da infelicidade e do mal. “Final”, para nós, quer dizer “último, derradeiro, aquele que resulta em benefício eterno”. Assim, passa por “juízo final” todo aquele que se põe em condições de merecer ingresso no paraíso celeste, na eterna morada da bem-aventurança, naquele estado de graça paradisíaco a que todos tendemos pela nossa natureza divina.

Ora, se cada pessoa decide, à vista das dificuldades da jornada, regressar ao ponto de partida, jogando por terra todos os esforços despendidos para a conquista dos bens não avaliáveis das virtudes evangélicas, não haverá necessidade de existir orbe de provações e de conquistas morais. Fica totalmente invalidada qualquer peregrinação cármica, dado que o resultado remeterá sempre às condições anteriores, sem acrescentamentos significativos. O estacionamento seria geral e a lei máxima concernente a todas as criaturas, ou seja, a sagrada lei universal da evolução, não teria sentido algum. Mas como derribar uma lei estabelecida pelo Criador em seu ato mesmo da criação?!

Assim, mesmo que a pessoa refugue prosseguir na caminhada ascendente, no sentido de se tornar cada vez mais adequada às aquisições da moral evangélica, o que lhe sobra, na verdade, é o mister de ter de suplantar novas dificuldades que se constituirão em novas formas de provação, a que se submeterá independentemente da vontade, até o momento em que volte a tomar consciência do sentido último do existir: o progresso. Eis porque nos atrevemos a comparecer diante dos caros leitores para vergastar-lhes o desejo de subtraírem-se aos compromissos de vida.

Atender aos princípios do encarne é o primeiro tópico que lembraremos nas dissertações a favor do crescimento de cada criatura. Se, para os espíritos desalojados da carne, progredir significa, principalmente, servir e estudar, nessa ordem de prioridade, para os encarnados, estudar, mesmo que informalmente, mesmo que represente tão-só meditação a respeito do mundo, da existência, da vida, do destino, da verdade, enfim, é que irá embasar o ato do auxílio ao irmão, ao próximo, ao semelhante, mas ato de profunda compreensão de si mesmo, como se tudo se fizesse na vida através da consciência universal implantada em cada indivíduo. Com isso queremos dizer que não basta à pessoa conceber o mundo como local de luta, de trabalho e de sacrifício, no qual o cumprimento dos deveres levará fatalmente à perfeição e, conseqüentemente, ao usufruto da eterna felicidade. É preciso mais, muito mais: é preciso realizar o ato de viver em consonância com os objetivos maiores da materialização que se deu, tendo em vista a conquista de determinados aspectos ausentes da personalidade e cuja obtenção consta da programação do encarne. A luta passa a ser parcial, facetada, uma vez que a programação prevê outras encarnações, outras lutas, outros sacrifícios.

Então, perguntar-se-á, como saber exatamente qual a atual conquista a empreender? Qual o desiderato desta jornada atual? Como reconhecer a que se veio ao mundo desta vez?

A resposta é simples e está na medida exata em que cada qual possa conhecer-se a si mesmo. Tradicionalmente, a cultura humana tem colocado como principal escopo a conquistar-se o autoconhecimento, o qual se dá de modo completo, sempre que o indivíduo se dedica com proficiência à análise do procedimento. Se é irascível, por exemplo, deverá conquistar a serenidade; se é agitado, nervoso, o bem a adquirir-se é a calma, a tranqüilidade; se é sôfrego, deve aspirar a tornar-se comedido; se busca chegar rapidamente a seu destino, transformando a peregrinação em algo supérfluo, deverá saber dosar melhor os anseios, de sorte a propiciar-se a oportunidade de tudo conhecer mais proficuamente e com maior sabedoria. E assim por diante.

A partir desse conhecimento da intimidade e da contextura psicológica e moral, devemos aplicar-nos para conseguir resultados positivos e a luz que nos guiará nessa conquista inefável, clara, precisa, é a benignidade das lições de Jesus, através de sua palavra lúcida, segura, brilhante.

Perguntado, certa vez, sobre qual é o maior mandamento, respondeu: AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS. Esse verbo “amar” é que deve pautar o procedimento e, se nos detivermos diante das dificuldades, objetivando renegar a jornada, tenhamos presente este princípio eterno da vida: AMAR, pois será através desse sentimento que iremos criar forças para enfrentar as provações, conseguindo méritos para vencer todas as dificuldades. E se o nosso amor volver para os semelhantes, com a mesma intensidade com que o dedicamos a nós mesmos, aí teremos cumprido o segundo maior mandamento e iremos condensar em nós poderio de incomensurável valor no combate às fraquezas.

Sejamos fortes como Jesus nos pregou e aspiremos a chegar a compreender a vida com seu superior entendimento, elevando-o à condição de modelo, de exemplo sublime, seguros de que a provação nunca se fincará diante de nós como muralha intransponível, certos de que a nossa carga será sempre suportável.

Oremos, todos juntos, irmãos, sempre que nos depararmos com dificuldades. Exultemos diante delas, pois, se ali estão, é porque fizemos por merecê-las, tendo sido conduzidos a elas para podermos progredir rumo ao bem eterno. Se nos parecerem demasiado enormes e se nos fraquejarem as forças, saibamos criar alento novo, buscando nos espíritos guardiães, nos protetores e amigos da espiritualidade o auxílio nunca negado. Através de confiante vibração, receberemos os eflúvios superiores que nos encorajarão e nos propiciarão condições espirituais favoráveis para dar curso ao trabalho em favor da consecução dos objetivos de vida.

Finalmente, saibamos imprimir nos corações a fé em que o Pai nos assiste e a esperança de virmos a fazer parte do banquete da Vida.



Comentário

Nem precisaríamos comentar: o progresso da Equipe Arquimedes é visível. Basta que digamos que o texto tem melhorado muito quanto à qualidade, embora ainda haja pecadilhos de interpretação. Por exemplo, quando se diz que Jesus disse isso ou aquilo, deve-se dizer também o local e a razão das assertivas, fazendo referência direta ao registro evangélico. É bom encaminhar o leitor de modo seguro na senda da verdade.

Por outro lado, nunca devemos generalizar demais, dizendo frases como: 'Quando o indivíduo desiste de prosseguir, está com a sensação de fracasso, de insucesso...', pois pode ocorrer que outras pessoas somente estivessem meditando a respeito de como enfrentar o problema com maior determinação. Nesse caso é preferível inventar história em que determinada personagem seja colocada em face do problema, reagindo segundo os princípios a serem argüidos pelos autores. Finalmente, buscar reduzir um pouco o texto para torná-lo mais funcional, menos cansativo, menos repetitivo.

No entanto, repetimos, os méritos do grupo são visíveis e seus progressos demonstram cabalmente a dedicação com que se aplica ao trabalho. Parabéns!

Ergamos os pensamentos a Deus e agradeçamos-lhe esta oportunidade de crescimento.



Senhor, estamos diante de vós para vos levar a nossa prece agradecida pelo progresso que hemos conseguido. Fazei de nós servos incondicionais e abri-nos os olhos para os defeitos e imperfeições, conduzindo-nos pela senda da recuperação e do amor. Aceitai esta oração e oferecei-nos novas oportunidades de crescimento, sempre em benefício dos irmãos que jazem inconscientes das próprias necessidades. Fartai-nos de mel, Senhor, para que possamos adocicar o pão de nossos semelhantes. Assim seja.

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