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Ensaios-->36. O ADVENTO DA FELICIDADE -- 19/10/2003 - 11:07 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Pode parecer à maioria dos encarnados que sua vida se tem desenrolado em estado de ansiedade e dor. Embora o corpo se mantenha na maior parte do tempo hígido e capaz de desenvolver as tarefas da profissão e os atos do lazer, ainda assim a dor está presente a todo momento, seja provocada por cárie dentária, seja por infecção ou distúrbio estomacal, seja por disfunção humoral etc. Por outro lado, a ansiedade provocada pelo desejo de conquista de certos bens induz o organismo a certo mal-estar devido à insegurança psicológica. Em geral, no entanto, a vida isenta de artificialismo decorre saudável e pura, no campo biológico, e serena, no campo mental.

Quando a pessoa procura satisfações sociais mais complexas, embaraçando-se nas malhas das aquisições mais sofisticadas da tecnologia e do cientificismo aplicado, cria situações de maior angústia, dada a presunção que se estabelece na mente dos indivíduos de que a capacidade humana é superior e a expressão da vida encarnada bem mais significativa do que realmente é. Esse envolvimento com a matéria costuma trazer como conseqüência situações de vida muito afastadas da natureza em que se criou o aparato orgânico que constitui, em última análise, o domínio do espírito sobre a matéria. Se o indivíduo dedicar-se a só conhecer na vida o que o mundo lhe oferece em condições de percepção sensorial, ficará alienado da existência do espírito como realidade última a que se destina, obrigando-se a retornar mais vezes ao orbe para a aquisição das virtudes morais, de modo plenamente consciente dos atos e vicissitudes.

Embora criaturas altamente intelectualizadas tendam a superar as dificuldades materiais contidas na miserabilidade da condição social dos mais frágeis, exercendo poder mental no sentido da realização de certos objetivos individualizados, sem ferir a condição dos mais infelizes, sem onerar o sofrimento de ninguém, ainda assim sua atuação na carne é deficitária do ponto de vista evangélico, já que descuraram de soerguer o irmão desvalido, hibernando, por assim dizer, no que respeita à aquisição das virtudes que lhes proporcionariam o progresso moral necessário para avanço rumo à conquista da eterna felicidade.

Assim, mesmo quando a vida parece ser mar de rosas, quando o indivíduo consegue ultrapassar todas as fases da estadia na carne sem que passe por sofrimentos morais, psíquicos ou sociais, sem sentir ainda a desdita da dor física lancinante, conhecendo do mundo carnal tão-só os aspectos mais agradáveis, mesmo que a pessoa consiga dizer-se totalmente feliz, ainda assim muito se surpreenderá ao adentrar os portais da energia cósmica do etéreo, pois só aí perceberá que falhou no cumprimento dos objetivos, alheando-se do verdadeiro desiderato para o qual recebeu o apanágio de viver na carne. É preciso, pois, jogar o anel ao mar e orar fervorosamente para que não lhe seja devolvido.

Se você, caro amigo, se sentir plenamente satisfeito com todos os fatos de sua peregrinação, uma vez que, das dores e dos martírios, só teve conhecimento através das informações colhidas nos noticiários jornalísticos, radialistas ou televisivos, se da miséria humana só ficou sabendo por ouvir dizer, busque preencher a vida com trabalho digno que vise a auxiliar o próximo, sem jamais esquecer-se de ler e estudar os textos básicos que fundamentam a filosofia espiritista, os quais lhe darão o ensejo de perlustrar com sabedoria o restante da jornada. Eis que não estamos pregando no deserto, tendo em vista que nos tem acompanhado até aqui. Transforme, agora, essa disposição e paciência em algo útil para si mesmo e para os semelhantes, indo em busca do trabalho assistencial desinteressado que se desenvolve junto às entidades do socorrismo humano. Vá com energia e boa vontade. Encha-se de coragem. Vigie para que sua felicidade flua da felicidade do próximo. Alegre-se com a alegria dos irmãos soerguidos. Esse o caminho da verdadeira felicidade, daquele estado de êxtase que lhe dominará o espírito quando adentrar vitorioso o espaço vibratório dos irmãos desencarnados.

Cuide agora de examinar detidamente sua vida, na expectativa de surpreender os liames que a prendem aos objetivos finais e dê curso às manifestações de amor, de carinho, de afeto que lhe soerguerão o espírito à superior condição dos espíritos de luz, mas não se esqueça jamais de palmilhar o caminho da fraternidade, da solidariedade, do amparo generoso e fiel àqueles que se debatem nas trevas da ignorância ou que se chafurdam nos lodaçais dos crimes e dos vícios.

Quantas vezes a aplicação de simples curativo em ferida não se constitui na felicidade maior da pessoa oprimida pela dor e pela expectativa de posteriores agravamentos! Como se vê, é simples despertar o indivíduo para a felicidade. Calçado apertado que se retira do pé proporciona conforto e alívio. O ensinamento socrático é valioso. Quanto maior o sofrimento, a dor, maior será o revigoramento quando o lenitivo chegar.

Que tenha sido este o resultado desta leitura, pois não haverá para nós alegria maior do que ajudar o leitor a superar as dificuldades e deficiências, oferecendo-lhe os meios através dos quais poderá certificar-se do caminho a seguir.

Oremos agradecidos pelos irmãos que nos ensejaram esta oportunidade de encontro e recebamos contritos as bênçãos do Senhor!

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