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Ensaios-->38. OBEDIÊNCIA NÃO É PECADO -- 21/10/2003 - 06:31 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

De uns tempos para cá, tem sido norma na sociedade dos homens a pregação da desobediência. Requer-se do comum dos cidadãos que adulterem o teor das leis, de sorte a burlá-las e a ajeitá-las a favor de desideratos, nem sempre justos e honestos. Sem perceber que estão a substituir a obediência aos dispositivos legais pela cega subserviência aos que detêm o poder político, mesmo que no âmbito de meras associações recreativas ou instituições sindicais, muitos se atiçam e se encarniçam no combate aos valores vigentes, crentes de que poderão usufruir vantagens pessoais se conseguirem demonstrar pela força que têm condições de dominação. São seres dotados de extremado poder de violência e de revide, que não medem as conseqüências dos atos no que respeita aos prejuízos que estão causando à sociedade em geral. Greves eclodem no frenesi das gloríolas dos dirigentes, guindados aos postos de comando muitas vezes por artifícios de sutis preparações doutrinárias, visantes ao objetivo de desestabilização do poder público organizado. Invasões de terras, embates da guerrilha urbana promovidos por bandidos fortemente armados, batalhas campais entre estudantes e policiais, ocupações de dependências da administração pública ou particular, enfim, inúmeros distúrbios e perturbações sociais objetivam fazer crer em que a sociedade está em mudança e que os detentores do poder político e econômico devem ceder a vez a novas forças provindas das camadas mais oprimidas da população.

Certamente, lutar por aplainar a sociedade, no sentido de torná-la mais equânime e justa, é meta a que todos aspiramos. Que bom seria se toda a humanidade pudesse usufruir igualmente todos os benefícios propiciados pelo trabalho e pelo capital! Que dia maravilhoso será aquele em que cada ser humano se sentir igual e puder exercer pacificamente todos os direitos de cidadania, conseguindo obter o mesmo padrão de vida estatuído para todos os compatriotas! Que bom seria se todos igualmente pudessem contar com o mesmo espaço para morar, o mesmo emprego para trabalhar, a mesma comida para se alimentar, guardadas as naturais distinções que sempre subsistirão dadas as especificações e características que distinguem as pessoas e os lugares!

Sonhar utopicamente com esse dia de ventura universal, no entanto, não será certamente atitude vã, se nos dispusermos a obedecer às leis de Deus e aos mandamentos cristãos. Na ânsia de violação dos princípios sociais vigentes, muitos desafiam até as leis mais sublimes da caridade cristã, da benevolência, da tolerância, do amor. Se o desejo de partilhar do bem geral é altamente elogiável, é preciso partir-se da premissa de que todos são iguais, se não perante os homens, pelo menos diante de Deus. Humilhar, pois, os que se situam nos postos de comando passa a ser atitude indigna dos verdadeiros cristãos, daqueles que pautam o procedimento pelos ensinamentos evangélicos, o mais comezinho e conhecido, a recomendação de Jesus para que amemos aos inimigos.

Essa redenção social dos indivíduos deverá passar necessariamente pelo crivo das recomendações do Cristo. Antes de pelejarmos por conseguir favorecimentos no seio da coletividade, é preciso que saibamos dispor-nos moralmente, segundo os preceitos evangélicos. Não nos envergonhemos, pois, de obedecer, de seguir os mandamentos da lei de Deus; não nos vexemos de submeter a vontade ao desiderato do amor de Jesus e da misericórdia do Pai. Curvemos a cerviz e humilhemo-nos diante da Verdade, para que reconheçamos em todos o próximo, o irmão. Asseguremo-nos da posse das virtudes evangélicas e, então, propugnemos melhor sorte junto à sociedade.

Se estiver ao alcance auxiliar os irmãos que sofrem, façamo-lo por amor ao Cristo e na mais pura intenção de prodigalizar recursos para que os semelhantes adquiram condições de soerguer-se. Esqueçamos um pouquinho as injustiças de que somos vítimas constantemente em todos os setores dos relacionamentos sociais e levantemos o pavilhão do amor, da confraternização, da paz. Orgulhemo-nos do desempenho em favor dos irmãos desvalidos mas saibamos reconhecer que todos possuímos igualmente o dom de pertencer à família das criaturas de Deus.

Oremos por nós e pelos semelhantes, solicitando ao Senhor que compreendamos suas leis de amor, de justiça, de trabalho. Saibamos reconhecer tudo de bom que nos é ofertado a cada instante da peregrinação e aceitemos até o que nos parece oneroso, amargoso, injusto e prejudicial, pois pode estar justamente aí a provação para que possamos soerguer-nos perante o destino. Vamos dar graças a Deus por nos permitir meditar a respeito da sorte, buscando caracterizá-la segundo os padrões divinos do devir humano e procuremos resgatar os débitos, em harmonia com as promessas da eterna bem-aventurança!



Comentário

Pessoas de má-fé costumam aproveitar-se de textos do teor desta mensagem da “Equipe Arquimedes” para fustigar os ensinamentos espiríticos, definindo-os como se estivessem a serviço do “status quo”. Nada mais injusto e desonesto. A pregação evangélica que os espíritos de luz propugnam que façamos é endereçada a todos os mortais, sejam quais forem as colorações políticas, as atribuições e encargos sociais, o poderio econômico. Nós não vimos só à presença dos pobres e dos miseráveis para acusá-los de pregressas desídias, de molde a conformá-los à atual condição de vida: 'Se você está em tal situação é porque está colhendo o que plantou!' Esta frase é uma das advertências de Jesus, para que o encarnado não venha a concretizar atos que precisarão ser redimidos. Se, na verdade, a pessoa está a sofrer presentemente, tudo deve fazer para superar o estágio em que se encontra mas, ao fazê-lo, deve abençoar o destino por lhe facultar meios para aquisição das virtudes que lhe faltam e nunca amaldiçoar a sorte, renegando a oportunidade de superação dos males.

Por outro lado, a miserabilidade nem sempre é representada pelas condições mais abjetas da vida social. É comum encontrarem-se pessoas atoladas nos lodaçais dos vícios, das paixões e dos crimes, embora socialmente e economicamente se situem no topo da sociedade organizada. São dignas de pena sempre que não conseguem superar as angústias e depressões, onerando ainda mais a necessidade de provações cármicas.

Assim, recomendamos aos amigos da “Equipe Arquimedes” que, ao elaborar os textos, cuidem para não servirem de joguete nas mãos dos infelizes que pretendem denegrir a imagem do Espiritismo Cristão, como se fora doutrina de arrocho moral, ao invés de propiciar a tão ansiada libertação das cadeias morais que representam os conceitos religiosos mais retrógrados dos que ainda costumam enxergar nos irmãos tão-só inimigos a combater. Abram as vistas aos leitores e alarguem-lhes os horizontes morais, mas não deixem de preveni-los quanto a possíveis falsas interpretações das mensagens.

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