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Ensaios-->40. ALIMENTAÇÃO -- 23/10/2003 - 06:55 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Em geral, os homens costumam alimentar-se do fruto das plantações. Alguns recorrem a produtos manufaturados e industrializados, porque lhes apetecem mais ao paladar ou porque não têm tempo para destinar ao cozimento necessário. Muitos buscam o auxílio de restaurantes e lanchonetes, de modo que deixam a terceiros a preparação da comida. Raríssimos são os que podem alimentar-se do que eles mesmos plantam e menos freqüentes ainda são os que apanham diretamente a nutrição dos pés de frutas ou de ervas rasteiras que nasceram espontaneamente. Isto quanto à alimentação do corpo.

Podemos fazer perfeito paralelo em relação ao alimento do espírito. Vejamos. A maioria da população se deixa embalar por religião natural, cumprindo cabalmente as convicções, que arregimentam aqui e acolá, mesclando conceitos religiosos com superstições, imaginando soluções sem cuidado com a coerência do sistema que utilizam. Outros se filiam a religiões instituídas e lhes seguem os preceitos sem reflexão e sem disposição para discutir o que lhes foge à compreensão. Pessoas há que se associam a seitas e delas retiram apenas o que lhes possa interessar, não fazendo caso de resolver os problemas teológicos ou doutrinais que se apresentem. Uns poucos se identificam com as pregações religiosas, buscando tornar todos os princípios assimiláveis e verdadeiros. Finalmente, há os que peregrinam pelo orbe, colhendo aqui e ali da natureza os conhecimentos para organizar a vida espiritual.

Como você, caro amigo, procede na busca do ideal de espiritualidade? Deixa nas mãos dos outros o preparo da alimentação ou toma a si a responsabilidade da compreensão exata dos desígnios de Deus? Interessa-se por pratos feitos ou vai diretamente à cozinha para supervisionar a confecção de cada acepipe? Costuma freqüentar um único restaurante ou confia em que em muitos possam ser encontrados cardápios revitalizantes? Examina cada idéia, cada pensamento, cada raciocínio em busca da verdade das premissas ou os engole conforme lhe são apresentados, sem contestação, sem desconfiança?

Esperamos que a resposta possa ter sido o mais lógica possível, pois é difícil de decidir no emaranhado de conceitos e de tendências que as diversas religiões, seitas e cultos apresentam. No caso da alimentação do corpo, já é difícil de se estabelecer padrão alimentar condigno, que favoreça a manutenção da saúde sem provocação de distúrbios estomacais ou intestinais. Há alimentos que perturbam diretamente a organização sangüínea, outros prejudicam o sistema urinário. Há aqueles que afetam o trabalho do fígado, da vesícula, do duodeno. Se a atenção neste campo deve ser redobrada, exigindo estudos sérios das qualidades de cada grão, de cada folha, de cada fruto, sem mencionar os perigos que a carne apresenta ou as toxinas que se depositam nas conservas e enlatados, que dizer, então, dos cuidados para com os elementos espirituais e morais que devem constituir os fundamentos psíquicos sobre que edificar o procedimento e a concepção da vida?

É preciso levar-se por atitudes de respeito pela vida material e espiritual. Sendo assim, faz-se mister regular os apetites pela morigeração, pela frugalidade, pela simplicidade e pela naturalidade. Quanto mais próximos da natureza, mais eficientes o alimento e o remédio. Assim, proceder em harmonia com as forças naturais ajudará a pautar o comportamento próximo das reais intenções do encarne.

No que se refere especificamente à fé, à crença, ao amor, às virtudes, aproximar-se dos ensinamentos de Jesus, os quais ensejarão oportunidades de reflexão profunda a respeito das decisões a tomar. Se Deus, em sua infinita misericórdia, possibilitar-nos manter acesa a chama da compreensão e do entendimento, é preciso transformar esse apanágio em algo muito útil para que o despertar seja lúcido e abrangente. Devemos aceitar a revelação das verdades ocultas à humana percepção, mas devemos fazê-lo à luz da razão, sob critérios fundamentados solidamente em argumentos racionais e lógicos. Mais importante que tudo: agir com descortino à luz das convicções firmadas em prol do irmão necessitado.

Muita vez, nós mesmos duvidamos de nossos atributos e falhamos em considerações pueris a respeito de temas não importantes para o conjunto da doutrina espiritual que adotamos. Esse titubeio, entretanto, não pode ferir os princípios do amor, da justiça e da caridade. Se, interiormente, nos sentimos muito rudimentares, muito ignorantes, que este sentimento não afogue o poder que temos de auxiliar o irmão desvalido, na agonia e na dor. Superemos as dificuldades, sublimemos a hesitação, recalquemos a indecisão conceitual, mas não desfaleçamos diante do serviço que nos cabe realizar no amparo ao irmão que sofre. Dia virá em que fortaleceremos, sem dúvida, a mente e em que os sentimentos adquirirão firmeza mediante o esclarecimento e a resolução de todos os problemas que ora nos afetam, mas, se não estendermos a mão ao companheiro que sofre, poderá ocorrer de vermos passado o momento oportuno para o socorro e isto ocasionará, certamente, grande pesar diante da lucidez da consciência.

Alimentemo-nos, pois, com inteligência, com discernimento e façamo-lo através de muito trabalho, de muita dedicação, de muita reflexão. Mas não nos esqueçamos de que o melhor alimento será aquele que fruirmos na paz do Senhor, sob orientação do Cristo—Jesus.



Esclarecimento

Devemos esclarecer que os textos têm sido elaborados pelos alunos individualmente, mas não temos identificado os autores por ser inútil e não consignar nenhum acrescentamento aos méritos de cada um.

Quanto aos comentários, não há necessidade de que os orientadores os ditem para psicografia, uma vez que se acham os leitores aptos a bem discernir a qualidade dos textos. São estes tentativas iniciais, faltas de qualquer valor literário. Servem apenas como exercícios e assim devem ser vistos. Por isso, rogamos que nos perdoem o atrevimento de levá-los à luz dos mortais como se fora obra acabada, digna de publicação. Sirva-nos o escrevente tão-só como instrumento da aprendizagem, pelo que muito gratos e penhorados lhe ficamos.

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