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Ensaios-->16. HORA CÁRMICA -- 17/11/2003 - 08:59 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Inevitavelmente, haverá certo momento na existência de cada um de nós em que receberemos a visita de irmão superior, aquele a quem se destinou guiar-nos e orientar-nos na peregrinação. Esse o momento conhecido por “hora cármica”, quando, após exaustiva perquirição dos méritos e profunda análise dos defeitos, finalmente se determinarão as circunstâncias que nos envolverão durante o próximo encarne.

Quase sempre aceitamos a receita pronta, sábio que consideramos o guardião. Às vezes, contudo, desejando progredir mais rapidamente, solicitamos permissão para que as penas se agravem, crentes de podermos contar com certos atributos consignados junto às virtudes que dominamos. Se das ponderações fizermos brotar expectativas válidas, não havendo indício de grandeza ou jactância, recebemos permissão para correr os riscos pretendidos. Se o alvedrio apenas significar alguma imperfeição colocada no prato dos defeitos, somos advertidos de que a primeira meta a atingir será exatamente a superação daquele mal. De qualquer forma, receberemos amplas recomendações, antes de assumir definitivamente o compromisso a ser cumprido.

Uma vez aceita a provação vindoura, imediatamente somos conduzidos aos departamentos de miniaturação perispiritual, onde, segundo o maior ou menor grau evolutivo de cada um, recebemos as informações para bem adequar-nos às condições materiais vigentes no meio em que iremos nascer, bem como noções a respeito do desenvolvimento moral e espiritual do ambiente familiar para o qual estamos sendo remetidos.

No caso de espíritos evoluídos, conhecedores do bem e do mal, praticantes das virtudes evangélicas, cuja internação na carne objetiva o cumprimento de certas missões de cunho altruístico de elevado teor moral, a preparação psicológica se faz completa, de sorte que seu repertório de qualidades não possa deixar dúvidas quanto ao nível da estratificação angelical a que pertence, ficando bem claro na mente do futuro encarnado a destinação do ingresso na carne.

Quando os indivíduos são de mais baixa categoria, embrutecidos e grosseiros, sem qualquer luz, esse período de preparação para a conjugação no seio da mãe é passado sob o efeito das vozes dos orientadores e pregadores, que lêem trechos das obras sagradas mais convenientes para promover no espírito encarnante vibrações de aceitação, de carinho e de afeto, que permitirão “délivrance” satisfatória. Há, contudo, espíritos tão rebeldes que só após muito esforço e atenções especiais se consegue manter no ventre materno, principalmente quando há rejeição da mãe ou de algum familiar, os quais intuem no ser em desenvolvimento algum desafeto.

Como se vê pelas variadas possibilidades de ocorrências posteriores, é sumamente importante para o encarnante a hora cármica.

“Mutatis mutandis”, podemos instituir para os encarnados outro tipo de hora cármica, aquele momento em que toma consciência da própria atuação no mundo e, pasmo diante das realizações, se põe a meditar a respeito de como irá adentrar proximamente o mundo espiritual. Quase sempre esse despertar se dá bem tardio, quando não há mais tempo útil para serem preenchidas as lacunas ou para se sanarem os males.

O mais das vezes, quando ocorre esse instante de lucidez, está presente o pastor daquela ovelha, o qual, por meio de influenciação intuitiva, insta por fazer o pupilo perceber a necessidade de séria reflexão a respeito da vida e de sábia decisão no que concerne às possíveis e necessárias reformas morais a empreender. Se o indivíduo tiver recebido orientações espíritas, saberá ouvir o guia e conseguirá compreender, na justa medida, quais serão os passos seguintes. Entretanto, tal condição de lucidez é pouco encontradiça, sendo o mais comum reingressarem os indivíduos jejunos moralmente na espiritualidade.

Já lhe ocorreu, amigo leitor, que a hora cármica esteja próxima? Se passou por ela, sabe bem a que nos estamos referindo. Se julga que não há necessidade de qualquer exame de consciência, é bom iniciar a análise da vida. Acreditamos que não haja ninguém nessa situação que tenha perlustrado estas linhas até este ponto: indivíduos dessa espécie abandonam cedo as leituras que almejam conseguir reformas interiores, através de pregação moral ou da evidência de sua necessidade diante das pústulas morais que põem à mostra.

Se você é dos que julgam preciso efetuar essa vasculhadela moral, mas não conseguem acreditar na presença de guias e protetores, recomendamos-lhe que interessadamente se dedique à leitura dos livros sagrados do Espiritismo, a principiar pelo Evangelho, onde se registram os princípios fundamentais da conduta mais condizente com os mandamentos e leis de Deus. Levantadas e desfeitas as dúvidas, você adquirirá confiança na participação dos guias e poderá, com maior ou menor espírito de sacrifício, elaborar os roteiros de superação dos males que a consciência apontar. Não queira nunca receber tão-só o perdão misericordioso de Deus, que é certo e não precisa ser solicitado. Insista muito mais em receber as luzes da compreensão das causas que motivaram o procedimento falho, para que possa buscar o lenitivo e o remédio mais eficazes para a extirpação do mal.

Existe remédio de amplo espectro em seu poder de cura e regeneração: é a prece. Mas a convalescença exigirá exercícios especiais para a restauração de todas as funções dos órgãos atingidos. Assim, além da prece, você deverá dedicar-se ao estudo sério, ao trabalho socorrista, à assistência ao irmão carente.

Como vê, a hora cármica pode significar muito trabalho extra, muita tarefa suplementar. Com certeza, entretanto, representará o meio mais seguro e profícuo para se ter a certeza de que o encarne realizou os objetivos propugnados.

Fique na paz do Senhor!

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