Pelo funil do tempo
escoava a seiva da vida...
silente e fluídica.
Tudo estava resolvido.
Não havia lua, nem sol, nem estrelas...
O céu era um vazio...sem pendências.
No jardim abandonado
flores emurchecidas,
esperanças soterradas,
alegrias fenecidas...
Longe, muito longe,
uma luz tremeluzindo
no escuro e frio
inverno, desafiando
o vento gelado e a chuva
intermitente e teimosa
da madrugada. |