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Ensaios-->21. A ESFERA -- 22/11/2003 - 07:53 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Dentre as figuras geométricas, é a esfera a que mais de perto simboliza a união possível entre todos os seres. Deus estaria no centro e cada qual, como ponto infinitesimal, se endereçaria a ele, por força centrípeta de incoercível atração, estando alguns mais próximos, outros mais distantes.

A figura do trapézio é imperfeita para essa representação, mas pode configurar os seres humanos encarnados, em seus relacionamentos entre si. Há os que se apóiam na base e que dão sustentação aos demais que sobre eles se situam, mas as linhas não se igualam e não há força central única a exercer poder de atração, de modo que o todo não forma conjunto homogêneo e equilibrado.

Essa distinção, por nós representada em dois símbolos, serve para diferençar o mundo das virtudes, que é o divino, do mundo carnal fundamentado nas injustiças e desequilíbrios sociais e morais. É bem verdade que o homem mortal sente o peso das células densas que lhe conformam o corpo e lhe regulamentam a vida. Mas, a par disso, possui espírito imortal, ao qual deveria dar o devido valor, na forma de profundo respeito ao ato criador de Deus.

Se o encarnado tem algo a mais para cuidar, tem, certamente, rol de atividades prementes a que dar atenção, de sorte que as presilhas, ao invés de significarem armadilha para a alma, deveriam ser transformadas em farol orientador do rumo a seguir, facilitando imensamente a compreensão do que se aspira na carne, em termos de programação cármica. Se o homem se conscientizasse do corpo, da organização celular e molecular, poderia discernir com nitidez tudo aquilo de que precisa para evoluir, bastando, para isso, observar o irmão que se “contingencia” pelos mesmos princípios, favorecendo-lhe a consecução dos objetivos, na mesma medida em que gostaria que se diligenciasse a seu favor.

Parece complicado, mas não é. Jesus enfatizou o fato dizendo simplesmente:

— Faça a seu irmão somente o que você gostaria que ele lhe fizesse.

A nossa intenção, ao procurar demonstração através do arcabouço físico, foi comprovar que tudo que se passa no mundo moral, no mundo espiritual, “mutatis mutandis”, pode ser conhecido por ilação a partir dos princípios que regem o mundo denso.

Assim raciocinando, poderemos chegar a todas as conclusões existenciais mais profundas, o que, de resto, foi o que ocorreu na realidade, quando os maiores sábios do mundo elaboraram as teses sobre as quais erigiram os ensinamentos filosóficos. Não há teoria moral, existencial, que não tenha tido o arcabouço extraído dos conceitos emanados das leis físicas do universo tangível. Não há sistema filosófico ou religioso que se não tenha fundamentado na observação direta do fenômeno físico.

Assim, de tudo que possamos nós do etéreo vir apresentar aos irmãos na carne, nada extrapolará os conhecimentos que os humanos puderem inferir da observação direta de sua natureza. Não espere, pois, caro amigo, que a nossa revelação lhe possa trazer algo de muito extraordinário, a não ser aspectos da lei com que você não havia atinado, por falta, talvez, de maior aplicação intelectual, no sentido da investigação da realidade e da verdade.

Aliás, este é realmente um de nossos objetivos: facilitar o avanço da compreensão do homem comum do devir, uma vez que a sociedade humana trapezoidal não permite que todos tenham acesso ao mesmo nível de cultura e possam colher da árvore da sabedoria a mesma quantidade de frutos.

Sendo assim, pedimos-lhe a atenção para os textos que os mensageiros lhe têm trazido ao conhecimento. Se alguns podem parecer extremamente complexos, ininteligíveis para os que da escola passaram ao largo, certamente a grande maioria contém notações morais de grande alcance e de extraordinariamente fácil entendimento e assimilação. Para atingir alto grau de compreensão, portanto, não é preciso ser letrado nem possuir qualquer aparato intelectual privilegiado; basta ter boa vontade, desejo de aprender e espírito de desprendimento, já que todo conhecimento moral novo exigirá procedimentos novos que levarão ao sacrifício de algumas conquistas legítimas mas imperfeitas no campo da matéria.

Eis que o texto acabou resultando em emaranhado mais ou menos confuso de princípios e recomendações. Por isso, vamos resumir, ao final, enumerando os principais pontos:

1. o homem é igual diante de Deus e desigual perante a sociedade humana;

2. o conhecimento da verdade é possível para todos diante de Deus, mas discriminado pela lei dos homens;

3. a mediunidade, fruto da divina misericórdia, tem substituído eficazmente a visão filosófica dos encarnados pelas mensagens reveladoras da verdade, possibilitando o acesso de todos ao conhecimento do devir humano;

4. cabe a cada qual desvencilhar-se dos problemas através da imersão do pensamento nas águas da realidade, para forjar atitudes de elevado quilate moral, com a finalidade de vir a cumprir sua destinação no orbe.

Acrescentamos agora, como tópico final, que a prece a Deus, dita com profunda convicção, estabilizará os aspectos emocionais da personalidade humana, facultando-lhe, por intermédio das vibrações socorristas dos irmãos maiores, condições para a realização dos ideais.

Sabemos que nosso pequeno plano de atuação do ser encarnado diante da vida é demasiado simplista e esquematizado. No entanto, uma vez concretizada a abertura da mente, caro amigo, para a verdade evangélica como necessidade superior da existência, ficar-lhe-á facilitado o acesso às demais obras da doutrina espírita, mui especialmente às codificadas por Kardec, as quais lhe proporão roteiro definitivo para ingresso na fileira dos bons e dos justos, encaminhando-o para a senda que conduz à casa de Deus.

Não nos leve a mal se insistimos tão repetitiva e cansativamente nos mesmos pontos. Caso proceda segundo os ditames das leis de Deus, pautando o comportamento pelas normas de Jesus, saberá que um dos atributos mais importantes do bom cristão é a paciência e outro, o perdão. Leia, rapidamente, os textos cujos títulos mais lhe chamarem a atenção e, imediatamente, volte às suas reflexões pessoais e aos trabalhos de assistência aos irmãos necessitados.

Se você, entretanto, por melhor boa vontade que demonstre, não consegue apreender o sentido das mensagens nem enxergar a finalidade dos conselhos, ingresse em grupo de estudos formado em algum centro de assistência espiritual e coloque-se à disposição dos que lá mourejam para os serviços do socorrismo fraterno. Certamente, com seu espírito apostólico, os que labutam pela divulgação do Espiritismo saberão organizar curso bem acessível, no qual as explicações de que você necessita lhe serão transmitidas com extrema boa vontade e competência, aliando-se a isso o espírito de confraternização que lhe será passado por ocasião dos trabalhos de assistência aos irmãos carentes. Mais tarde, integrado ao grupo, poderá participar dos lavores da intermediação mediúnica, abrindo-se-lhe novo campo em que aplicar o interesse pelo aperfeiçoamento pessoal.

Felicidades, caro irmãozinho! Reine a paz do senhor no seu coração!

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