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Ensaios-->26. O EVANGELHO REDIVIVO -- 27/11/2003 - 06:45 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Ainda sob o influxo das obras que falam de Jesus, viemos trazer mensagem de carinhoso respeito pelo nosso administrador sideral, que, não contente em prestar todo auxílio lá dos píncaros celestiais, desceu ao convívio dos humanos. Não precisava fazê-lo, porque, diante da existência como um todo, os frágeis momentos carnais são instantes muito passageiros, imperceptíveis para quem se desloca livre pelos campos da angelitude. Contudo, Jesus quis dignificar a vida humana na matéria mais densa para facilitar o ingresso dos homens no mundo do dever e das virtudes, revelando, de modo inequívoco, qual é o caminho, a verdade e a vida. Se, para muitos, sua presença nada significou, o fato é que imensas multidões se apressaram a se deixar envolver pelos divinos ensinamentos, dando-se condições de progresso que não conseguiriam se se largassem ao próprio desiderato.

Sabemos que este texto é cansativamente repetitivo, mas que haverá para revelar a respeito do Mestre que já não tenha sido exaustivamente explorado pelas penas que nos antecederam?!

Obras existem que tratam proficuamente a respeito da figura humana; outras procuram investigar a divindade que se esconde sob a aparência hebréia do jovem nazareno; há quem prefira desvendar os mistérios dos milagres e da força poeticamente considerada da bondade do Mestre, capaz de reviver defuntos; outros se esmeram em provar a possibilidade mediúnica de todos os sucessos a ele atribuídos; muitos buscam realizar exegese e comprovar interpolações nos textos sagrados dos Evangelhos; muitos procuram o filósofo no santo, outros querem ver o próprio filho de Deus. E assim por diante, cada qual buscando a originalidade do escrito, do ponto de vista, a superioridade e o cientificismo da opinião, do parecer. Há até os que desmentem a existência carnal do Nazareno, enquanto, seguindo pelas mesmas pegadas, há quem deseje comprovar que Jesus só existiu em espírito, sendo que seu corpo era tão-só visão impossível de macular-se. Há os que lhe revestem o perispírito de luminosidade tal que se condensou em organismo vivo e palpável, mas de natureza totalmente diferente da em que vivem os encarnados e até mesmo os espíritos no plano etéreo.

Há todo tipo de suposições e de teorias, algumas com fundamento, outras nem tanto, mas as obras a que mais devemos dedicar atenção são as que se consagram ao estudo e à explicação das palavras do Mestre. Em primeiro lugar, os Evangelhos, considerados sagrados pelas instituições religiosas, mas nem por isso totalmente intocáveis. Depois disso, a obra de Kardec, “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, que demonstra o caminho a ser seguido pelos que desejam realmente progredir no conhecimento moral das verdades cristãs. Em seguida, com os cuidados necessários, podem-se ler as obras de Ramatis, “O Evangelho à Luz do Cosmo” e “O Sublime Peregrino”.

Pede-nos o médium que expliquemos o porquê dos “cuidados”. Simplesmente porque há noções claramente opostas às narrativas que os evangelistas consignaram e que se propõem à polêmica. Ora, o que nós devemos evitar é justamente a discussão, mesmo que no íntimo do ser, pois o fundamental está nos ensinamentos. Que importa saber se o Cristo subiu ou não ao topo do Horto das Oliveiras ou se meditou debaixo de alguma frondosa árvore? Não é imensamente mais importante saber como, naquela hora da paixão, encarava o martírio?! Eis por que temos de sofrear ímpetos de total anuência a qualquer que seja a tendência interpretativa, para vigiar, isso sim, o procedimento com relação ao irmão que sofre e ao avanço que devemos proporcionar a nós mesmos, na senda evolutiva das virtudes.

Teremos ainda para recomendar o livro “Vida de Jesus Ditada por Ele Mesmo”, com as mesmas cautelas das obras de Ramatis. No que respeita aos opúsculos de tendências religiosas de facções sejam espiritistas, sejam evangélicas ou católicas, desde que não chanceladas pela luminosidade de espíritos da qualidade de Emmanuel, André Luís, Rochester, e desde que não desenvolvidas em harmonia com os Evangelhos, mas que exprimem opiniões meramente pessoais, devem ser consideradas com todo o cuidado, para que não estimulem reações muito tendenciosas, muito parciais, e promovam idéias capazes de obstruir a compreensão da verdade. Assim, é preferível aceitar muitas vezes a própria intuição a assinar embaixo, convictamente, de pontos de vista que visem à manutenção do domínio espiritual dos que se uniram para impedimento do livre raciocínio. Vamos citar bom exemplo, de modo a aclarar o ponto que levantamos: existem, na Igreja Católica, os famosos dogmas, estabelecidos para impedir que houvesse a possibilidade de descrédito de certos ensinamentos dos teólogos que propiciam aos cofres do Vaticano renda fabulosa, quais sejam da imaculabilidade física de Maria, o renascimento em carne para fins de julgamento final, a ascensão corpórea de Jesus e outros igualmente frágeis diante da própria razão humana mais grosseira.

Desse modo, pleiteamos junto ao caro leitor que se dedique ao conhecimento da vida de Jesus, mas que procure dar ênfase, dar relevo aos ensinos morais, buscando descobrir, no fundo de cada um, lei de valor universal, pois o que Jesus fez, na realidade, foi propiciar aos encarnados, em suas breves passagens pela carne, a possibilidade de refletir e de agir segundo os ditames das leis cósmicas que regem o Universo. Assim o “amai-vos uns aos outros como eu vos amei”, resume, de modo definitivo, a lei de causa e efeito, que deu origem à descida do Senhor ao mundo material. Essa “descida” é simbólica e deve orientar o procedimento de cada um de nós que, se ávidos estamos por que nos estendam mão a que nos agarrar, também devemos esticar a nossa para que possamos alçar aqueles que de nós dependem para resguardarem-se do mal. Esse encadear de causas e efeitos do verdadeiro amor, pois do Cristo se originou, se constituirá na salvação de toda a humanidade e eis que se dará, finalmente, término à missão de Jesus. Essa missão se estende agora da parte do Consolador que nos foi prometido por ele — o Espiritismo —, diante do qual estamos e à vista de que somos capazes de estender a mão em auxílio dos que se debatem nas trevas da ignorância de encarnes cada vez mais infelizes. Se, de per si só, o Cristo não conseguiu comover os mortais, que sejam demovidos agora dos malefícios para estabelecer, como princípio da vida social, o roteiro evangélico do Senhor. Aliás, é esse o roteiro que fundamenta esta mesma mensagem em que procuramos ressaltar a necessidade da leitura e da aplicação dos princípios e normas da vida moral, segundo a palavra do Senhor.

Façamos, pois, todos nós conforme o que nos foi ensinado e teremos para nós estendida a mão de Jesus.

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