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Ensaios-->34. UM PROBLEMA DE MEMÓRIA -- 05/12/2003 - 06:32 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Habitualmente, o homem se fia na memória para reserva de dados em que congrega tudo que lhe parece possa vir a ser útil no futuro. Mesmo sabendo que tudo que lhe chega ao domínio dos sentidos fica registrado, ainda assim seleciona, talvez por lhe parecer mais prático, cumprindo a chamada lei do menor esforço, os elementos mais adequados para servir de resposta em futuras situações.

Veja-se o exemplo da linguagem. Quando a pessoa utiliza a memória para ensinar o próprio idioma, esmera-se por configurar vocabulário bem extenso, mas propende a desestimular a fixação de termos técnicos aplicados em outras disciplinas, por considerá-los ausentes do rol de que lançará mão nas aulas. Haverá sempre o recurso do dicionário, toda vez que algum termo de significado específico vier a surpreender em meio a algum texto de estudo. Foi o que ocorre, por exemplo, com o nosso escrevente, que, embora abra extenso leque lexicográfico, ainda assim apresentaria sentidas deficiências, caso desejássemos enveredar por temas da física, da química, da biomedicina, da matemática, da geodésia etc.

Pois bem. Parece ter ficado claro que a mente humana, embora capacitada, não emprega todos os recursos disponíveis, e isso só falando a respeito da memória. Será que o problema se circunscreve tão-só a essa área? Não estarão os humanos também subestimando outros fatores da inteligência e da capacidade intelectual? Por exemplo, não estariam aptos a compreender, com mais discernimento, a lei de causa e efeito, uma vez que, indefinidamente, repetem os mesmos vícios de interpretação da realidade?

Quantas vezes a bebida alcoólica produziu no organismo do viciado os males repugnantes da alienação e do embrutecimento mental e ainda assim volta o infeliz a consumir a mesma quantidade de etílicos, promovendo novas desordens orgânicas! Certamente, este não será problema restrito ao âmbito da memória. Há em jogo muito mais. Se estendêssemos os exemplos, concluiríamos, com certeza, que há muito de sem-vergonhice, de mau-caratismo nesse desejo de fugir à responsabilidade dos próprios atos.

O incrível que existe nesse procedimento inqualificável é que os encarnados têm recursos mil para suplantarem as deficiências e não no fazem por incúria, por preguiça, por despreparo moral. A só reflexão a respeito da história da humanidade aliada à teoria da reencarnação pode ensejar a conclusão de que os que se reencarnam passaram pelas mesmas circunstâncias de vida anteriormente, de sorte que o que poderia ser simples problema de memória passa também a se constituir em grave problema de consciência. O fato de o reencarnante não conhecer as minudências das vidas pregressas não lhe embota a inteligência, a ponto de obnubilá-lo relativamente ao que possivelmente tenha passado em anteriores encarnes e no que diz respeito às diversas possibilidades das finalidades do presente.

Será que as nossas atuais palavras nunca antes tenham chegado ao conhecimento do leitor? Será que este escrito tem a mais perfeita originalidade? Nunca antes o querido amigo chegou a ler algo semelhante a este escrito? Certamente sim, mas estes bondosos confrades não necessitam de advertências. O que deles esperamos é a divulgação destes raciocínios, mesmo que revestidos de roupagens mais adequadas e convincentes, com exemplificação mais clara e dados mais relevantes. O que não lhes pode faltar é a memória, aliada ao íntimo desejo de possibilitar ao amigo inconformado na dor, ao companheiro desiludido no amargor da vida, ao colega esquecido das obrigações elementares da fraternidade cristã, ensejo ao conhecimento do teor deste texto.

Se estamos arregimentando o prezado leitor é porque dele necessitamos para dar prosseguimento aos trabalhos do socorrismo espiritual que empreendemos. Se nossas palavras são inexpressivas, se nossos argumentos não convencem, se nossas idéias lhe parecem obsoletas e ultrapassadas, se o estudo a que você se dedica está a lhe propiciar conhecimentos mais íntimos da natureza do ser humano e das leis que regem o Universo, se melhor uso tem feito da complexidade do cérebro em prol da consecução do serviço do Senhor, então, com humildade lhe pedimos para perdoar este atrevido discurso. Mas se, no fundinho da consciência, alguma vozinha estiver sentindo-se abafada por sua voluntariedade, no temor de que, ao ouvi-la, necessite ampliar o campo de atuação mental, emocional e sentimental, lembre-se de que ninguém é perfeito e haja em consonância com os ensinamentos de Jesus, segundo os quais é preferível agir o quanto antes, mesmo que isto produza vergonha e dor, a ter de ouvir depois o ranger de dentes do arrependimento.

Não relegue, pois, esta humilde página ao esquecimento. À luz bruxuleante, embora, dos fracos conhecimentos aqui depositados, analise o seu dia-a-dia, investigue os atos que tem praticado, verifique os sentimentos que tem demonstrado relativamente ao próximo e à vida que tem mantido, aprofunde o conhecimento de si mesmo e, peito aberto, enfrente as vicissitudes que brotarem desse exame e passe a proceder de modo ainda mais perfeito, quaisquer tenham sido os elogios que possam ter sido consignados.

Veja bem, nós mesmos, aprendizes do amor, não necessitaríamos vir a este serviço de psicografia para registrar mais uma mensagem de advertência e exortação, pois sabemos que se trata de mísera gota d água, inexpressiva e impura, no largo oceano das comunicações mediúnicas e das pregações morais em que navega o barco da humanidade. Mas encorajamo-nos ao comparecimento e assumimos lugar junto ao escrevente, pois não fenece em nós a esperança de que alguém possa, mesmo por descuido, apanhar esta página em alguma gaveta esquecida e empoeirada e, aplicando a ela o interesse de leitura aleatória, possa surpreender-se diante de algo novo para si e, de repente, ver-se desperto para o socorrismo ativo, primeiro visando a revigorar-se moralmente, para, em seguida, volver a atenção para os problemas das pessoas de seu relacionamento, acabando por vir a ser algum colaborador prestimoso de grupo assistencial atuante junto à sociedade.

Faça você da mesma forma, caro amigo. Veja se se tem comprometido com algo desonesto e imoral e desfaça imediatamente o compromisso. Busque conhecer a doutrina espírita através da leitura ou da participação em grupo de estudos. Ofereça-se ao trabalho de socorro aos irmãos necessitados, sendo você mesmo um deles; não importa. Realize todas as tarefas com Jesus no coração, tendo por objetivo a concretização dos ideais evangélicos. Você estará contribuindo, assim, para sua integração em grupo de irmãos devotados à luta espirítica e fará por merecer progredir na senda do Senhor. Ao mesmo tempo, sua participação possibilitará à sociedade meios mais seguros de se configurarem atitudes de reformas sociais de interesse espiritual, pois você se tornará em mais um multiplicador do apostolado da divina causa.

Vá com calma, paulatina mas seguramente, certifique-se de que suas intenções sejam as mais leais e honestas possíveis que obterá por acréscimo a assistência espiritual dos irmãos maiores, que saberão sortir os protetores com os elementos indispensáveis para propiciar-lhe visão clara das metas desse peregrinar atual pelo orbe. Você conseguirá atingir, mais cedo de que possa imaginar, seus objetivos de vida e poderá resolver todas as incógnitas que hoje parecem constituir enigmático problema de memória.

Fique com Deus, irmãozinho, e ore para que o próximo esteja mais próximo a cada momento!

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