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Ensaios-->35. BRADO DE ALERTA -- 06/12/2003 - 08:16 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Indubitavelmente, o ser humano encarnado tem procurado solucionar os problemas da melhor forma. Quase sempre, no entanto, envolve nas soluções aspectos contraditórios em que, no espírito de justiça, de equilíbrio, interferem razões pessoais de sobrevivência social, o que faz com que os desejos de pureza inicial se transformem em espúrios desideratos de vantagens e sobrepujanças. Não que os espíritos não estejam atentos para ajudar. Ao contrário, sempre que em perigo, agem os protetores em auxílio ao que está na iminência de errar, lançando-lhe ao fundo da consciência o competente brado de alerta, para fazê-lo compreender os meandros da erraticidade que terá de percorrer para recompor-se diante do estado de pureza original. Muitos conseguem ouvir e isto nos torna absolutamente felizes. Há, entretanto, os que se deixam embalar pelas ilusórias vantagens do mundo — e que são a grande maioria, a quase totalidade —, os quais não se importam com as conseqüências de seus atos, embora tenham certeza intuitiva do que os espera, dado que a consciência está sempre desperta, embora sufocada.

Como age o caro amigo diante das circunstâncias da vida, perante os eventos que exigem discernimento crítico, de sorte que, para sábia decisão, seja necessário postergar ou deixar de lado compromissos mundanos, para fazer prevalecerem os princípios morais emanados do evangelho de Jesus? Faz balanço da situação e aplica logo a lei dos homens, deixando para resolver depois o que a consciência está a lhe indicar como impróprio e discordante? Procura amenizar a situação, estendendo manto protetor fundamentado na moralidade das leis de Deus, mas ainda assim conserva atuante as leis dos homens? Indica o caminho real a ser seguido e lava as mãos, não se responsabilizando pela falha da resolução a ser tomada? Enfrenta a situação, abandona os desejos de realização no campo da matéria e, embora com prejuízos tangíveis, consegue sentir-se bem por abrir mão de direitos indiscutíveis diante da lei dos homens? Como faz você?

Vamos exemplificar. Se se sabe que dirigir automóvel é prejudicial para a atmosfera, contribuindo-se para que haja poluição do ar de que todos fazem uso e até mesmo promovendo cataclismos como a destruição da camada de ozônio protetora da vida, diante disso, você vai a pé? Opta por transporte coletivo? Deixa de ir? Vai assim mesmo de automóvel? Inscreve-se em curso superior, para contribuir para a invenção de meios de transporte movidos a combustíveis não poluentes? Manda confeccionar faixa de advertência e coloca-a na fachada da casa? Atribui a responsabilidade da resolução do problema para as autoridades governamentais? Argumenta que, se a lei permite o transporte para automóveis, continuará exercendo esse direito? Exige dos parlamentares que refaçam a lei e que proíbam a fabricação e a utilização desse tipo de veículos? Inventa outra saída não relacionada no parágrafo?

Como se vê, às vezes, o indivíduo, isoladamente, nada pode diante do problema. Você precisa locomover-se; tem justas razões. Mas a consciência previne-o de que a combustão da gasolina, do álcool anidro, do diesel, do metanol ou do querosene, seja qual for o tipo de combustível, será prejudicial para a coletividade. Que decisão tomar? É difícil. Dependerá do nível de esclarecimento de cada um. Há quem se utilize do veículo, mas provisoriamente, organizando a vida de molde que cada vez menos necessite dele. Ao mesmo tempo, por meio dos recursos disponíveis, procura divulgar os conhecimentos, esclarecendo os companheiros dos perigos desse meio de transporte e indicando-lhes os modos de se suavizarem os efeitos da queima do combustível, regulando-lhes melhor os motores, auxiliando-os na escolha do veículo de menor consumo e assim por diante. O que não se admite é que, diante do brado de alerta, a pessoa permaneça impassível, aguardando que lhe caiam do céu as medidas regeneradoras dos males que lhe são afetos.

Eis a advertência, a sugestão temática para a meditação, o brado de alerta. Sinta-se seguro de sua decisão, caro amigo, recorrendo aos dispositivos evangélicos legados por Jesus. Na dificuldade de boa e sábia solução para o seu problema, junte-se a grupo de estudiosos capazes de lhe indicarem a melhor saída. Na impossibilidade dessa colheita de amor fraternal, busque apoio junto aos espíritos guardiães, que lhe inspirarão os meios adequados para sair da crise. Não esmoreça, porém, nunca e crie ânimo para refletir ponderadamente a respeito de cada migalhinha que lhe caia da mesa das preocupações. Tudo deve ser rigorosamente examinado, detidamente observado, para que não se esconda, nos pequenos gestos, nas atitudes menos significativas, algum grave problema moral, qual pontinha de rabo do gatarraz escondido.

É preciso encher o peito de coragem, de destemor, para enfrentar os dramas da vida. Aliás, é essa luta contínua que justifica o ato de viver. Vivamos em conflito com a circunstância, mas saibamos proceder segundo as normas eternas registradas no livro do bem viver escrito por Jesus, em sua peregrinação de amor.

E se um dia virmos a esperança debater-se nas vascas da morte, por não termos tido suficiente discernimento para cumprir os desígnios da vida, saibamos expirar, elevando a Deus a nossa fé, em comovida prece de arrependimento. Para nós, sempre há esperança de salvação, pois nosso ponto de vista transcende os limites da encarnação. Mas que esta perspectiva não sirva como tábua de salvação para os que estão a debater-se nas águas túrbidas dos vícios e dos crimes. Que essa divina possibilidade de regeneração não baseie qualquer atitude ou pensamento, a justificar procrastinação. O momento da ação é aquele mesmo em que se faz ouvir o brado de alerta, sejam quais forem os meios disponíveis e os recursos empregados, desde que haja boa vontade, fé, desprendimento, espírito de solidariedade e profundo amor. A hora é chegada quando é chegado o momento da decisão, e isso se dá a cada instante, a cada fração de segundo.

Agora mesmo, o caro leitor está diante da decisão de prosseguir a leitura, nós perante o fato de termos de continuar elaborando o texto e o mediador, de apanhar o ditado. O nosso intuito está definido e, se o leitor está diante de página impressa, significa que o escrevente cumpriu a obrigação. O fato, porém, está a indicar também que outras pessoas precisaram tomar decisões em tempo oportuno: o editor, o linotipista, o revisor, o impressor, o auxiliar de publicação, o empacotador, o transportador, o livreiro, o vendedor e demais pessoas envolvidas na industrialização e no comércio dos livros. E essa corrente é interminável, se cogitarmos de assegurar a cada um deles saúde, assistência dentária, alimentação, moradia etc. etc.

“Mutatis mutandis”, o mesmo se passa no campo moral e no espiritual. Decisão que falhe desencadeia série imensurável de fatos correlatos que impedirão, no final, a consecução de inúmeros objetivos. Assim, é importante que o caro amigo saiba decidir com rigor, agindo segundo o prisma evangélico, por amor a Deus e ao próximo, como gostaria que se decidisse a seu respeito.

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