Algo diferente aconteceu neste Natal de 2011. Percebi que em dezembros recentes vi muitas casas enfeitadas para o Natal. Talvez eu esteja errado, mas haviam mais casas vibrantes com pisca-piscas, guirlandas penduradas nas portas e bolas de vermelho natal balançando nos pinheiros artificiais. Senti falta dos enfeites em Brasília, Caxias - cidade maranhense, e São Paulo. Três cidades totalmente diferentes.
Basta crescermos um pouquinho para entendermos que Papai Noel é um excelente vendedor de produtos envolto numa aura romântica-comerciária igual a tantos outros rostos famosos contratados pelo comércio.
O intrigante é que percebi essa falta de colorido nas casas justamente no ano em que o Brasil teve sua economia aumentada como há muito tempo não acontecia. Sobre o desenvolvimento do Brasil nos últimos anos, o Wilson, um açougueiro muito querido, constatou que as pessoas que, há pouco tempo, compravam meio quilo de carne hoje compram três quilos. Outra demonstração do nosso crescimento é o aumento de 7,2% do comércio varejista em 2011. Ainda nesse ano os produtos da linha branca (fogão, geladeira, lavadora...) foram tão cobiçados que as lojas zeraram seus estoques.
Com o Brasil nesse clima de otimismo na economia, o que faltou às pessoas para iluminarem suas casas com piscas, enfeitá-las com bolas vermelhas e guirlandas? Não tenho a resposta exata, mas arrisco dizer que neste ano perdemos parte do ânimo de comprar enfeites. Este é um assunto para ser observado e estudado nos próximos anos. Não acredito que seja o início do fim do espírito natalino. Papai Noel não deixaria isso acontecer.
Se realmente as casas estiveram menos enfeitadas, o que terá acontecido? A força comercial estaria superando a magia do natal?... Ou essa especulação seria mais um conto natalino?