Clic"ali,oh:=>>>A gaiola do Padre Jorge
Galopando em um prado
um Bom Homem encontrou
um índio, também montado,
que logo cumprimentou.
O índio tinha ao lado
um cão e uma cabrita.
O Bom Homem, educado,
foi logo fazendo fita:
—Você tem um belo cão.
Posso com ele falar?
O índio disse que não:
—Cachorro jamais falar!
O Bom Homem, educado,
do cão se aproximou,
deixou-se ser farejado,
e a ele perguntou:
—Como vai o belo cão?
—Vou muito bem, obrigado!
O índio, de emoção,
ficou com isso chocado.
E, na continuação:
—Esse índio é seu dono?
—Sim, ele é meu patrão.
Dá salário e abono.
—Então, ele bem lhe trata...
—Sim, me paga por semana,
corro livre pela mata,
e nunca me põe em cana.
O índio ficou maluco...
O Bom Homem então fala:
—Esse seu onze eu truco,
cavalo nunca se cala...
O índio disse que não:
—Cavalo jamais falar!
Mas, a exemplo do cão,
ele foi cumprimentar:
— Oi, como vai, bom cavalo?
—Bem, hoje estou montado!
Como vê, eu também falo.
O índio ficou "parado"...
— E, como ele lhe trata?
— Muitíssimo bem, cavalga
como ninguém pela mata,
minha comida bem salga,
estou sempre escovado.
Ele me protege bem,
nunca me deixa cansado,
paga salário também.
O índio, abobalhado,
quis prosseguir a viagem,
puxou a rédea pro lado,
e disse: "Vem sacanagem..."
—E essa cabrita bela...
O Bom Homem perguntou:
—Será que falo com ela?
Então, o índio falou:
Cabra eu pagar por dia,
come de tudo, dá leite,
mas nela índio não fia,
mentirosa, só enfeite.
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