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Artigos-->O Camelô Sobrenatural(Corrigido) -- 19/02/2012 - 20:36 (Luciana do Rocio Mallon) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




O Camelô Sobrenatural



Este fato aconteceu numa sexta-feira, dia 17 de fevereiro de 2012, na cidade de Curitiba. Naquela tarde eu saí do meu curso, no Centro, e virei a esquina da Rua Doutor Muricy com a Rua José Loureiro. Então passei, rapidamente, por dois rapazes que vendiam perfumes num carrinho de mão. Quando, de repente, escutei uma voz:

- Professora!

Logo pensei:

- Este chamado não é para mim, afinal a última vez em que dei aulas foi em 1993 e isto durou apenas três meses. Afinal, descobri que não tenho vocação para ser professora.

Continuei andando, mas ouvi outro grito:

- Tia da Poesia !

Então refleti:

- Poesia é algo que ainda escrevo. Portanto acho que, realmente, tem alguém me chamado.

Desta maneira olhei para trás e vi um jovem moreno olhando e acenando para mim, que era um dos vendedores de perfume. Então me aproximei e o rapaz disse:

- Professora, que saudades!

- Amo suas poesias!

- Sua mãe melhorou?

Deste jeito, eu pensei:

- Não consigo me lembrar desta pessoa.

- Mas, como este ser sabe que eu fui professora, escrevo poesias e tenho a mãe doente?

- Seria algum amigo virtual?

Mas, o moço continuou:

- Tia, eu cresci e agora sou camelô.

- Como sou fã, vou lhe dar uma colônia de presente.

- Não precisa pagar nada, pois para a senhora é de graça!

Assim ele pegou um perfume do carrinho de mão e colocou na minha mão. Desta maneira fiquei com vergonha e refleti:

- Será que devo aceitar o regalo?

- E se ele estiver me confundindo com outra pessoa?

- Será que é um novo tipo de golpe?

O rapaz interrompeu meus pensamentos falando:

- Também vou dar esta pomada para a sua mãe que está doente.

Então ele me ofereceu uma pomada chamada Gellus – Pomada Para Dores.

De repente, perguntei:

- Você está em alguma rede social?

Deste jeito, o vendedor respondeu:

- Na verdade, nem sei mexer com estas coisas de Internet.

Naquele instante, como eu estava constrangida retirei cinco reais, que era o único valor que eu tinha, da minha “pochete” e entreguei ao moço:

- Gostaria de pagar-lhe de alguma maneira.

- Por favor, receba este dinheiro.

O vendedor aceitou e resolvi me despedir dele. O mais interessante é que meu pai estava com inchaço nos pés e precisava, realmente, de uma pomada para dores.

Achei este acontecimento estranho e um tanto sobrenatural.

Dentro do ônibus eu me perguntei:

Será que aquele camelô era um anjo ou tudo não passou de um surto meu?

Ao chegar a minha casa entreguei a pomada para meus pais e peguei no perfume, onde estava escrito na embalagem: “Carpem Die”, que é a citação de um dos meus filmes favoritos: Sociedade dos Poetas Mortos.

Com certeza, este dia foi especial.

Luciana do Rocio Mallon









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