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Poesias-->29. SENTIMENTO DE INFERIORIDADE -- 04/02/2003 - 06:50 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Não quero desfraldar minha bandeira,

Sem demonstrar que a luta do Siqueira

Está perdida p’ro saber humano.

É que a besteira de fazer maus versos

Fará pensar em dias mais perversos,

Que o Espiritismo atiça o desengano.



Por isso, venho, aos poucos, temeroso

De provocar, nos pobres, o mau gozo

De rir do autor e não da rima alegre.

Assim, vou carregando a triste sina

De ver que tudo o que o evangelho ensina

Talvez, no meu poema, desintegre.



A rima é rica e o sentimento existe,

Mas temo muito ver-lhe o dedo em riste,

Pois me preocupo com coisinha à-toa.

Falar do amor, do bem, da caridade

É fácil, quando a fé nos persuade

De que existe talento na pessoa.



Exagerando o tópico anterior,

Esteja belo o verso, quanto for,

Existe sempre o medo de falhar.

Aí, o meu ditado fica tenso

E quero demonstrar o meu bom senso,

Ditando minhas rimas devagar.



O médium contribui com seu humor,

Pois sabe o que fazer com o temor

Que lanço em sua mente, por tabela.

É que fazer o bem com simples versos

Exige que tenhamos muito imersos

Os garfos e as colheres na panela.



Preocupa-me esta hora derradeira,

Quando me diz o médium: — “Ó Siqueira,

Vê se te apressas com os versos d’alma.

Fazer a rima, com a voz do povo,

É repetir a trova aqui de novo:

Vai exigir de mim tremenda calma!”



Medito sobre o que me diz o médium

E vejo, na pobreza deste assédio,

Um bom motivo p’ra deixar o posto.

Mas ponho confiança em que Jesus

Me venha socorrer, com sua luz,

E as lágrimas me escorrem pelo rosto.



Registro o sentimento numa rima,

P’ra dar à transmissão o doce clima

De quem deseja muito o bem alheio.

Se Deus escreve certo, em linhas tortas,

Se o pensamento vaga, em horas mortas,

Por que não posso amar, em verso feio?



Eu noto uma explosão de fé e amor,

Quando consigo a glosa aqui compor,

Seguindo do evangelho a nobre lei.

É que o leitor me estima com carinho,

Se eu lhe demonstro que o melhor caminho

É pôr de lado a dor e amar a grei.



Estando arrebatada a minha gente,

Eu ergo uma bandeira, simplesmente,

P’ra demonstrar que a luta continua,

Pois a verdade desta minha guerra

Está em que o poema só se encerra

Quando lascar no mal mui dura pua.



Se concordarem com o que lhes digo

E me abraçarem, como a um velho amigo,

Ninguém será no mundo mais feliz.

É que terei sossego permanente,

Pois saberei que o coração não mente,

Ao aceitar do amor a diretriz.



Caso me ofertem mais alguns minutos,

Pretendo desejar-lhes só bons frutos,

Nas árvores do amor de sua vida.

O Pai do céu dará a sua bênção,

Para que os encarnados sempre vençam,

Unidos na lição que ao bem convida.



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