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Cordel-->Ô velhinha vaidosa, sô! -- 17/10/2003 - 13:06 (Elpídio de Toledo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Clic"ali,oh:=>>>Perdôo-me







Nossos níveis energéticos

a ciclos estão sujeitos,

também. Ora são patéticos,

ora são quase perfeitos,


mas nunca são cem por cento.

Ora estamos ativos,

ora em tom sonolento,

umas vezes criativos,


outras vezes, estagnados,

como fragata sem rumo,

marinheiros naufragados,

como laranja sem sumo.


Poderá ser um "ciclinho",

poderá ser um "ciclão",

demorar um "instantinho",

demorar um "instantão".


Muitos males que passamos

vêm de ciclos mais fracos,

e deles fundamentamos

os novos balacobacos.


Ocorre renovação

quando não nos entregamos,

não nos identificamos

com o que mentalizamos

para, compulsivamente,

fazer coisas sem parar,

querer, exteriormente,

nosso valor consagrar.


Isso impossibilita

aceitar a energia

baixa, que gravita

e quer ver sua magia


no corpo bem renovada.

Mas, como nós não paramos,

ela força tal parada;

quer que nós adoeçamos,


pra, então, nos empenharmos

em nossa renovação.

Mas, se nós considerarmos

que cada ocasião


resulta da natureza

cíclica do universo...

cada ciclo, com certeza,

não tem nada controverso,


tem estreitas ligações

com a tal impermanência

das coisas e situações.

Buda, com clarividência,


fez disso parte central

de todo ensinamento:

"Todo circunstancial",

diz, no seu discernimento,


"é altamente instável

e tem um fluxo constante."

O que é mais constatável,

pois em tudo é marcante,


é que a impermanência

é própria da circunstância,

faz parte da ocorrência;

em tudo há claudicância.


Toda circunstância muda,

desaparece, ou deixa

de proporcionar ajuda,

prazer, ou alguma queixa.


Jesus também ensinou

que a terra era cheia

de tesouros, e mofou,

tem traças e muita teia.


"Boa" é a circunstância

que a mente avalia,

e dá muita relevância;

apega-se e confia


em um relacionamento,

ou uma propriedade,

a um social evento,

um lugar, uma cidade,


ou uma forma humana,

ou um papel social.

Julgando-se bem bacana,

ela gera cipoal


ao se identificar

com a circunstância "boa".

Você vai ter bem-estar,

pensar que não foi à-toa


que deu duro pra valer

para ser quem você é,

ou pensa que pode ser;

bota nisso muita fé.


Mas isso muito não dura

na dimensão do pensar;

onde traça tudo fura,

em ferrugem vai findar.


Tudo finda ou se muda:

o que era ontem bom,

de repente, "Deus, acuda!"

Já não tem o mesmo tom.


O próspero atual

torna-se logo oco.

Hoje é feliz casal,

amanhã, atrás do toco,


cada um divórcio quer,

ou apenas tolera

o máximo que puder,

convivendo na tapera.


O pensar que já perdeu

qualquer coisa, que sumiu

o que sempre era seu,

isso nunca consentiu


a mente. Ela resiste

a qualquer uma mudança.

A mente nunca desiste,

só pensa em abastança.


Há pessoas que se matam

ao perderem a fortuna,

ou quando alguém as delatam

por roubarem da comuna.


Esses são casos extremos.

Outros, quando algo perdem,

sofrem males supremos,

e suas vidas disperdem.


Não conseguem distinguir

da situação de vida

— situação a curtir —

sua verdadeira vida.


Há quem morre aos oitenta;

reclusa, inteiramente,

e sentindo-se nojenta

ao envelhecer, doente.


Quando jovem era linda.

A identificação

com a beleza, que finda,

faz disso sua paixão.


Apegou-se à instável

circunstância de beleza.

No início, foi notável,

agora é só tristeza.


Se tivesse acordado,

com seu eu interior

conectado, religado

ao Ser, fonte de amor,


onde forma não persiste,

onde tempo não se conta

e consciência existe,

sua beleza, tão tonta,


aceitaria perder,

com paz e serenidade.

Veria se converter,

sua grande vaidade,


noutro tipo de beleza:

espiritualidade,

sua suprema defesa,

no estertor da idade.


Mas ninguém a instruiu,

ela não viu o bastante,

só pensou, não distinguiu

a vida, do circunstante.




Clic"ali,oh:===>>>Como jogar o tênis melhor que o Guga













































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