Gostava muito de matemática. Mas não foi por isso que entrei em computação. Em uma geração antes da minha, os computadores eram grandes máquinas de calcular. Para minha geração os computadores eram máquinas de escrever, planilhas eletrônicas e jogos já relativamente sofisticados.
Minha biografia provavelmente ficaria comprometida se admitisse me que me decidi pelos computadores -- deixando de lado o direito -- por causa do Free Cell.
Não, não, no meu tempo já havia Pinball, um fascinante fliperama eletrônico. Gostava dele muito mais do que dos fliperamas reais que naquele tempo ainda faziam meninos perder o ano nas escolas. Mas eram poucos: minha geração era mais inteligente do que a anterior e sabia compatibilizar jogos eletrônicos e aulas.
Ou talvez o ensino fosse mais fácil do que antes.
Mas não importa essa polêmica entre gerações. Eu havia, mais uma vez, programado este texto para ser uma reflexão sobre minhas agruras, talvez.
E eis-me, mais uma vez, fugindo da tristeza, do desabafo. Covardia ? Ou espontaneidade, fuga do teatral ?