Usina de Letras
Usina de Letras
209 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62152 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10448)

Cronicas (22529)

Discursos (3238)

Ensaios - (10339)

Erótico (13567)

Frases (50554)

Humor (20023)

Infantil (5418)

Infanto Juvenil (4750)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140785)

Redação (3301)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6176)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->37. CONTRASTES -- 12/02/2003 - 08:29 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Translúcida, a manhã, imersa em calma,

Parti, trazendo amor no fundo d’alma,

Que a glória de rimar me faz sublime.

Fremia tanto a Terra, em desespero,

Que até senti a paz um exagero,

Que perdoar a dor pareceu crime.



O homem vai sofrer, naturalmente,

Porque não leva em conta que esta gente

Precisa progredir durante a vida.

O ódio leva tudo de roldão,

Fazendo com que o encarne seja vão

E a morte, simplesmente, apetecida.



Quisera ter domínio da virtude,

P’ra poder minorar este tom rude

E dar aos corações mais esperança.

Do jeito que descrevo esta visita,

Parece estar minh’alma tão aflita,

Que a paz será um bem que não se alcança.



É claro que a surpresa desanima,

Pois pus suavidade nesta rima

E vejo só a força da cobiça.

Sabia que este Mundo estava torto,

Porém, merecedor de algum conforto:

Com tanto desamor, o verso enguiça.



Eu posso orar por quem não tem poder

E a rima que fizer há de conter

O sentimento nobre do perdão.

Mas melhorar a vida só quem chora,

Porque a felicidade mais demora

P’ra quem cerrar a porta a essa emoção.



Soubessem quão pertinho está o mistério,

Tornavam o viver muito mais sério,

Que o desafio não logrará vitória.

O desperdício gera o compromisso

De retornar com muito mais serviço,

Que o mal não negará a moratória.



Existe tanta gente que trabalha,

Que a rude rima vai parecer falha,

Ao generalizar o mau conceito.

Porém, o sentimento transparente

Convida-me a pensar que o povo mente,

No “mea culpa” com que bate ao peito.



Peço perdão ao Pai, por minha vez,

Se estou, nestes maus versos, tão soez

Quanto os vis sentimentos acusados.

Vim trazer uma trova peregrina,

Porém, este poema se destina

A tornar os irmãos desanimados.



Peço perdão por ser tão desabrido,

A ponto de não dar qualquer sentido

À estrofe em que reclamo do meu povo.

Prometo vistoriar o meu estoque,

P’ra não trazer o mal preso em reboque,

Quando estiver a versejar de novo.



Jesus, mais do que eu, terá motivo

Para recriminar quem está vivo

E não percebe a glória de viver.

Eu vi tanta injustiça, cá no Mundo,

Mas nada que senti foi tão profundo

Quanto a cruz que cumpriu o mau dever.



Roguemos ao Senhor haja piedade

Para quem, infeliz, se persuade,

No término da vida, que falhou.

Se fez o que bem quis, o tempo todo,

Há de haver um momento em que o engodo

Vai fazer perguntar: — “O que hoje sou?”



É no instante supremo que Jesus

Coloca sobre nós do bem a luz,

Para que compreendamos a lição.

Se houver discernimento nesta alma,

Iremos respirar com muita calma,

Para que o versejar não seja vão.



Agora, a tarde morre tão suave

Que um verso sem pudor talvez agrave

O sentimento nobre do perdão.

Vou terminar em ondas de poesia,

Pedindo ao bom leitor mais harmonia,

Enchendo esta leitura de emoção.



Não posso me olvidar deste escrevente,

Pois nada que anotou foi diferente

Do que lhe pus no cérebro p’ra rima.

Está claro que, em versos de improviso,

Não há que se esperar muito juízo,

Mas não há de faltar a nossa estima.



Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui