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Poesias-->39. DAQUI A MIL ANOS -- 14/02/2003 - 06:49 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Nas trovas que componho, vejo um crime:

O de jamais tornar sutil, sublime

O sentimento d’alma que viceja.

Melodramáticas, as rimas dão

Certo desgosto bobo ao coração.;

Raríssima esperança benfazeja.



O espiritista gosta que se anime

O coração, com verso que só rime

Dentro das leis do carma e do evangelho.

A redenção se põe no fim do drama,

Após provar o homem que mais ama,

Morrendo o sofrimento, por tão velho.



Quando enalteço, em versos, o mistério,

Dou-lhes um tom soturno-cemitério,

Que até o meu cadáver se arrepia.

E tudo deve ser simples, bonito,

Como dizer que o Pai, lá no infinito,

Preserva a Criação, como poesia.



Perseverar no bem é o compromisso,

Como noss’alma há de manter o viço,

Se tudo dermos ao que mais precisa.

Por isso, o verso tem de ser formoso,

Para tornar sereno e puro o gozo

Do despertar do amor que realiza.



Notável o capricho que se estima,

No milenário desta rude rima,

Quando estivermos prontos e perfeitos.

Não é assim que espera o nobre amigo,

Distante já do risco ou do perigo

De ter os sons da trova insatisfeitos?!



Como será, então, o doce canto

Deste poeta, que será mais santo,

Pois regredir não cabe na existência?

Talvez a dor do povo esteja ausente,

Perdida já, no tempo, eternamente,

Ou compreendida pela consciência.



Aquilo que me traz tão envolvido

Não há de comportar nenhum: — “Duvido!” —,

Que a mente sentirá todo o esplendor

Do pensamento certo e vitorioso,

Pois a Verdade há de prover o gozo

Do sentimento eterno, em paz e amor.



A luta, agora, é trágica, é humana,

Que a carne nos ilude e nos engana,

Enquanto os vícios são prioritários.

O pelejar na lei é desta esfera:

No Mundo, o mais que existe é triste espera,

Que os outros nos parecem só otários.



Aos poucos, bem aos poucos, vamos indo:

Os versos são tacanhos, um é lindo

E é esse que nos traz tanta alegria.

Os males nos transtornam e a delícia

De um momento sublime, sem malícia,

Nos dá a idéia do que o bem seria.



Não sente o amigo a falta antecipada

Do verso que se acaba, pois mais nada

Existe para além desta sextilha?

Pois, ore ao Senhor, com devoção,

Que as rimas benfazejas voltarão,

Porquanto a luz do amor nas almas brilha.



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