Dogma da Imaculada Conceição – Vontade de Deus, ou invenção do homem?

REFLEXÃO:

1. Nossa reflexão começa com uma pergunta: Que é fé?

Hebreus 11,1 responde: “A fé é o fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê.” 

2. A segunda pergunta vem do próprio tema:

Imaculada Conceição – Vontade de Deus, ou invenção do homem?

Para ancorar nossa fé naquilo que podemos ver e tocar, vamos pegar como exemplo um copo com água. Ele estará cheio, quando não couber mais nada. Verdade?

Pois bem, no capítulo 1 do Evangelho de Lucas está escrito: “No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus, a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um homem que se chamava José, da cidade de Davi, e o nome da Virgem era Maria. Entrando, o anjo disse-lhe: “Ave cheia de graça.” (Lucas 1,26-28)

Voltemos agora ao exemplo do copo cheio de água. Se está cheio, não cabe mais outra coisa. Nem mesmo água, mas, se derramarmos mais água no copo, ele vai transbordar. Então, quanto mais graça Deus derramar sobre Maria, ela vai transbordar graça. Não outra coisa, e sim graça.

Mas...

Suponhamos que no copo cheio de água, adicionemos outro elemento, e mesmo cheio, ele vai transbordar. Isso é fato. Mas já não é mais um copo de água, e sim um copo com água e a outro elemento. De modo que, já não podemos dizer que temos um copo cheio de água. Digamos que tenhamos adicionado sangue à água. O que teremos? Naturalmente, teremos um copo cheio de água com sangue. Mais uma vez, deduzimos que não é mais um copo cheio de água e sim um copo com sangue e água.

3.Neste ponto, concluiu-se que, quando Deus manda o anjo Gabriel saudar a Virgem Maria com a expressão: “Ave cheia de graça,” significa que não cabe outra coisa, senão graça, do contrário, como no exemplo do copo com água e sangue, o copo não estaria cheio de água, e sim, de  uma mistura que vai receber outro nome, ou seja: não teremos um copo com água, mas um copo com água e sangue. Portanto, é verdadeiro afirmar que sendo Maria cheia de graça, não tem nela espaço para o pecado, porque está cheia de graça, não de duas substâncias (espiritual) heterogêneas: graça e o pecado, se assim fosse, não seria cheia de graça.

Paremos por aqui com nossa reflexão, mas cada cristão que tem dúvidas sobre o Dogma da Imaculada Conceição, continue refletindo sobre o que aqui foi exposto.

— Adalberto Lima—