Quando eu te vi pela primeira vez logo notei que você tinha algo de especial, não sei se eram os seus olhos ou se era o seu jeito de andar, fiquei te olhando a distancia e você parecia olhar para mim também, foi quando ficamos durante um tempo hipnotizados um pelo olhar do outro até que eu resolvi chegar mais perto de você.
E de mais perto você era ainda mais linda, o seu cheiro estava me deixando louco, aquele perfume era o cheiro que eu queria ter sentido pela minha vida inteira, o seus cabelos balançavam de um jeito tão suave, a sua boca convidava para um beijo e o seu olhar era algo assim meio tímido, mas com vontade de se aventurar.
Sussurrei no seu ouvido algo como,`Você é um sonho? Me belisca para ver se eu estou sonhando ou para me mostrar que você é de verdade mesmo´, você abriu um bonito sorriso por causa dessa minha frase boboca e me beliscou.
Eu tentei te beijar e você não deixou, me disse que não era dessas garotas, que você era difícil, que para ganhar um beijo eu ia ter que merecer.
Nesse momento eu percebi que você não era só uma garota linda, era também alguém especial, uma dessas garotas que dizem não até você merecer um sim, uma dessas garotas que não são para uma noite só, que não são conquistadas com uma frase boba ou com olhares e gestos, você poderia ser a garota que eu sempre sonhei.
Começamos a falar e não paramos mais pelo resto da noite, sentamos na mesma mesa e tomamos o mesmo vinho e quando chegou a hora de ir embora quis te levar em casa e você não quis, preferiu que suas amigas te levassem , te pedi um beijo de despedida e você me deu um bem forte, só que no rosto, te pedi seu telefone e você me deu, só que faltando o ultimo numero de propósito, só para eu ficar tentando descobrir o certo.
Para a minha sorte acertei de primeira o seu telefone no dia seguinte e te chamei para sair, você disse que não ia dar que estava cansada e que tinha outras coisas para fazer, mas eu não desisti e te convenci que ia ser algo rápido.
Quando eu te peguei em casa percebi que você estava é fazendo charme, não estava vestida como alguém que queria algo rápido e o perfume era o mesmo da noite anterior, mas eu fingi que nada estava acontecendo, tinha que fazer charme também.
Fomos a um lugar bem calmo, era um terraço onde dava para ver a cidade toda, você gostou bastante do lugar e até esqueceu que o nosso encontro seria algo bem rápido e conversamos bastante, peguei na sua mão e te disse coisas bem românticas, o clima do lugar e a musica me ajudavam, você sorria e o seu olhar era tímido e sempre com um quê de aventura, tentei te beijar mais uma vez, mas você me disse que ali não seria o melhor lugar.
Eu pesava comigo mesmo que era só uma questão de tempo, tínhamos uma química no olhar e no jeito de se tratar que havia ficado clara desde o primeiro instante que nos conhecemos, tentava ficar imaginando o que se passava na cabeça dela e até quando ela ia sustentar toda aquela fortaleza.
Mas para minha surpresa mais uma vez nosso beijo não aconteceu, ela disse que estava com sono e que precisava acordar cedo no dia seguinte, eu fingi que tudo bem, mas por dentro estava começando a me irritar com aquela situação.
Comecei a pensar que eu só tinha duas alternativas, desistir dela e partir para outra ou tentar conquista-la com todas as armas que eu conhecia.
Escolhi a segunda opção porque a essa altura o cupido já tinha me flechado em cheio, resolvi dar uma semana de tempo, assim ela ia perceber que eu não estava assim tão caidinho por ela, às mulheres quando se acham donas da situação se tornam ainda mais difíceis.
Depois liguei assim como quem não quer nada, como se quase tivesse ligado por engano, deu certo, ficamos conversando muitas horas e marcamos um novo encontro.
Só que dessa vez além de mostrar o que eu queria tinha que seduzir-la de qualquer forma, ela tinha um jeito que me agradava e estava totalmente caidinho por ela, só que ela não podia perceber tanto assim.
Inventei que tinha ganhado numa promoção uma viagem com acompanhante para uma cidade serrana e queria que ela fosse comigo, mas como amiga, a pousada oferecia quarto com duas camas, o lugar era demais e imperdível e eu não queria ir sozinho e adoraria a companhia dela.
No começo ela foi bem relutante, mas aos poucos fui mostrando para ela o que tinha na pousada, os lugares que poderíamos visitar, etc e ela foi mudando de idéia.
Afinal, ela disse, íamos como amigos e seria um boa diversão, poderíamos conhecer um lugar bonito e agradável.
Na sexta-feira seguinte arrumamos as malas e seguimos viagem para a cidade serrana que ficava a duas horas de carro da nossa cidade, durante a viagem fomos conversando bastante e nos distraindo, eu havia escolhido uma trilha sonora ótima para ir ouvindo até a pousada, ela começava agitada e aos poucos ia ficando lenta e romântica, tudo para preparar o clima.
Eu ainda tinha mais algumas armadilhas, tinha combinado com o gerente da pousada para ele dizer que estavam lotados e nos oferecer um quarto com cama de casal, mas com um colchão extra, para eu dormir no chão.
O quarto tinha lareira e um aparelho de som bem legal, onde eu colocaria minhas trilhas sonoras enfeitiçantes e que comporiam o clima perfeito para seduzi-la.
Quando chegamos a pousada tudo correu como eu havia planejado e então disse a ela que não tinha problema de ser cama de casal, eu dormiria no chão no colchão extra.
Ela aceitou e ficou mais aliviada e desarrumamos nossas malas, em seguida jantamos a luz de velas no pequeno restaurante da pousada, só nós dois, pois todos os outros hospedes já estavam dormindo.
Na hora de dormir fizemos como o combinado, eu deitei no colchão no chão e ela na cama de casal, durante a noite levantei várias vezes e reclamava de dor nas costas, ela ficou com pena e deixou eu deitar na cama, eu disse que ficaria no cantinho, bem no cantinho para na incomodá-la.
Mas a noite era longa, e eu me mexia, a cada minuto chegava um centímetro mais perto, eu sabia que ela estava dormindo e não perceberia que eu estava chegando perto, depois eu daria a desculpa que dormi e tinha esquecido que não estava sozinho na cama.
Quando o sol estava quase raiando eu consegui encostar no corpo dela, foi uma glória, senti um arrepio e um frio na barriga, mas o que fazer agora?
Não conseguia pensar e agi pelo impulso, fui encostando meu copo cada vez mais no dela, até que ela se virou.....
Daí para frente dá para imaginar, o sol nasceu e agente na mesma cama se misturando, passamos o resto do fim de semana naquela cama, pedimos comida no quarto, acendemos a lareira e escutamos minha trilha sonora, vimos a bela paisagem só pela sacada do quarto agarradinhos um ao outro, quando chegou a hora de ir embora foi difícil de se desgrudar, não deu mais vontade de voltar para a vida real.
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